Contribuições Funcionalistas Para A Psicologia

Darwin ficou conhecido pela teoria da evolução, que partiu do fato evidente da variação entre os membros de uma mesma espécie, variação que pode ser transmitida de uma geração à outra. Darwin aplicou o princípio de sobrevivência do mais apto à sua teoria da seleção natural, onde o mais ser mais apto, capaz de sobreviver às intempéries até a maturidade, transmite suas informações para a próxima prole. Outro importante trabalho sobre a evolução reunia provas de que a evolução humana vinha de organismos mais simples, enfatizando a semelhança entre os processos mentais humanos e os animais, plantando uma semente para o estudo da Etologia. Darwin influenciou a psicologia na medida em que suscitou a possibilidade da continuidade e do funcionamento mental entre os humanos e os animais inferiores, retomando uma questão apresentada por Descartes. Os psicólogos perceberam a importância do estudo do comportamento animal para a compreensão do comportamento humano, dando mais um passo para a etologia como ferramenta na psicologia. O trabalho de Darwin influenciou alguns psicólogos americanos a analisarem as funções consciência. Darwin contribuiu também com a metodologia de pesquisa, que contava com o auxílio de várias outras ciências para chegar aos resultados obtidos em suas pesquisas. Outro efeito do evolucionismo na psicologia foi o enfoque nas características individuais.

Francis Galton realizou um trabalho a respeito da herança mental e das diferenças individuais da capacidade humana. Dentre as várias contribuições feitas por Galton, está o foco com o qual analisou o aspecto biológico da evolução, influenciando estudos da psicologia moderna. Além disso, Galton propôs um sistema de hereditariedade relacionado com a capacidade mental ligada ao evolucionismo, afirmando que a capacidade mental de um indivíduo é passada para a próxima geração, formulando em seus estudos uma hipótese em que seria possível ao longo do tempo, desenvolver uma espécie humana extremamente talentosa. Galton também fez parte da criação do conceito de testes mentais, que avaliavam a capacidade motora e sensorial, além de retomar um conceito empirista de que o conhecimento é obtido através dos sentidos. E por último, Galton trabalhou com problemas relacionados a área da associação de ideias e imagens mentais.

George John Ramones publicou o que é considerado o primeiro livro de psicologia comparativa, coletando dados de comportamento de animais de diferentes filos com o intuito de fazer um paralelo do comportamento e inteligência animais com essas mesmas características na espécie humana. Cânone de Lloyd Morgan refuta a teoria de introspecção proposta por Ramones na medida em que afirma que os processos mentais animais devem ser tratados como inferiores, e não como iguais, como dizia Ramones.

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