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Caso do Pequeno Hans

Por:   •  23/9/2018  •  Resenha  •  1.589 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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Este estudo trata-se de um resumo do Caso do pequeno Hans que não derivou da própria observação de Freud, que teve somente uma única conversa com o menino, participando diretamente dele, e, contudo, o tratamento foi realizado pelo pai da criança, que buscou Freud para entender a fobia enfrentada pelo seu filho, que se recusava a sair de casa, declarando medo de ser mordido por um cavalo, e a partir daí buscava interpretar as observações perpetradas pelo seu filho de cinco anos, e remetia as anotações para Freud. Freud demonstrou como os sintomas fóbicos do ‘Pequeno Hans’ poderiam ser compreendidos, explicados e curados por emprego da psicanálise.

Ao receber Hans, observou nesta sessão a angústia do menino ao vê-lo brincando de ‘cavalinho’ com seu pai. (Hans pediu ao pai para ficar de quatro no chão e, sentado em cima dele, começou a batê-lo com os pés). Freud rematou que o complexo de castração (o pavor de ser castrado pelo pai) estava conexo com a fobia a cavalos.

Hans é uma criança normal e devido a sua idade também, como tal, é sugestionável, e muito mais por seu próprio pai do que talvez por qualquer outra pessoa, sendo assim, suas associações, fantasias e sonhos, podem ter qualquer valor de evidência, a direção para a qual esta sendo pressionada por todos os meios possíveis.

Cabe destacar que Freud retrata que as crianças não metem sem um motivo aparente, estão, mas anuídas para um amor verdadeiro do que os mais velhos. Podem-se distinguir claramente os períodos em que ele estava corrompendo os fatos e guardando-os sob resistência, de modo que se apresentando indeciso, concordava com seu pai e as circunstâncias em que, acessível de qualquer pressão, ele informava sobre o que estava verdadeiramente acontecendo dentro dele e sobre coisas que até então ninguém sabia, a não ser ele mesmo.

A partir da evolução da doença e da análise deram início às oposições entre o que ele articulava e o que ele pensava, isto sucedia em decorrência do material inconsciente, que ele era incapaz de controlar, de repente se estava obrigando sobre ele, e devido o teor de seus pensamentos gerarem reservas em relação ás suas afinidades com seus pais.

Para Freud a causalidade da fobia de Hans relacionava-se com o seu complexo de Édipo. Hans se deparava com um medo por cavalos, visto que o cavalo representava um símbolo de seu pai. Acreditava também que Hans tinha fantasias sexuais com sua mãe e temia por desafrontas de seu pai. Realizando então um deslocamento do medo de seu pai para o medo de cavalos. Esses mecanismos de defesa eram estratégias empregadas para proteger o ego, que é a mente consciente e racional de uma ameaça imaginária.

O primeiro traço no pequeno Hans que pode ser afrontado como parte da sua vida sexual é um interesse particularmente por seu ‘pipi’. Esse interesse despertou nele indagação, e ele deste modo descobriu que a continuação ou falta de um ‘pipi’ tornava possível diferenciar objetos animados de inanimados. Ele ponderou que todos os objetos animados era de fato como ele, e existia esse importante órgão corporal; ele observou que este, estava presente nos animais de portes maiores, e devido a isso suspeitou que os seus pais tivessem órgãos maiores também. 

Foi possivelmente por esse fato, que a castração reprimida surgiu no início dos relatos de Hans Seu interesse pelos ‘pipis’ de modo algum era um interesse simplesmente teórico, também o conduzia a tocar em seu membro. Quando certa vez aos três anos e meio, sua mãe o viu tocar com a mão no pênis e ameaçou-lhe a cortar fora seu ‘pipi’ e Hans disse que então faria ‘pipi’ pelo traseiro. Essa resposta foi dada sem possuir qualquer sentimento de culpa. Essa circunstância foi tão precipitadamente suprimida dos seus pensamentos e só conseguiu tornar suas implicações aparentes num período futuro.

Essas primeiras observações já começaram a despertar a perspectiva de que muita coisa que o pequeno Hans revelava, terminaria por tornar-se uma típica do desenvolvimento sexual das crianças em geral, uma forma de atividade sexual auto-erótica.

Assim, o pequeno Hans começou a observar frequentemente os ‘pipis’ das outras pessoas, sua curiosidade sexual desenvolveu-se, e ao mesmo tempo ele gostava de exibir seu ‘pipi’ para os outros.

Além disso, na construção sexual do pequeno Hans a zona genital foi, desde o princípio, aquela dentre as suas zonas erógenas que lhe proporcionou o mais intenso prazer. O outro prazer equivalente foi o excretório, que esteve intimamente ligado aos orifícios por meio dos quais a micção e a evacuação dos intestinos são realizadas.

Em sua fantasia final de prazer completo, com a qual sua doença foi extrapolada, Hans imaginou ter filhos, que os conduzia ao banheiro, os fazia urinar e limpava seus traseiros, em resumo, fazia com eles ‘tudo o que se pode fazer com os filhos’, consequentemente, parecendo impossível preservar a suposição de que ainda no momento em que Hans ainda era tratado como bebê, essas ações tivessem sido para ele como uma fonte de sensação de prazer.

Hans tinha alcançado esse prazer das suas zonas erógenas com a ajuda da pessoa que cuidava dele, no caso sua mãe, e sendo assim, o prazer já marcava o caminho para a preferência objetal. Contudo é admissível que numa data ainda mais distante ele tenha construído o hábito de proporcionar a si mesmo.

No seu desenvolvimento seguinte, não obstante, não foi para a homossexualidade que Hans persistiu, mas para uma masculinidade enérgica, com traços de poligamia. Sua benevolência passou de sua mãe para outros objetos de amor, contudo, num período em que existia carência destes, seus carinhos voltaram-se a ela, exclusivamente para desabar numa neurose. Exclusivamente depois disso, é que se manifestou o nível de intensidade que seu amor por sua mãe havia se desenvolvido, e por que instabilidade tinha passado.

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