Dib's Em Busca De Si Memso
Artigos Científicos: Dib's Em Busca De Si Memso. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: karlap • 7/3/2015 • 2.374 Palavras (10 Páginas) • 506 Visualizações
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
UNIDADE DE CAPINZAL
ÁREA DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PÓS-GRADUAÇÃO – ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
Disciplina: Ludoterapia
Profa.: Maria Teresa Ceron Trevisol
Acadêmica: Karla Pezavento
Texto sobre o livro: “Dibs em busca de si mesmo”
Dibs frequentava uma escola particular, destinada exclusivamente a crianças de três a sete anos de idade, instaladas numa antiga e bela mansão, na parte mais luxuosa do lado leste de Nova York. Tinha uma tradição que atraía os pais de crianças especialmente inteligentes e sociáveis. A mãe de Dibs o matriculou devido a ter amigos no conselho de diretor e tinha uma tia que contribuía generosamente para a escola. Ele frequentava a sala do maternal e tinha 5 anos.
Dibs apresentava um comportamento diferente dos demais alunos da escola. Ele ficava quieto, agachado no fundo da sala, não olhava nos olhos de ninguém, e quando chegava a hora de ir para casa, grita e chorava dizendo que não queria. Quem buscava Dibs era a sua mãe; que chegava sempre atrasada para não presenciar a revolta do filho; outras vezes quem o buscava era o motorista, que quase nunca cumprimentava as professoras. As professoras relatavam que seu comportamento era o mesmo todos os dias, e que sua evolução já era perceptível; pois no inicio das aulas, Dibs nem se mexia do lugar.
Os professores sentiam dificuldade em “classificar” Dibs, pois ora apresentava dificuldades de quem possuía deficiência mental severa; ora fazia as atividades com tanta habilidade que parecia ter inteligência superior aos demais. Durante a maior parte do tempo, engatinhava em volta da sala espreitando por baixo da mesa, balançando-se para frente e para trás, mastigando um lado da mão, chupando o polegar e deitando-se de bruços, rígido, no chão, quando qualquer professora ou colega tentava fazê-lo participar de alguma atividade. Ele era uma criança solitária, num mundo que certamente lhe parecia frio e hostil. Não raras vezes, era acometido por acessos de raiva, na hora de ir para casa, ou quando tentavam obrigá-lo a fazer algo que ele não queria.
Quando os profissionais alertavam a mãe sobre a necessidade de uma ajuda especializada, ela alegava que Dibs precisava de tempo. O pai de Dibs era um cientista renomado, mas que nunca aprecia na escola; sua irmã mais nova era considerada pela mãe “perfeita”. Vendo que a escola não podia fazer mais nada pelo garoto, chamaram a mãe e a psicóloga e logo decidiram tentar avalia-lo novamente. “Decidi que me manteria disponível para atender Dibs. Iria à escola observá-lo no grupo dos outros meninos. E tentaria vê-lo sozinho por algum tempo. Depois, conversaria com sua mãe, e caso tivéssemos sua aquiescência, marcaríamos os dias para as entrevistas na sala de ludoterapia do Centro de Orientação Infantil. Lá, teríamos novos ângulos para lidar com sua problemática”.
A psicóloga observou Dibs na sala de aula, intervalo e na relação com seus colegas. Após o convidou para ir até uma sala de brinquedos e Dibs foi. Essa sala de brinquedos era a sala de Ludoterapia; e assim seria a primeira sessão com ele.
1ª sessão: A psicóloga o deixou bem à vontade e apresentou a ele todos os brinquedos que havia assim ele poderia brincar com aquele que quisesse. O menino de vagar foi manipulando alguns brinquedos e através de bonequinhos que pareciam uma família, iniciou a comunicação com a psicóloga. Ela ressalta que a comunicação deve ser criada pela criança, quando ela sentir confiança em dialogar. Assim o menino moveu os bonecos insinuando que a mãe deveria ir embora e retirou todas as paredes da casa brinquedo, pois não gostava de paredes e portas.
2ª sessão: na segunda sessão a psicóloga o deixou a vontade para brincar do que quisesse. Então, o estimulou a tirar o casaco e os gorros; buscando torna-lo mais independente a cada sessão. Logo ele se dirigiu ao cavalete e lá organizou todas as tintas lendo o rótulo delas; e aí se descobriu que ele sabia ler. E misturando cores iniciou uma pintura no papel. A psicóloga ressalta que não se deve elogiar a conquista de Dibs, pois isso pode bloquear o avanço em outras esferas. Quando esse sessão acabou e Dibis deveria ir com a mãe, jogou-se no chão e começou a chorar e gritar que não queria ir embora.
3ª sessão: nessa sessão Dibs pede para que a psicóloga tire seu casaco e seu chapéu; ele sentia dificuldade em referir-se a si mesmo como “eu”. Após Dibs brincou na caixa de areia com os soldados e teve um longo dialogo com a psicóloga conversando sobre ter ganhado soldados parecidos. Após fez uma pintura com tintas e com seus dedos. Quando o tempo da sessão acabou, Dibs tentava fugir do momento trágico em ir para casa, ocupando-se de tarefas, ignorando os avisos de que o tempo havia acabado. Após muito diálogo ele foi para casa.
4ª sessão: nesta sessão Dibs está bem mais descontraído; em alguns momentos até sorri. Sua linguagem está bem clara e eficiente. Porém na hora de ir embora Dibs ainda ignora os avisos de Miss A.
5ª sessão: Nesta sessão Dibs chega sorrindo e logo cumprimenta Miss A. Examina a sala de brinquedos e reclama de que nada está como ele deixou na outra sessão. Após superar a insegurança dos brinquedos terem sido trocados de lugar, Dibs começou a brincar. Dessa vez ao ir embora ele relatou que sábado e domingo eram dias vazios mas que logo a segunda-feira chegaria para ele ir a escola.
A mãe de Dibs insistiu em marcar uma reunião com Miss A., que a atendeu. Ela relatou que Dibs andava triste, infeliz e não conversava. E Miss A. concluiu que Dibs andava saindo mais de seu quarto, demonstrando de forma clara seus sentimentos e tendo controle emocional ao calar-se mesmo dominando a comunicação verbal. A mãe de Dibs contou toda sua história com o pai de Dibs; e relatou que o filho com deficiência mental era uma humilhação para eles, que eram tão brilhantes em suas carreiras.
6ª sessão: nesta sessão, Dibs tirou seu casado e chapéu sozinho e os pendurou na maçaneta; e disse que gostaria de pintar, fazendo isso. Após ele foi brincar com a casinha, enterrou na areia os soldados e as paredes, inventando uma música e cantando para Miss A. O menino deixou transparecer em uma brincadeira que não tem um bom relacionamento com a irmã, Dorothy. Mas dessa vez se despediu sem escândalos.
7ª sessão: nessa sessão Dibs brinca com os soldados e enterra um deles, que diz ser
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