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O Pequeno Hans

Por:   •  12/6/2017  •  Resenha  •  625 Palavras (3 Páginas)  •  2.511 Visualizações

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Universidade Federal do Piauí

Campus Ministro Reis Veloso

Curso de Psicologia – 1º período

Disciplina: Leitura e Produção de Texto

Orientador: Ronald Taveira da Cruz

Ana Carolinne Ribeiro da Silva

Resenha de “O Pequeno Hans”

O texto trata-se de uma resenha crítica acerca do caso d’O Pequeno Hans, contido no livro “Duas Histórias Clínicas (“O Pequeno Hans” e o “Homem dos Ratos”)”, de 1909, escrito por Sigismund Schlomo Freud, mais conhecido como Sigmund Freud (1853-1939). Ele foi um médico neurologista criador da psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco.

A narrativa apresenta-se em aproximadamente 90 páginas, repletas de diálogos envolvendo Hans e seus familiares, assim como deduções de Freud acerca da problemática em questão.

No presente caso, constitui-se o tratamento e a suposta cura de uma criança de cinco anos que se encontrava em um, até então, imutável caso de fobia a cavalos. O pequeno Hans, que hoje sabemos chamar-se Herbert Graf, foi submetido a análises feitas por seu pai que relatou tudo sobre o que o filho dizia e/ou fazia ao grande doutor Sigmund Freud através de cartas, é interessante ressaltar que Freud teve contato com o “paciente” por apenas alguns instantes durante sua infância e, após alguns anos, viu o “resultado” na vida do jovem rapaz, que lhe disse não ter tido quaisquer dano em sua vida devido àquela fobia. A vivência da sexualidade infantil despertou em Hans o temor de castração e intensa ansiedade que foi deslocada para um objeto fobigeno no mundo externo e desencadeou o desenvolvimento de uma fobia. 

O que Freud quis enfatizar é que o conhecimento das teorias da sexualidade infantil é imprescindível para se compreender as doenças psíquicas e que sendo elas mal orquestradas formam o complexo nuclear de uma neurose. Aos três anos e meio sua mãe ameaçou de cortar fora o seu pipi quando o viu se masturbando.

Aos quatro anos já se interessava por meninas abraçando-as e fazendo-lhes declarações de amor, mas também já demonstrava o desejo da bissexualidade infantil, gostava muito de seu primo que também abraçava e falava de seu amor por ele, o que para Freud deixa claro a primeira evidência da homossexualidade que o pequeno garoto apresentava. Ocasionalmente, Hans dormia na cama com seus pais, devido o seu terror noturno, fato este que facilitou a intensificação do amor edipiano pela mãe e aumentar a hostilidade para com o pai.

Quando a irmã mais nova de Hans nasce, ele percebe algo interessante para o desenvolvimento de sua fobia, somando com o complexo de Édipo: garotas não têm “pipi”. Isto, por mais simples que seja, acaba por fazer com que Hans comece a acreditar na possibilidade de ser castrado. É importante dizer que Freud estava preocupado em confirmar suas hipóteses sobre a teoria da sexualidade infantil e o conflito edípico como estruturador da neurose, quando estimulava seus amigos à observação de crianças. Tratava-se de compreender o funcionamento psíquico infantil para assim pensar a clínica da neurose. O interessante do caso é perceber o quão complexo é a capacidade da criança de construir explicações e fantasias a partir do que experimenta.

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