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O PEQUENO HANS

Por:   •  26/6/2017  •  Resenha  •  1.304 Palavras (6 Páginas)  •  1.925 Visualizações

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                        FACULDADE DE JAGUARIÚNA

MARIA MARTINS FERREIRA

O PEQUENO HANS

Jaguariúna

2017


Alunos:                 Maria Martins Ferreira, R.A. 11412331

Curso:         Graduação em Psicologia – 7°semestre – ano 2017 – Sala B

Título do trabalho:   O Pequeno Hans

Disciplina:         estagio básico II

Professora:         Raquel

O PEQUENO HANS

Jaguariúna

2017


                           Neste artigo, Sigmund Freud (1856-1939) nos traz duas histórias clínicas, em evidencia: a fobia do pequeno Hans e o “homem dos ratos”. Nesta resenha, irei evidenciar a história do pequeno Hans.

Com detalhes ricos sobra a teoria da sexualidade infantil, Freud nos apresenta o caso de fobia de Hans, um menino de apenas cinco anos de idade, que desde os três anos demonstrava um interesse peculiar por seu órgão genital. Hans apresentava questionamentos sobre vários assuntos: órgãos sexuais, diferenças anatômicas entre o homem e a mulher, entre outros.

A vivência da sexualidade infantil despertou em Hans o temor de castração e intensa ansiedade que foi deslocada para um objeto fobígeno no mundo externo e desencadeou o desenvolvimento de uma fobia.

Nesta história, Freud salienta que é de extrema importância que se tenha conhecimento sobre a sexualidade infantil, pois desta maneira se compreende as crianças, e as doenças psíquicas. Quando tais doenças são mal orquestradas, se forma então o núcleo de uma neurose.

Como citado anteriormente, Hans demonstrava um interesse por seu órgão genital, e pelo de outras pessoas também, incluindo sua mãe, suas amigas e de animais grandes. A mãe de Hans o ameaçava, dizendo que iria leva-lo ao médico para que seu órgão genital fosse cortado fora - quando o viu se masturbando – e caso o menino ainda demonstrasse interesse por isso. O menino então desencadeia fobia, ansiedade, e medo de se afastar de casa.

A mãe de Hans encontrava-se gravida de uma menina: Hanna, irmã de Hans. O nascimento de Hanna foi um marco na vida deste menino, o que lhe gerou indagações, desconfianças e ciúmes.

Aos quatro anos, Hans já demonstrava interesse por meninas – com abraços, declarações de amor, entre outros -, mas também demonstrava o desejo da bissexualidade infantil. O menino gostava de um amigo seu, e por este amigo também se declarava e o abraçava.

Um fato importante a ser declarado é o de que Hans dormia na mesma cama de seus pais. Este fato facilitou a intensificação do amor edipiano por sua mãe e aumentou a hostilidade para com seu pai. Por conta desta intensificação do amor por sua mãe, Hans passa então a desejar que seu pai sofra algum acidente, e até mesmo chegue a morrer.

Porém, ao mesmo tempo, o menino sentia culpa pela agressividade para com o pai. Ás vezes batia na mão dele e depois a beijava, demonstrando sentir hostilidade e afeição para com o mesmo.

O que aconteceu com Hans foi que a afeição erótica reprimida pela mãe se transformou em ansiedade, que foi deslocada para medo de cavalo. Já a hostilidade para com o pai posteriormente se transformou em medo de um cavalo mordê-lo.

O que mais se destaca neste caso clinico é a comprovação da teoria de Freud sobre a gênese e a evolução da sexualidade infantil. O caso Hans nos mostra o que acontece com todas as crianças, cedo ou tarde, e o que diferencia dos neuróticos é que para superar seus complexos fazem uso de substituições excessivas.

Em um dado momento, Freud diz para Hans - numa única visita em que o menino foi com o pai - que seu medo é uma bobagem porque gosta da mãe e tem medo do pai. Diz também para o menino parar de se masturbar e para não ter medo algum de seu pai. O menino aceita o tratamento e esforça-se para não se masturbar. É um período de diálogos entre Hans e seu pai, e cartas com Freud.

Hans apresenta mudanças estruturais de comportamento. Sentia vergonha de exibir seu órgão genital. O menino então elabora um novo quadro familiar e resolve o Édipo numa fantasia em que o pai se casa com sua avó paterna, tornando-o avô de seus filhos. Percebemos então que a fobia é eliminada e o menino mantém apenas um traço de ficar fazendo perguntas.

Freud nos ressalta que de início toda criança é auto erótica. O prazer erótico de Hans era no pênis e na excreção anal. Sabemos também que toda criança está sujeita à bissexualidade e todos um dia na vida fizeram em seu inconsciente uma escolha de objeto homoerótico, pois de início o prazer é o mesmo, então ser cuidada por uma figura feminina ou masculina trará o mesmo prazer. Por isso Hans gostava de meninas e meninos. Faz parte do desenvolvimento da criança realizar explorações sexuais. Hans gostava de manipular e exibir seu membro, o que poderia ser normal se não fosse a intensa frequência e fixação que demonstrava, na vã tentativa de afastar sua ansiedade, porque quanto mais usava desta fuga mais ansioso ficava, a ponto de desenvolver a fobia.

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