Em busca de uma nova chance

UNIVERSO

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PSICOLOGIA

FILME: EM BUSCA DE UMA NOVA CHANCE

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UNIVERSO – UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PSICOLOGIA

ANDREIA CRISTINA BRITO PIRES SILVA

FILME: EM BUSCA DE UMA NOVA CHANCE

Trabalho realizado com o objetivo de complementar nota de VT da disciplina de fundamentos da terapia familiar e de casais no curso de Psicologia – Graduação da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO – Campus Goiânia. Professora Taciara.

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INTRODUÇAO

Normalmente quem morre deixa pessoas as quais convivia com ela, relacionava, amava, trabalhava, e deixam com essas pessoas algumas perguntas sem respostas, algo que não foi completamente resolvido, uma situação que não foi finalizada entre vários outras ocasiões que e necessário rever.

As pessoas que ficam vivas ressentem-se muito pela perda, alguns se culpam, se chateiam, se entristecem, outros regem com euforia, descaso, preocupação entre outras maneiras de reagir á uma perda.

O importante é que o processo de luto aconteça, seja espontâneo ou provocado, cedo ou tardio, que ele seja vivido de forma intensa, pois algo inesperado e que provoca mudança na rotina, na família, aconteceu e é natural que se espera uma reação incomum, anormal do comportamento diário da pessoa para expressar sua dor, sua emoção, algumas pessoas são mais imediatista e conseguem imediatamente expressar a dor pela perda, outros são mais demorados, mas o comum é que todos acabem expressando uma reação diferente ao fato ocorrido.

FILME: EM BUSCA DE UMA NOVA CHANCE

TEXTO: FAMILIAS EM SITUAÇAO DE LUTO

ANÁLISE COMPARATIVA DO TEXTO E O FILME

De acordo com o texto o processo de luto é uma resposta natural e esperada após uma perda simbólica ou concreta importante, esse processo pode ser eliciado em decorrência de morte, afastamento, perda de capacidades físicas ou psicológicas, perda do ambiente conhecido, e estas perdas podem ocorrer em qualquer etapa do ciclo da vida familiar. No filme assistido uma família considerada tradicional onde vivem na mesma casa, o pai, a mãe e os dois filhos adolescentes, passam pela perda por morte acidental do filho mais velho, onde e possível identificar as diferenças do processo de luto vivenciado por cada um deles.

Há uma interrupção da rotina de uma família que precisa aprender que nunca mais será a mesma, após a perda de um ente querido. Essa família entrou no processo de luto normal, teve recesso no trabalho, choro, arquivo de lembranças e tristeza, houve dificuldade de aceitação de que a família deveria se reajustar e que seria diferente de agora em diante, principalmente com relação á lembranças, a mãe queria deixar tudo da maneira que estava quando o filho partiu, não arrumar mais a casa, não lavar as roupas nem tirar nada do lugar afim de manter o ambiente que trazia lembranças de quando seu filho ainda estava vivo, não se importando se essas atitudes incomodava os demais membros da família.

Em um processo de luto é exigido do homem a manter a calma, cuidar da mulher e dos filhos sobreviventes, e nunca demonstrar fraqueza nem chorar, evitar a dor, e demonstra dificuldade em conversar sobre a perda. É esperado que se mantenha no controle de suas emoções. O pai tenta retornar suas atividades habituais, afim de esquecer a dor, e voltar as rotinas da casa mais rapidamente que a mulher, tentando ser o esteio, a fortaleza. O pai teve essa reação padrão de fortaleza não demonstrando fraqueza e buscando alternativas para a família superar o mais rápido possível a perda a fim de evitar o ambiente de tristeza e conversas sobre o assunto. Voltou ao trabalho e buscou maneiras de melhorar o clima da casa, como uma viagem á casa da praia.

Somente no hospital após a recuperação do que parecia ser um infarto, o pai ao ver a mãe mais firme e segura por já ter concluído sua busca pelo fim da historia, finalmente sai da figura de fortaleza e se entrega ao choro pela perda e pela culpa de não poder ter salvo seu filho nos dezessete minutos que lhe restara de vida, e enfim consegue expressar e vive seu luto de forma intensa.

No luto da mulher ela assume a postura mais frágil com choro e desespero, a mãe tem essa reação de fragilidade e choro constante por período prolongados de tempo, não se importando com as outras pessoas da família e as vezes nem consigo mesma. Esse estilo feminismo de sofrimento exige que os outros em sua volta tenham o mesmo comportamento que ela com relação á suador, não aceitando que tenha estilos diferentes de enfrentamento, a mãe acredita que ninguém está sofrendo como ela, por não estarem reagindo da mesma forma, por estar tentando voltar á rotina normal, por estarem buscando se adaptar á novas situações, retornando ao trabalho, á escola.

Existem vários formas de reagir ao luto, no texto e apresentado os tipos de luto existentes, que são eles o crônico, o adiado, o inibido, o complicado, e ainda conforme conversado em sala de aula o luto invisível que se refere a aborto, casais que não podem ter filhos, homossexuais quando perdem o parceiro não se tornam viúvas, entre outros. O luto crônico e o prolongamento indefinido das reações de luto, conforme expressado pela mãe do adolescente no filme, que apresentou características e sintomas do luto por muito tempo de forma prolongada, com dificuldades de adaptação a nova rotina da nova realidade. O Luto adiado são pessoas que apresentam reações tardias ao luto, apresentando viver normalmente após a perda, demonstrado no filme pela figura paterna que tentou retornar ao emprego e voltar à rotina normal, se negava a falar sobre qualquer assunto relacionado ao filho e ou a morte do mesmo para evitar sofrimento. O luto Inibido no qual a pessoa não esboça qualquer reação ao longo do tempo, que foi o caso do irmão caçula, que se restringiu de manifestar qualquer reação com relação a morte do irmão, chegando a dizer que não estava passando por nenhuma grande tristeza, mas posteriormente ele conseguiu entender a perda e expressar os sentimento com a  ajuda de um grupo de apoio.