Resumo “E a Psicologia entrou no Hospital”
Por: Adrielle Fernandes de Oliveira • 19/3/2022 • Resenha • 950 Palavras (4 Páginas) • 211 Visualizações
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Resumo “E a Psicologia entrou no Hospital” (pg.5 a 20)
Roteiro de avaliação psicológica aplicado ao hospital geral
- A psicologia hospitalar é uma especialidade em fase de estruturação, pois somente a experiência pensada, sistematizada e aplicada é o que poderá abrir portas que possibilitem crescimento e mudança em uma área, que muitas vezes foi construída com base em uma visão diagnóstica tradicional, e com conceitos “emprestados” de outras especialidades do saber psicológico.
Principais funções do roteiro de avaliação psicológica:
- Função diagnóstica: Levantamento de hipótese diagnóstica. Função primordial para condução do caso, pois, a partir da identificação da causa se torna possível direcionar para o caminho mais eficaz disponível diante daquela demanda.
- Função de orientador de foco: Utilização de uma abordagem que possibilite uma intervenção focada e breve, de acordo com o que trás sofrimento para o individuo naquele momento.
- Fornecimento de dados sobre a estrutura psicodinâmica da personalidade da pessoa: Relação do indivíduo com o seu processo de adoecimento – tratamento.
- Instrumento de avaliação continuada do processo evolutivo da relação do paciente com sua doença e tratamento: Avaliação das necessidades de mudanças o longo do tratamento, tanto internas quanto externas.
- História da pessoa: “Não se trata da doença, mas sim de pessoas doentes” ressalta a importância de um olhar mais atento a subjetividade do sujeito através da escuta, entrevistas e coletas de dados.
- Possibilitar diagnóstico diferencial quanto a quadros psicológicos / psiquiátricos específicos: A presença de transtornos psiquiátricos no HG é exceção, porém é comum intercorrências exógenos (psicoses) e distúrbios adaptativo do tipo síndrome geral de adaptação ( paciente em crise). Ressalta aqui a importância de
- Estabelecimento das condições de relação da pessoa com o seu prognóstico (limites x possibilidades): Considerar as questões que permitem uma qualidade vida relacionada ao ser e estar doente.
- Essas funções avaliadas serão norteadoras do trabalho do psicólogo e da interação da equipe e orientação da família. Além de, ter uma função terapêutica para o paciente, uma vez que, através da verbalização e reflexão pode gerar adaptação a condição de ser ou estar doente.
“O objetivo principal do psicólogo hospitalar é resgatar a visão do indivíduo como um todo: Biopsicossocioespiritual.”
O Roteiro além da identificação, contém 13 tipos de avaliação:
Identificação: Nome; n de prontuário; idade; sexo; estado civil; data de internação; religião; psicólogo responsável; médico responsável; departamento do hospital ao qual o paciente está subordinado; diagnóstico; data do atendimento.
- Estado emocional geral: Neste item é avaliado o estado emocional geral do paciente, a partir de 8 subitens, quantificados em: Bom, ruim, regular e sem dados.
- Autoconceito: Avaliação da leitura que a pessoa faz da sua capacidade de ser – estar diante do processo de adoecimento.
- Autoestima: Relação do indivíduo sobre si mesmo. (fazer um paralelo com a sua visão antes do processo de adoecimento).
- Ansiedade: Avaliação do grau de prejuízos que essa emoção trás e qual é a relação com o processo de adoecimento.
- Depressão: Avaliação com o mesmo intuito da ansiedade, com o objetivo de identificar o que é reativo e o que é patológico.
- Informação sobre a doença: A forma como o indivíduo interpreta a doença está relacionada ao seu processo de adaptação, ou não, ao seu adoecimento.
- Informação sobre o tratamento: O grau de informação sobre o tratamento contribui para a aderência e eficácia do mesmo.
- Relação com a doença: Relação entre ser e estar doente que a pessoa estabelece com o seu momento de adoecimento.
- Defesas predominantes: A função principal dos mecanismos de defesa é proteger o EGO, porém, essa função pode – se tornar prejudicial a vida do sujeito, uma vez que ele coloca a sua integridade ou de terceiros em risco.
- Ruptura psicótica: Identificação se há ou não a presença da estrutura psicótica.
- Estrutura emocional básica: Avaliação da condição emocional geral do paciente e sua capacidade de lidar com crises. (soma de todas os subitens anteriores).
- Sequelas emocionais do paciente: São considerados os subitens, julgados em PRESENTES e AUSENTES podendo ser classificados em: forte ou leve: com internação anterior; com tratamento anterior; com separações; com perdas e óbitos.
- Temperamento emocional observado: Observação e descrição do temperamento apresentado pelo paciente, podendo ser introvertido ou extrovertido e acentuado ou compensado. Deve- se sempre considerar o momento da avaliação e comparar às respostas normais do indivíduo fora do contexto de doença e internação.
- Postura frente a doença e á vida: Avaliação das tendências pulsionais Biófilas e Necrófilas do paciente. Função fundamental para o psicólogo tanto em nível prognóstico quanto preventivo.
- Estado atual frente á doença / hospitalização e á vida: Avaliação do humor do paciente em relação ao adoecimento, á hospitalização e á vida. Esse item foi organizado de acordo com as seguintes fases ou estados: Negação, Barganha, Revolta, Depressão, Aceitação e Ganho secundário.
- Questionário específico: histórico de vida, investigação da instalação da crise.
- Como era antes de adoecer?
- Relate um dia do paciente antes do adoecimento
- Como foi descoberto o diagnóstico?
- O paciente sabe do seu diagnóstico? Se não sabe, por que?
- Houve um evento marcante antes ou depois da doença?
- Houve mudança do comportamento do paciente ou na dinâmica familiar?
- Avaliação Psicossocial : Levantamento de dados da história da pessoa quanto ao seu aspecto estrutural e vínculos até mesmo na instalação da doença.
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