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ESTUDO FENOMENOLÓGICO SOBRE O CRIME DE LATROCÍNIO

Por:   •  17/6/2019  •  Artigo  •  4.202 Palavras (17 Páginas)  •  200 Visualizações

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ESTUDO FENOMENOLÓGICO SOBRE O CRIME DE LATROCINIO

Hinayana Leão Motta Gomes¹

Larissa maria Correa Bessa²

Paloma Freitas Nunes³

RESUMO

O presente estudo fenomenológico é resultado do interesse pela temática do crime de latrocínio, mais precisamente, pela experiência de um indivíduo que tenha cometido tal crime. O objetivo deste escrito é compreender o que leva um indivíduo a cometer o crime de latrocínio. Para tanto foi utilizada a metodologia de revisão literária a fim de favorecer a compreensão, através de visão multifacetada dos autores mencionados no decorrer do escrito. Conclui-se que a experiência do indivíduo é instrumento precioso para se chegar ao objetivo deste escrito.

Palavras chave: Estudo Fenomenológico; latrocínio.

ABSTRACT

The present phenomenological study is a result of the interest in the thematic of the crime of robbery, more precisely, by the experience of an individual who has committed such crime. The purpose of this brief is to understand what leads an individual to commit the crime of robbery. For that, the methodology of literary revision was used in order to promote understanding through a multifaceted view of the authors mentioned in the course of the writing. It is concluded that the experience of the individual is a precious tool to reach the objective of this writing.

Keywords: Phenomenological study; robbery.

_______________________

¹Orientadora, mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
²Acadêmica em Psicologia pela Universidade de Rio Verde, Campus Rio Verde, GO.
²Acadêmica em Psicologia pela Universidade de Rio Verde, Campus Rio Verde, GO.

O presente estudo visa abordar o tema Crime de Latrocínio buscando compreender aspectos vividos por um latrocida, e entender quais as principais dificuldades encontradas no percurso desde: qual motivo o indivíduo tinha para cometer o crime a como foi para ele cometer o crime, compreender os principais desafios encontrados nos aspectos de relacionamento com a sociedade depois do crime.

Utilizando como metodologia a pesquisa qualitativa que permite o pesquisador entenda o fenômeno a partir das experiências vividas do colaborador e foi utilizado a técnica de entrevista livre com pergunta disparo.

O método fenomenológico procura acessar a essência do fenômeno estudado, necessitando de três etapas fundamentais: a redução fenomenológica - que possibilita acessar a verdade do sujeito; a intersubjetividade - é a relação estabelecida entre o sujeito-pesquisador e o sujeito-colaborador, que são dois aspectos vividos que se unem para compreender o determinado fenômeno; e o retorno ao vivido onde o sujeito-colaborador volta a sua experiência de vida.

A fenomenologia busca o conhecimento das essências reconstituindo a relação entre o homem e o mundo, utilizando como ponto de partida voltar às coisas mesmas, na qual é voltar às origens adquirindo uma nova experiência um novo conhecimento.

No estudo foi levantado tópicos como: o conceito de latrocínio, um olhar da psicologia sobre o latrocínio e o latrocínio visto pelo âmbito jurídico.

É de extrema importância conhecer a vulnerabilidade que um latrocida vive em seu dia-a-dia no presidio, com o intuito de construir e pôr em execução uma política de atenção integral à esta população. Este estudo pretende enfatizar como foi a experiência de um indivíduo que cometeu o latrocínio e se arrependeu amargamente.

1       ANALISANDO O CONCEITO DE LATROCINIO

     

     Para analisar o crime de Latrocínio, devemos necessariamente passar pela análise conceitual do crime de Roubo, visto que, o latrocínio é uma qualificação do roubo através de um resultado mais grave, no caso, a morte da vítima. (Aguiar & Leadebal, 2014)

Trata-se de crime complexo, tendo como elementares constitutivas a descrição de fatos que, isoladamente, constituem crimes distintos: protege, com efeito, Bens jurídicos diversos: o patrimônio, público ou privado, de um lado, e a liberdade individual e a integridade física e a saúde, que são simultaneamente atingidos pela ação incriminada. (Bitencourt, 2010 citado por Alves & Barros, 2014)

Constitui roubo o fato de o sujeito, logo depois de tirada a coisa móvel alheia, empregar violência contra pessoa ou grave ameaça, com o objetivo de conseguir a impunidade do fato ou continuar na detenção do objeto material. (Jesus, 2015 citado por Alves & Barros, 2014)

O crime de roubo seria então, uma variação gradativa do crime de furto por haver o emprego de violência contra a pessoa. A figura típica do roubo é composta pela subtração, característica do crime de furto, conjugada com o emprego de grave ameaça ou violência à pessoa. Assim, o roubo poderia ser visualizado como um furto acrescido de alguns dados que o tornam especial. (Greco 2010, citado por Alves & Barros, 2014)

       

1.1        UM OLHAR DA PSICOLOGIA SOBRE O CRIME DE LATROCÍNIO    

Segundo o psicólogo Celso Barreto, que trabalhou por dois anos na avaliação de perfil dos presos na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), pelo menos 90% das pessoas que cometem assalto à mão armada estão alcoolizadas ou sob o efeito de drogas, o que pode levar o criminoso a agredir a vítima, pois, o nível de estresse deles é muito alto, e sua adrenalina elevada. (Cristo, 2008)

Outro perfil de latrocida descrito por Barreto é o do criminoso revoltado. Ele pode até ter um argumento afetivo para cometer o crime, como um filho passando fome em casa. Mas, para ele, a repreensão da polícia ou a aplicação das leis é incompreensível. (Cristo, 2008)

       Desde cedo, desenvolve-se no latrocida o pensamento de que não há muito a perder quando se rouba e se mata uma vítima. São duas faces da mesma moeda. Ele vai morrer ou vai matar. (Cristo, 2008)

     O latrocida só está tentando conquistar algo naquele momento, é um prazer momentâneo e ele sabe disso. Seu código de ética, é o código de morte, analisa o psicólogo Barreto. (Cristo, 2008)

       O latrocínio também pode ocorrer por quem quer eliminar provas, geralmente quando age violentamente com pessoas que conhece. Esse perfil de latrocida sabe que não pode deixar testemunhas, porque caso contrário ele vai para a cadeia. (Cristo, 2008)

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