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Dib's Em Busca De Si Mesmo

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Por:   •  16/9/2014  •  2.338 Palavras (10 Páginas)  •  453 Visualizações

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Nome: Rosane Bueno de Campos Molina 20/03/2013

Orientação: José João de Alencar

Instituição: Faculdade da Aldeia de Carapicuíba FALC

Curso Pedagogia

Trabalho reflexivo sobre o livro: Dib’s em busca de si mesmo – Virginia M. Axline

Tradução: Célia Soares Linhares – Círculo do Livro – 1973

Este trabalho tem como objetivo principal refletir sobre a leitura do livro Dib’s em busca de si mesmo, da autora Virginia M. Axline, publicado pelo Círculo do Livro no ano de 1973. Também pretendo construir uma discussão sobre o tema do livro e as aulas de Psicologia da Educação ministradas no primeiro e segundo semestre do ano de 2012 no curso de Pedagogia.

Ainda considerando que:

“Sem dúvida, essas atividades iniciais transbordavam uma riqueza de revelações. Hedda tinha, de fato, soberbas razões para ter fé em Dib’s. Na verdade, aquela criança estava não somente pronta paraemergir, mas já começando a longa aventura do desabrochar”. (Axline.1973)

Acreditando que qualquer tentativa de síntese da história desse livro não traria para o Professor de Psicologia da Educação nenhuma novidade, já que deve tê-lo estudado quase sempre no decorrer da sua carreira por trazer experiências tão notáveis para a Psicologia e a Psicanálise.

Sendo assim, tomei a liberdade de ao invés de fazer um resumo do livro já tão conhecido e desbravado, relatar neste trabalho minhas impressões a respeito do caso de Dib’s e associá-las aos conteúdos já estudados nestes dois semestres de curso.

A Dra Axline expõe a situação de Dib’s logo de inicio: uma criança que nenhum médico, especialista ou profissional da Educação consegue desvendar. Tentam darlhe um diagnóstico de retardamento mental, autismo, esquizofrenia, etc., mas na realidade não conseguem encontrar nenhuma lesão ou indício de deficiência física, apenas emocional.

Dib’s não interage com outras crianças ou adultos, é rebelde e agressivo e se mantém num mundo particular.

Apesar desse histórico desanimador, as professoras de Dib’s afirmam a Dra Axline que ele é uma criança diferente, que não acreditam que ele seja “deficiente”.

A psicóloga aceita então a missão de desvendar esse mistério analisando o caso da criança em sessões de Ludoterapia – é a psicoterapia adaptada para o tratamento infantil, através do qual a criança, brincando, projeta seu modo de ser, ajudando-a a expressar com maior facilidade os seus conflitos e dificuldades – na Instituição onde ela trabalha, o que é aceito pelos pais e pelos professores.

Começam então os relatos de “Miss A.”, como Dib’s a chama, sendo que ela o atende todas as quintas-feiras durante uma hora na Sala de Ludoterapia.

Lá, Dib’s vai se encontrar como pessoa, descobrir sua personalidade e se libertar dos traumas trazidos por ele desde o momento da concepção, pois, seus pais o rejeitam desde então por ser uma gravidez indesejada, num momento impróprio e que atrapalhará a carreira de ambos.

Depois de meses de terapia, um novo Dib’s renasce. Demonstra toda a força de seu caráter, o QI elevadíssimo e a descoberta do perdão.

A família então reescreve a sua história, agora com amor e compreensão, entendendo que Dib’s é uma criança maravilhosa, inteligente, carinhosa, com um nível intelectual altíssimo e com elevado grau de liderança.

Pois bem, a história de Dib’s me chegou no momento certo, onde eu realmente estou querendo estudar cada vez mais a Psicologia, apesar de um pouco assustadora pela extensão de seu conteúdo.

Comecei a associar o caso de Dib’s com alguns conteúdos estudados para tentar interpretar as teorias sobre um caso real.

Foi comentado nas nossas aulas que Freud explica que durante a construção da personalidade o indivíduo pode criar mecanismos de defesa e essa construção se inicia desde o momento da concepção. No caso de Dib’s, a rejeição do pai e da mãe fez com que ele criasse esses mecanismos de defesa se tornando introspectivo, agressivo, distante. Várias vezes na sessão de Ludoterapia, Dib’s alternava em demonstrar sua inteligência brilhante e quando, de repente, se aproximava de alguma referência emocional, ele se retraía e demonstrava atitudes de um bebê, sugava o bico da mamadeira ou simplesmente permanecia quieto, calado durante um longo tempo.

A Psicologia da Aprendizagem nos diz que o aprendizado da criança está voltado para o que ela vivencia na interação com a família, com o meio, com a sociedade. Aprende do social para o individual. Dib’s era privado dessa interação, até mesmo a mais íntima, com os próprios pais que não aceitavam seu modo de ser, e desconheciam que os sentimentos que eles passavam para o menino tinha um impacto destrutivo sobre o seu desenvolvimento emocional. A criança desde o nascimento, aprende observando tudo ao seu redor, o contato com os pais, as brincadeiras que vão se tornando desafios a serem superados, motivando o aprendizado que se dá pela curiosidade.

Como diz Paulo Freire:

“...nossa aprendizagem é feita de rupturas” – que nada mais são que quebras que vão sendo transformadas em novos conceitos.

Mas para Dib’s não acontecia nada disso.

Na teoria de Piaget, vemos que o indivíduo busca sempre o equilíbrio, que seu conhecimento tem que ser construído a partir das experiências reais, o ambiente interfere nas assimilações da criança. Piaget nos mostra as fases do desenvolvimento e como esse amadurecimento gradativo é importante no desenvolvimento infantil.

Dib’s foi privado pela própria família de desenvolver seu aprendizado de forma natural. Seu pai o chamava de idiota. Isso vai traumatizar essa criança profundamente.

Vigotsky defende acima de tudo a interação social, que o desenvolvimento e a aprendizagem vão se dar porque a criança terá contato com o concreto, vai depender de estímulos para aprender. Através dessa interação e desses estímulos, o amadurecimento se dará naturalmente.

Wallon mostra que tanto a parte biológica como a interação fará parte do desenvolvimento da criança mas vai complementar citando a importância das emoções, a necessidade que a afetividade tem para a construção emocional do indivíduo.

No caso de Dib’s que afetividade ele conheceu?

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