Câncer Infantil

Psico-Oncologia

Desde a antiguidade o câncer associa-se a estados emocionais

A clareza da necessidade de apoio psicológico ao paciente com câncer é recente

A percepção dos médicos sobre os aspectos psicossociais envolvidos na incidência, evolução e remissão do câncer fez com que os mesmos se preocupassem com os aspectos psicológicos presentes no adoecimento por câncer.

Começou-se então a solicitação dos psiquiatras em função do diagnóstico e dos tratamentos. Tornou-se necessário o desenvolvimento de técnicas de abordagem psicológica na área da saúde objetivando melhorar a QUALIDADE DE VIDA dos pacientes e seus familiares à medida que houve o reconhecimento que a etiologia e o desenvolvimento do câncer e a adesão aos tratamentos estavam associados à fatores psicológicos, comportamentais e sociais. Em 1961, Jose Schavèlson, cirurgião oncológico e psicanalista propôs o termo Psico-Oncologia para designar essa nova área do conhecimento. Segundo ele a Psico-Oncologia seria o ramo da Medicina que se ocupa da assistencia ao paciente com câncer, do seu contexto familiar (e social) e de aspectos médicos – administrativos presentes no cotidiano desse paciente.

O que é Psico-Oncologia? (Definição da Psico-Oncologia segundo Jimmie Holland (1989))

É uma subespecialidade da oncologia e procura estudar duas dimensões psicológicas presentes no diagnóstico do câncer:

(1) o impacto do câncer no funcionamento emocional do paciente, de sua família e dos profissionais envolvidos em seu tratamento;

(2) o papel das variáveis psicológicas e comportamentais na incidência e sobrevivência do câncer.

O que é Psico-Oncologia? (Definição da Psico-Oncologia segundo Maria da Gloria)

Área de interface entre psicologia e medicina que utiliza conhecimentos educacionais, profissionais e metodológicos provenientes da psicologia da saúde, aplicando-os: na assistência ao paciente oncológico, à sua família e aos profissionais de saúde envolvidos com a prevenção, o tratamento, a reabilitação, e a fase terminal da doença; na pesquisa e no estudo de variáveis psicológicas e sociais relevantes para a compreensão da incidência do câncer, de sua recuperação e do tempo de sobrevida após o diagnóstico; por fim, na organização de serviços oncológicos que visem ao atendimento integral do paciente (físico e psicológico), enfatizando a formação e o aprimoramento dos profissionais de saúde envolvidos nas diferentes etapas do tratamento.

PSICO-ONCOLOGIA

A Psico-Oncologia começa a surgir como área sistematizada de conhecimento a partir do momento em que a comunidade científica passa a reconhecer que tanto o aparecimento quanto a manutenção e a remissão do câncer são intermediados por uma série de fatores cuja natureza extrapola condições apenas de natureza biomédica. Associação a morte inevitável – diagnóstico era dado somente aos familiares.

Omissão da informação do diagnóstico – comunicação de médicos e familiares com o paciente fica truncada.

“O segredo” compromete o contato mais amplo deixando o paciente em isolamento e ainda infantilizando-o.

Todos fingem não saber o que no fundo sabem.

O advento da anestesia e o desenvolvimento da cirurgia contribuíram para a possibilidade de cura do câncer.

A cirurgia associada ou não de radioterapia e/ ou quimioterapia também resultou em mais casos tratados com sucesso.

Hoje o câncer é considerado uma doença crônica, o que resulta grande numero de pacientes curados ou vivendo muitos anos com a doença podendo controlá-la e tratando os sintomas.

No decorrer da pratica médica percebeu-se que aspectos psicossociais estavam envolvidos na incidência, evolução e remissão do câncer.

Surge a preocupação no que se refere aos aspectos psicológicos do paciente com câncer.

O acompanhamento psicológico do paciente e de sua família em todas as fases do tratamento do câncer torna-se imprescindível, pois, aumenta-se o número de sobreviventes e de sobrevida dos pacientes oncológicos devido aos avanços na área médica e farmacológica.

Papel da Psico-Oncologia