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Desafios da modalidade de ensino EJA: educação de jovens e adultos

Por:   •  31/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.291 Palavras (6 Páginas)  •  345 Visualizações

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Desafios da modalidade de ensino EJA: educação de jovens e adultos

A constituição que rege as leis no Brasil garante bem estar, segurança e educação de qualidade a todos indivíduos que nele habita. Porém, é nítido que não é uma realidade, os problemas socioeconômicos são alarmantes, tendo consequências diretas na educação básica. Uma boa parte da população não conclui seus estudos, pois a falta de estrutura e incentivo fazem que muitos jovens e adultos busquem trabalho.

Rousseau (1712-1778) cita em sua teoria que todo ser desses de seu nascimento já deve adquirir conhecimento e educação, mas diversas são as barreiras para que esta teoria se faça presente em nosso contexto social. O Censo Demográfico de 2010 contabilizou 13,9 milhões de jovens e adultos com idade superior a 15 anos que não sabem ler e escrever (PIETRO, Maria Clara Di. Nova Escola Gestão: Os Desafios Para Garantir a Educação de Jovens e Adultos. 2014). Esse mesmo levantamento indicou que 54,4 milhões de pessoas com 25 anos ou mais tinham escolaridade inferior ao Ensino Fundamental e outras 16,2 milhões haviam concluído o Ensino Fundamental, porém não o Ensino Médio. Com intuito de diminuir as taxas de analfabetismo e que a educação chegue em jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de estudar na época correta, foi criado em 24 de abril de 2007 o programa Educação de Jovens e Adultos (EJA)

O EJA abrange o ensino fundamental e médio da rede escolar pública, tendo duas etapas. A primeira é o ensino fundamental que se aplica a jovens a partir de quinze anos que não completaram do primeiro ao nono ano com duração estimada de dois anos, já a segunda etapa referente ao ensino médio e destina-se a alunos maiores de dezoito anos, finalizando a educação básica e podendo prestar vestibulares e ingressar em universidades, o tempo estimado para concluir esta etapa é de um ano a seis meses.

1. DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Desde a criação da educação de jovens e adultos (EJA) instituições, organizações e escolas já haviam notado o tamanho da necessidade deste projeto, pois em pleno século XXI onde a necessidade de se ter uma sociedade letrada em nosso país para que se faça eficaz a lei que garante que todo indivíduo tem o direito a educação.

Visando atender novas possibilidades em torno do EJA foram criados diversos programas educacionais disponibilizados a jovens adultos e idosos. No entanto alguns desse programas foram descontinuados em algumas regiões do país e intuições, um exemplo a ser citato e o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização). Um novo telecurso, ainda existente, porém não oferecida a algumas instituições escolares, estes fatos levam uma visão de que projetos voltados para jovens e adultos são sempre descontruídos com o tempo, o que pode ser um dos fatores que podem desestimular o aluno que não deu prosseguimento aos estudos. Outro fato que desmotiva os estudantes despreparo dos docentes e das instituições de ensino. Segundo Moura (1999), a educação de jovens e adultos deve ser considerada como uma prática sem improviso, a qual deve resultar de um planejamento de acordo com a realidade do aluno (MOURA, T. M. de M. A prática pedagógica dos alfabetizadores de jovens e adultos: contribuições de Freire, Ferreiro e Vygotsky. Maceió: EDUFAL/INEP, 1999.)

2. A NECESSIDAE DO ENSINO EJA

As estratégias, metodologias atividades que possam contribuir para uma aprendizagem eficaz. É importante também contextualizar o conteúdo dado com a realidade dos alunos, como exemplos da matéria com fatos recorrentes do dia a dia, isto faz com que o aluno desperte uma curiosidade sobre o assunto discutido. Muitos estudantes questionam qual a necessidade de aprenderem determinadas matérias e é nestes momentos que o professor via-lhe dá uma resposta contextualizada e bem explicada sobre a pergunta. Para Schwartz (1994, p. 201) “as respostas, ou a ausência delas, por sua vez, vão condicionar as ações do sujeito e a qualidade do seu envolvimento, do seu esforço e da sua persistência na atividade”.

Um outro fator sobre a educação de jovens e adultos é o mercado de trabalho que exige no mínimo ensino médio completo. Muitas vezes algumas pessoas não são promovidas a outras funções pelo nível de escolaridade, pois, cada vez mais nítido o crescimento de novas tecnologias, onde mais uma vez o EJA se faz chave fundamental para este público, dando a possibilidades de novas oportunidades profissionais igual a todos. Com isto Oliveira destaca:

Não é difícil dar exemplo de profissões que sucumbiram à avalanche tecnológica. Por exemplo, onde está a profissão de ferroviário? Ela praticamente acabou com o fim das ferrovias. Quem vai às cidades do interior do país e tem a chance de visitar antigas estações ferroviárias vê que estão todas praticamente abandonadas (em alguns casos, foram transformadas em belos centros comerciais ou culturais, como em Curitiba, Paraná).E o que acontece com os leiteiros, que entregam o leite cedinho pela manhã, nas portas das casas, nas grandes cidades. O fim dos leiteiros veio quando a garrafa de vidro ou o latão de

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