Carreiras

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

CARREIRA

CAMPINAS

2016

LARA MARCONDES FRANCO ZUCCOLO

CARREIRA

Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Engenharia de Produção da Universidade Presbiteriana Mackenzie como requisito parcial para a conclusão da disciplina de Gestão em Recursos Humanos sob orientação da Prof.ª Marineide Aranha Neto.

CAMPINAS

2016

1.INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta a teoria a cerca do conceito de carreira, e ainda relata uma entrevista realizada com um profissional a respeito de sua atuação no mercado de trabalho e sua trajetória de carreira, comentando ainda obstáculos, realizações e objetivos que o acompanharam durante essa trajetória.

Em meio às transformações ocorridas nas formas de emprego e na relação do indivíduo com a organização, é possível dizer que a dificuldade em termos de se inserir e se manter no mercado de trabalho, vem aumentando. Isso pode ser visto através de sinais claros que evidenciam uma ruptura com as formas tradicionais de trabalho, tal ruptura é acompanhada de um aumento da incerteza e de uma fragilização das relações profissionais.

Em termos gerais, o trabalho enaltece a importância de traçar um plano de carreira, e orientar a direção para qual se pretender ir, antes mesmo de entrar no mercado de trabalho.

É composto de uma apresentação de conceitos básicos para se aprofundar do tema de carreiras, de um relato da entrevista com o profissional que fora escolhido e ainda de uma análise da correlação do que fora dito na entrevista e àquilo que fora estudado em aula e ainda acrescentando a questão do Plano individual de Carreira.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Nessa secção serão apresentados alguns conceitos de carreira, inerentes e basilares para o desenvolvimento do presente trabalho.

2.1 CARREIRA

Segundo Fontenelle (2007), a era atual é caracteriza por incertezas e mudanças. Mudanças na forma do emprego, de permanente para temporário, mudança nos padrões de trabalho, de rígidos para flexíveis, mudança nos valores uma vez que antigamente havia valorização da lealdade e hoje a valorização é voltada para o desempenho, o perfil, a autoconfiança, as habilidades e a vontade e capacidade de aprender. Diante de tal constatação é fácil dizer que essas transformações no cenário e na configuração do mercado de trabalho provocaram modificações nas carreiras.

Falar sobre essas modificações nas carreiras não é eficaz se antes não se falar sobre a concepção da carreira em si.

Diversos autores têm opiniões diferentes a respeito do conceito de carreira.

Para DUTRA (1996) o termo “carreira” pode ser utilizado para referir à mobilidade ocupacional. Ou seja, passa a ideia de um “percurso” que pode ser seguido por alguma pessoa, sendo esse caminho organizado e estruturado no tempo e no espaço.

London e Stumph (2002) definem carreiras como sendo as sequências de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante a vida de uma pessoa, envolvendo estágios e transições que refletem as motivações, necessidades, expectativas da sociedade entre outros.

Segundo Hall (2002), o termo carreira tem uma gama de significados. E Hall (2002) destaca quatro desses significados: 

A Carreira como sendo um avanço, considerando uma mobilidade vertical dentro da organização, com uma sequência de movimentos que vão levando o indivíduo para cima.

A Carreira como profissão, e sob esse ponto de vista, somente ocupações que estão submetidas a movimentos progressivos de status (avanços progressivos) são consideradas carreiras.

A Carreira como sendo a sequência de trabalhos durante a vida, ou seja, a carreira é considerada como sendo a história do indivíduo durante sua trajetória profissional levando em conta a série de posições ocupadas e desconsiderando os níveis ou tipo de trabalho.

A Carreira como sendo a sequência de experiências relativas a funções ao longo da vida, e sob essa visão a carreira é definida pela maneira como a pessoa experimenta a sequência de trabalhos e atividades que constituem sua história de trabalho.

Dutra (1996) aborda dois modelos de carreira: a carreira moderna e a carreira tradicional. Segundo o mesmo, o modelo tradicional persistiu até meados de 1970, e era caracterizado pela verticalidade, estabilidade e avanços lineares. No entanto, por mudanças conjunturais e estruturais,  esse modelo acabou perdendo sua importância diante do modelo moderno, que por sua vez é caracterizado por uma menor estabilidade, um progressão não linear, e é mais horizontal do que vertical.

Segundo SULLIVAN & BARUCH (2009), as novas carreiras são definidas como uma série de experiências relevantes que um indivíduo acumula ao longo da vida, tanto dentro como fora da organização. Ou seja, movimentações como promoção, demoção, saída e transferência e a forma como o indivíduo interagiu nessas movimentações e sua intepretação dessas movimentações, passam a moldar o novo modelo de carreira.

3. ENTREVISTA

A entrevista foi realizada no dia 11 de maio de 2016, as 19h00min h, através de vídeo conferência, com um profissional atuante no mercado de trabalho a um determinado tempo, a respeito de sua trajetória desde a formação.

3.1 IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO

A entrevista em questão foi realizada com o Sr. Jorge José de Oliveira Neto, idade 46 anos, formado em Química pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP) entre os anos de 1993 e 1996 e posteriormente formado em Farmácia Bioquímica pela Universidade Paulista (UNIP), com graduação entre os de 2004 e de 2007. Atualmente, Jorge ocupa o cargo de Gerente de Operações de Qualidade América Latina Terceiros na Empresa Sandoz do Brasil Ind. Farm. LTDA.

3.2 RELATO DE ENTREVISTA

A entrevista se iniciou com Jorge comentando de forma pontual a sua trajetória, que o levou até o cargo atual. Aos 14 anos fez parte de um curso, na cidade de Campinas, conhecido como Menor Aprendiz, o qual se trata de um trabalho não registrado em carteira de trabalho em que os jovens de idades entre 14 à 24 anos, obrigatoriamente frequentando Ensino Fundamental ou alguma Escola Técnica, são inseridos em empresas para aprenderem desde o início as funções da empresa, e ainda são submetidos à cursos de capacitação e tem direto de receber o salário mínimo por hora. A empresa que ele foi inserido foi uma Farmácia de manipulação, e ele ficou nessa empresa 1 ano e meio como patrulheiro até que aos 16 anos foi registrado como Manipulador de Cosméticos e nesse cargo ele cuidava da manipulação de Shampoos, Condicionador, Perfumes, Bronzeadores e acabou gostando muito da área. Em meio à isso, dois técnicos que trabalhavam juntamente à ele na farmácia estavam cursando Técnico no ETECAP em Campinas e falaram para ele sobre o curso, que por sua vez acabou se interessando muito. Jorge acabou ingressando no colégio técnico no curso de Bioquímica, e isso só confirmou que ele queria estudar o que as pessoas estudavam para realizar as atividades que aconteciam na Farmácia de Manipulação que trabalhava e também confirmou o que ele havia percebido quando estava cursando a 8ª série (atual 9º ano) do ensino fundamental: que ele tinha um gosto muito significativo pela matéria de química.