Discussão Ética e Bioetica
Por: Gyovanna Ketly Alencar • 26/6/2023 • Trabalho acadêmico • 529 Palavras (3 Páginas) • 48 Visualizações
DISCUSSÃO
O foco principal da pesquisa feita em sala de aula, visando compreender a qualidade de vida cotidiana dos acadêmicos de Psicologia das turmas de 2022.1 e 2022.2, mostrou que mais da metade dos estudantes do curso trabalham antes de irem para a faculdade (72,3%), e em sua grande maioria é por período integral (73,5%), pois “A transformação dos processos produtivos modificou a lógica da formação acadêmica, que passou a ocorrer concomitante ao trabalho, incentivando a educação continuada e o aumento do número de trabalhadores-estudantes entre a população estudantil.” (SANTOS, 2013).
Tendo em vista, é notável a sobrecarga dentre os acadêmicos de psicologia devido a sua dupla jornada, podendo trazer conflitos dentro de suas vidas acadêmica. “Predominantemente, os estudantes trabalhadores frequentam os cursos noturnos, e essa condição exige jornada estendida, acentuando o cansaço físico decorrente da jornada normal” (MENDES, 1986 apud TERRIBILI FILHO; QUAGLIO, 2005).
Além da dupla jornada de trabalho, a pesquisa aponta que 12,8% dos discentes moram em outra cidade, fazendo com que o tempo para chegar na faculdade seja maior, assim os acadêmicos deixam suas residências mais cedo para assim se transportarem até a instituição, levando em média cerca de 30 minutos ou mais para chegarem a IES.
A amostra trouxe também os dados em relação ao nível de concentração dos discentes, ao classificar o nível de concentração para estudar, se teve como resultado uma amostra diversificada, 31,9% dos participantes classificaram sua concentração como 5, o meio dos extremos de “não consigo me concentrar” e “me concentro normalmente”. Apenas 2,1% se classificou em algum dos extremos que foi o 10, “me concentro normalmente”. Ademais, 4,3% dos participantes classificaram seu nível de concentração em 2 ou 3, 14,9% determinou estar no nível 4, 12,8% no nível 6, 10,6% no nível 7, 17% no nível 8 e 2,1% no nível 9.
Um outro ponto muito importante abordado na pesquisa feita em sala, pergunta sobre a vida social dos estudantes e trazem bons números, mostrando que os acadêmicos tem uma vida social ativa, trazendo ótimos benefícios não somente para a sua vida pessoal em si, mas também para a vida acadêmica e profissional, além dos benefícios para a saúde mental dos discentes. Dentro deste contexto, é feita a pergunta para eles em relação ao autocuidado e cerca de 85,1% disseram dedicar algum momento da semana para autocuidado e 14,8% respondeu que não usufrui de momentos assim.
Continuando a pesquisa, foi perguntado a eles se os mesmos faziam terapia e é apresentado que 74,5% dos participantes da pesquisa, estudantes de psicologia, não fazem terapia e apenas 25,5% deles estão em terapia, é notável este déficit preocupante em relação a terapia, pois a psicoterapia pessoal durante o período da graduação é de suma importância, que além de contribuir na subjetividade do acadêmico, contribui também no seu processo de formação superior. “Esse preparo acadêmico engloba aptidões técnicas, pessoais e éticas, que visam a extrair dos estudantes uma ampla gama de conhecimentos e habilidades. E, sendo a sua própria pessoa, a principal ferramenta de trabalho do psicólogo, torna-se indispensável o investimento em si, através da psicoterapia pessoal, articulando teoria e prática (MEIRA; NUNES, 2005; KICHLER; SERRALTA, 2014).”
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