Concentre-se em situações de crise

Focalização em situações de crise

O psicoterapeuta deve considerar inicialmente o contexto atual de enfrentamento do luto, ou seja, a reação atual da pessoa enlutada ou da família que passa por este processo. Geralmente ocorrem reações de rejeição e negação de processos de luto, conflitos regressivos com reações de ódio, o terapeuta deve favorecer o contato com tais defesas, interpretando para produzir ligações onde a situações de trauma produziu uma ruptura. Essa forma de atuação torna-se individualizada.

Após o término da terapia, é importante que o terapeuta alterne o atendimento de acordo com os momentos e conteúdos do processo, realizando entrevistas de acompanhamento a fim de verificar a efetividade do processo terapêutico, a readaptação psíquica do indivíduo ou do grupo familiar.

Tratar do tema “foco” implica em destacar certas tarefas que deverão ser concentradas por etapas:

- Levantar apontamentos sobre o modo de ser e estar no mundo;

- Registrar: modos de reação do ego defensivo diante de angústias básicas e sintomas;

- Perguntar sobre situações que mobilizam e atualizam conflitos básicos que o caráter mascara.

- Identificar pontos de maior ou menor rigidez, ou seja, onde o sistema defensivo é mais frágil.

- Atentar-se às modalidades prevalentes de transferência e de resistência;

- Buscar emoções bloqueadas, insistir no registro de seus modos de expressão e de evitação de sua expressão;

- Interpretar os planos de experiência, angústias, defesas, emoções, bloqueios, buscas, aberturas e fechamentos,

- Ressaltar a existência de vários modos de ser que estabelecem relações complexas (é o “encontro com a sombra” de Jung, deparar-se com os modos de ser. O trabalho com a sombra é o eixo central da análise do caráter.

- Por em jogo para o sujeito em situação de crise, a compreensão da trama de vínculos (atuais e antigos) nos quais desenvolveu esse modo de ser. Os fenômenos individuais não podem ser desvinculados da análise grupal. Envolve análise transgeracional.

- Dar andamento o tratamento do caráter, buscar uma intensidade, um ritmo, um acesso a freqüências e velocidades.

Cada tarefa acima exposta tem um foco e objetivos processuais que procuram atingir. No trabalho clínico, os planos da análise se sobrepõem e se interpenetram.

A orientação bionergética e transpessoal também define tarefas e etapas no processo. São definidas três zonas: a da máscara (modo de ser da couraça do caráter), a do ser inferior (traumático, conflituoso, defesas que mascaram) e do ser superior (capacidade de reparar, transformar, evoluir para si e para os outros). Algumas etapas são:

- Reconhecer modalidades defensivas;

- Decidir unificar-se;

- Desenvolver o observador;

- Reconhecer como construímos presentes segundos emoções passadas e reconhecer nesses modelos a criança, o ego adulto, e potenciais que transcendem ao