DROGAS DEPRESSORAS, ALUCINÓGENAS, ESTIMULANTES E TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Por: Maria Campos • 28/9/2019 • Trabalho acadêmico • 1.754 Palavras (8 Páginas) • 461 Visualizações
DROGAS DEPRESSORAS, ALUCINÓGENAS, ESTIMULANTES E TRATAMENTO MEDICAMENTOSO.
Mogi das Cruzes, SP
2018
DROGAS DEPRESSORAS, ALUCINÓGENAS, ESTIMULANTES E TRATAMENTO MEDICAMENTOSO.
Mogi das Cruzes, SP
2018
- INTRODUÇÃO
As drogas podem ser classificadas de acordo com as ações que exercem no Sistema Nervoso Central (SNC), observando as modificações na atividade mental e no comportamento do usuário. Dentro dessa classificação encontramos as drogas depressoras, alucinógenas e estimulantes (ARAUJO, 2014).
- DROGAS DEPRESSORAS
- DEFINIÇÃO
Segundo Araújo (2014) as drogas depressoras do sistema nervoso central, reduzem a atividade cerebral e deixam, em geral, as pessoas sonolentas. Algumas delas podem ser usadas como analgésico por diminuírem o trabalho dos neurônios que estão associados a dor. E é comum que causem euforia no início e posteriormente sonolência. Algumas drogas depressoras: álcool, benzodiazepínicos, barbitúricos, substâncias inalantes e drogas opióides (ARAUJO,2014).
- MECANISMOS DE AÇÃO
BENZODIAZEPÍNICOS
São vendidos com prescrição médica e com a retenção da receita, eles costumam agir como tranquilizantes e diminuem a ansiedade, ao serem usados por muito tempo ou com altas doses produzem quadros de sonolência acentuada, confusão mental, alteração da marcha, dificuldade de concentração e de memória e dependência (RONZANI, 2013).
Os benzodiazepínicos são divididos em 3 grupos, sendo eles, o de longa duração (diazeppam e flurazepam); média duração (lorazepam e alprazolam) e curta duração (trazolam, flunitrazepam e midazolam), são na maioria dos casos administrados por via oral, porém não excluem a administração por via intravenosa, intramuscular ou retal (RONZANI, 2013).
A ação depressora destes medicamentos é potencializada pelo consumo de álcool, o que pode inclusive gerar intoxicação (caracterizada pela queda da pressão arterial e uma hipotonia muscular – moleza/fraqueza que pode impedir que o sujeito fique de pé), porem isso só acontece se medicado em doses 20 a 40 vezes maiores (RONZANI, 2013).
INALANTES
Em geral o consumo de inalantes é mais associado aos jovens e ocorre de maneira esporádica, produtos de uso doméstico, como esmalte e acetona, também são inalantes (RONZANI, 2013).
Os inalantes são introduzidos no organismo pelo nariz ou pela boca, seus efeitos acontecem imediatamente após a inalação, são absorvidos através dos alvéolos pulmonares e distribuídos pela corrente sanguínea, chegando rapidamente ao cérebro (RONZANI, 2013).
OPIÁCEOS
O ópio é extraído da papoula, Papaver somniferum, é formado por uma série de substâncias químicas dotadas de potentes efeitos farmacológicos, a mais conhecida é a morfina (RONZANI, 2013). A dupla ação farmacológica de analgésico (tira a dor) e hipnótico (induz o sono) fez com que recebessem também a denominação de hipno-analgésicos ou narcóticos (RONZANI, 2013).
Os opiáceos são absorvidos por via oral, pulmonar e pela mucosa nasal, as vias intravenosa, intramuscular e subcutânea são usadas principalmente para potencializar e acelerar os efeitos (RONZANI, 2013).
Quando administrados por via endovenosa eles podem ser altamente geradores de reforço, após a administração da droga as sensações podem lembram um orgasmo, seguidos de sensação de flutuação, euforia e bem estar, o uso crônico dessa droga desenvolve certa tolerância, por consequência, doses mais altas são necessárias para conseguir seus efeitos (RONZANI, 2013).
- DROGRAS ALUCINÓGENAS
- DEFINIÇÃO
Drogas alucinógenas, ou perturbadoras do sistema nervoso central são aquelas que mais do que aumentar ou diminuir o ritmo de atividade do sistema, modifica seu funcionamento (ARAUJO, 2014). Seu efeito então, é qualitativo, sendo que ao modificar a maneira como nosso cérebro trabalha causam delírios, ilusões ou alucinações. Maconha, LSD, e plantas alucinógenas são inclusas nessa categoria (ARAUJO, 2014).
- MECANISMOS DE AÇÃO
MACONHA
A maconha contém mais de 400 componentes ativos, o mais evidente é o Δ9-tetraidrocanabinol (Δ9-THC), que depende de sua quantidade para variar seus efeitos, após a maconha ser absorvida ela entra em contato com o sangue e é rapidamente depositada aos tecidos, podendo ficar no tecido adiposo (DIEHL, CORDEIRO e LARANJEIRA, 2011).
O Δ9-THC exerce seus efeitos atuando em receptores endógenos que por sua vez são nomeados de CB1 e CB2, os Cb1 estão presentes principalmente na medula espinhal, no SNC, e nos tecidos periféricos, diferentemente dos CB2 que estão nas células do sistema imunológico (DIEHL, CORDEIRO e LARANJEIRA, 2011).
Quando a maconha é fumada os receptores que se ativam são os CB1, percebendo a relação entre ele e o Δ9-THC, que é vista na administração do antagonista seletivos destes receptores (DIEHL, CORDEIRO e LARANJEIRA, 2011).
LSD
O LSD pertence ao mesmo grupo da mescalina, a psilocibina dentre outras drogas, que partilham da mesma composição farmacológica (DIEHL, CORDEIRO e LARANJEIRA, 2011).
Apesar do LSD se espalhar rapidamente por todo organismo, apenas 1% chega no SNC, após serem metabolizadas pelo fígado seus metabolitos são eliminados pela bile e o intestino, esta droga tem grande interação com diversos receptores de serotonina presente no cérebro, além de fazer alteração de sua metabolização, o que é percebido através de maiores concentrações cerebrais do principal metabólico (ácido 5-hidroxiindolacético) que tem atividade agonista em relação aos receptores de serotonina (DIEHL, CORDEIRO,LARANJEIRA, 2011).
Afirmasse que há uma certa generalização na região dos núcleos da rafe (hipocampo, gânglios da base, sistema límbico, hipotálamo e córtex), o que por sua vez influencia na atividade de outros diversos neurotransmissores do SNC (DIEHL, CORDEIRO e LARANJEIRA, 2011). O LSD atua principalmente como agonista do receptor da família 5-HT2, sobretudo o 5HT2C, receptor considerado importante mediador dos efeitos alucinógenos (DIEHL, CORDEIRO e LARANJEIRA, 2011, pg.37).
Vale apena ressaltar que a serotonina é um neurotransmissor que tem total envolvimento nas alucinações, sono, comportamentos fora do comum, mudanças na alimentação, dentre outras características que as drogas alucinógenas apresentam (DIEHL, CORDEIRO e LARANJEIRA, 2011).
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