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E a psicologia entrou no hospital

Por:   •  12/11/2015  •  Resenha  •  2.737 Palavras (11 Páginas)  •  4.379 Visualizações

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Centro de Psicologia Aplicada

Estágio em Saúde

Resumo:

E A PSICOLOGIA ENTROU NO HOSPITAL

Aluno: Willian da Silva Rodrigues  RA: B0352C3

Ribeirão Preto

2015


..e a PSICOLOGIA entou no

HOSPITAL

A obra e a PSICOLOGIA entrou no HOSPITAL é uma organização realizada pelo psicólogoValdemar Augusto Angerami-Camon, contendo artigos dos especialistas em Psicologia Hospitalar: Cláudia Tavares dos Santos; Heloísa Benevides Carvalho Chiattone; Maria Lúcia Hares Fongaro; Ricardo Werner Sebastiani e, também, do próprio organizador.

Todos os textos apresentados pela compilação abordam questões relativas à experiência práticado do psicólogo no contexto hospitalar, trazendo ricos ensinamentos, reflexões teóricas e críticas paradigmáticas, bem como a reafirmação da singular importância do trabalho do psicólogo(a) hospitalar.

Em seguida, estão apresentados, sumariamente, os textos presentes no livro:

CAPÍTULO I: Roteiro de Avaliação Psicológica aplicada ao Hospital Geral – Maria Lúcia Hares Fangaro; Ricardo Werner Sebastiani

Neste primeiro capítulo, os autores trazem a proposta de um roteiro de exame e avaliação psicológica do paciente internado que, segundo os autores, está mais adequado à realidade da Psicologia Hospitalar, preocupando-se com a diferenciação do trabalho de avaliação realizado pelo psicologo hospitalar, no hospital geral, daquele desenvolvido num psicodiagnóstico tradicional. Destaca-se a característica de incompletude e de constante reestruturação da especialidade da Psicologia Hospitalar e que, por essa qualidade, novas contribuições são bem-vindas.

Do roteiro, destacam-se as principais funções que têm o objetivo de trazer uma melhor leitura da condição de relação da pessoa com a doença e a internação: 1. Função Diagnóstica; 2. Função de Orientador de Foco; 3. Fornecimento de dados sobre a estrutura psicodinâmica da personalidade da pessoa; 4. Instrumento de avaliação continuada do processo evolutivo da relação do paciente com sua doença e tratamento; 5. História da Pessoa; 6. Possibilitar Diagnóstico Diferencial quanto a quadros psicológicos/psiquiátricos específicos e 7. Estabelecimento das condições de relação da pessoa com seu prognóstico (limites x possibilidades). Essas funções avaliadas serão norteadoras do trabalho do psicólogo  e da comunicação com a equipe, além da possibilidade do roteiro ter uma função terapêutica para o paciente, uma vez que, através da verbalização e reflexão, pode favorecer melhor elaboração e adapatação à condição de Ser ou Estar doente.

Em seguida, além do item identificação que requer os dados de identificação do paciente, são descritos os 13 itens de avaliação presentes no roteiro:

Identificação: Nome; n° de prontuário; idade; sexo; estado civil; data de internação; religião; psicólogo responsável; médico responsável; departamento do hospital ao qual o paciente está subordinado; diagnóstico; data do atendimento.

  1. Estado Emocional Geral

Contendo 10 subitens de avaliação do paciente: Autoconceito; Auto-Estima; Ansiedade; Depressão; Informação sobre a Doença; Informação sobre o Tratamento; Relação com a Doença; Defesas predominantes; Ruptura Psicótica; Estrutura Emocional Básica.

  1. Sequelas emocionais do paciente

São considerados os subitens, julgados em PRESENTE ou AUSENTE: Com internação Anterior; Com tratamento anterior; Com cirurgia anterior; Com Separações; Com Perdas e Óbitos.

  1. Temperamento Emocional Observado

Observação e descrição do temperamento apresentado pelo paciente, podendo ser Introvertido ou Extrovertido e Acentuado ou Compensado.

  1. Postura Frente à doença e à vida

Avaliação das tendências pulsionais Biófilas e Necrófilas do paciente.

  1. Estado atual frente à doença/hospitalização e à vida

Avaliação do Humor do paciente em relação ao adoecimento, à hospitalização e à vida. Esse item foi organizado de acordo com as seguintes fases ou estados: Negação, Barganha, Revolta, Depressão, Aceitação,  e Ganho Secundário.

  1. Questionário Específico

Refere-se a História da Pessoa e a instalação da crise. Apresenta os objetivos de compreender como se instalou a crise – doença – do ponto de vista estrutural e dinâmico e estabelecer o foco do acompanhamento psicológico com ambos; agir terapeuticamente sobre a temporalidade.

  1. Avaliação Psicossocial

Coleta de dados de desenvolvimento psicológico do indivíduo em seu aspecto estrutural, sendo consideradas as fases: Infância; Adolescência; Vida Adulta; Contatos Sociais.

  1. Exame Psíquico

Viabiliza diagnóstico diferencial, além de poder ser utilizado separadamente em relação ao restante do roteiro de avaliação. No exame psiquíco, são avaliados os seguintes subitens: I. Consciência (clínica ou quantitativa); II. Sensopercepção; III. Pensamento; IV. Linguagem; V. Memória; VI. Inteligência/Cognição; VII. Consciência do EU (qualitativa); VIII. Afetividade e IX. Motivação e Volição.

  1. Manifestações Psíquicas e Comportamentais

Colabora na elaboração do diagnostico diferencial, objetivando auxiliar na elaboração do perfil psicológico estrutural, psicodinâmico e circunstancial decorrente da relação que o paciente estabelece com a doença, tratamento e hospitalização. As manifestações geralmente observadas são, dentre outras: Culpa; Negação; Raiva; Hostilidade; Fantasias; Fantasias Mórbidas; Frustração; Impotência; Insegurança; Fracasso; Regressão; Dependência; Conformiso; Projeção; Isolamento; Desamparo; Pânico; Desconfiança; Despessoalização; Esperança; Ambiguidade; Hospitalismo (positivo ou negativo); Estresse Psicorgânico; Agitação Psicomotora; Agressividade Autodirigida e Alo Dirigida; Medo Real; Medo Fantasmático; Comportamento Fóbico; Sensação de Punição; Sensação de Abandono; Limitação de Atividades; Conflitos quanto à Privacidade; Privação da Liberdade; Perda da Autonomia; Esquema corporal modificado; Conflitos na área da sexualidade.

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