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FUNDAMENTOS TEÓRICOS SOBRE FLUTUAÇÃO

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Por:   •  2/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  8.652 Palavras (35 Páginas)  •  407 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O fenômeno bullying acompanha os alunos nas escolas e em seus grupos sociais há muito tempo. Entretanto, nos últimos anos o assunto ganhou maior repercussão em função de atitudes que chamaram a atenção da sociedade e da própria escola diante da onda de violência, principalmente nas escolas. Além disso, com o uso das redes sociais, este fenômeno ganhou outra dimensão, pois as agressões que antes eram pessoais passaram a ser, também virtuais, com uma propagação sem controle.

Nesta perspectiva, este estudo bibliográfico pretende analisar este fenômeno que incita a violência e agride das mais diversas formas a integridade das pessoas.

Nesta pesquisa analisaremos as implicações do Bullying na aprendizagem e desenvolvimento humano. Neste aspecto, para a compreensão do fenômeno Bullying no contexto educacional, será apresentada a definição do conceito Bullying e suas consequências no processo de aprendizagem e desenvolvimento humano, abordamos o papel das políticas educacionais no combate ao Bullying e traçamos ações preventivas do fenômeno Bullying nas escolas.

Este estudo parte da revisão bibliográfica, nas perspectivas de FANTE; SILVA; REGO; DE LA TAILLE; ABRAMOVAY e RUA; AQUINO e VYGOTSKY, entre outros autores que tratam deste fenômeno de cunho social. O Bullying enquanto fenômeno social é discutido dentro do fenômeno da violência escolar, porque se trata de comportamento ligado à agressividade física, verbal e psicológica e, embora possa acontecer em todos os lugares e atingir todas as classes econômicas, é mais facilmente detectado no âmbito escolar.

A violência na escola teve seu momento de estudo como um fenômeno diretamente ligado ao comportamento indisciplinado, já foi analisada como comportamento delinquente manifesto ou antissocial e hoje as pesquisas focam uma análise mais ampla que não se restringe apenas às transgressões cometidas por jovens ou à violência nas relações interpessoais.

É fato o aumento da violência no contexto escolar e o Bullying caracteriza-se pela repetição, abrangendo comportamentos agressivos, insultos, atitudes de discriminação e de exclusão do indivíduo que sofre a violência e, geralmente ocorre sem motivo aparente. A escola deve ser um espaço que ofereça segurança, permitindo o desenvolvimento da socialização, de responsabilidades e da autonomia. Assim, os professores conscientes das manifestações do Bullying pode promover saúde no ambiente escolar através de ações sócio-educativas na busca pelo equilíbrio emocional, na superação dos conflitos e na valorização da tolerância e da solidariedade entre os alunos.

1– FUNDAMENTOS TEÓRICOS SOBRE O BULLYING

Os primeiros resultados sobre o diagnóstico do bullying foram informados por Konrad Lorenz (1991) que qualificou como mobbing, o comportamento de animais usado para assustar um predador. Mais tarde, Peter-Paul Heinemann, um médico sueco, concentrou sua pesquisa com crianças mediante observação de seus comportamentos quanto à forma de relacionamento umas com as outras, caracterizando os mesmos como Bullying. O autor fez referência ao termo usado por outro estudioso no assunto que acreditava na gravidade dos problemas de relacionamentos entre as crianças concorrendo para possíveis suicídios cometidos pelas vítimas de mobbing.

A perseguição por pessoas que não se adaptam aos moldes defendidos pela sociedade não é novidade, entretanto a tipificação desta atitude ganhou mais ênfase após estudos publicados sobre o assunto por estudiosos da área. Com a divulgação de pesquisas suecas e mesmo em alguns países da Escandinava trouxe a público um fenômeno que se alastrava entre crianças e jovens, sendo o ambiente escolar mais propicio para tal prática em função do convívio social dos mesmos.

Na Noruega a preocupação entre pais e professores cobrando das autoridades uma iniciativa e um posicionamento em termos de solucionar o problema foi evidente devido à crescente ocorrência deste tipo de comportamento entre os escolares. Entretanto, somente no final do ano de 1982, após um trágico suicídio de três crianças com idades entre 10 e 14 anos no norte da Noruega de grande repercussão que o ministério da educação daquele país desenvolveu uma campanha nacional para discutir sobre os problemas da violência nas escolas que atingiam tanto os agressores quanto os agredidos. Tal iniciativa ocorreu no ano de 1983 após grande repercussão do ocorrido no ano anterior.

A partir destes fatos Dan Olweus, pesquisador da Universidade de Bergen, Noruega, desenvolveu os primeiros estudos para detectar o problema de convivência e comportamento entre as crianças e jovens de uma forma mais especifica. Olweus iniciou sua pesquisa com cerca de 84 mil estudantes, quase quatrocentos professores e cerca de mil pais ou responsáveis pelos alunos a observação ocorreu em todas as series. (Dan Olweus, 1993)

Segundo OLWEUS (1993), o ápice da pesquisa seria avaliar, além do comportamento dos pesquisados, a incidência destas ocorrências as quais classificou como Bullying.

Em 1993, Dan Olweus publicou o livro “Bullying at School” onde apresentava o fenômeno bullying e os resultados de sua pesquisa, projetos de intervenção e as relações de sinais ou sintomas que poderiam identificar vítimas ou agressores.

Durante a pesquisa ficou constatado que, a cada 7 alunos, um estava envolvido nos casos de bullying e através destes números foi promovido uma campanha nacional no estado da Noruega com o apoio do governo que reduziu 50% os casos de bullying nas escolas. Esta campanha incentivou vários outros países como o Canadá, Reino Unido e Portugal a realizarem a intervenção contra o Bullying nas escolas.

O programa de intervenção tinha como principal foco envolver de forma ativa e participativa pais, alunos e professores e aumentar a consciência dos mesmos para a realidade dos fatos e promover o apoio às vítimas. Segundo Olweus, (1993) “os dados de outros países indicam que as condutas bullying existem com relevância similar ou superior às da Noruega, como é o caso da Suécia, Finlândia, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Países Baixos, Japão, Irlanda, Espanha e Austrália.”.

Pesquisas feitas em diversos países revelam um crescimento do bullying: a estimativa é que de 5% a 35% das crianças estejam envolvidas em condutas agressivas no ambiente escolar. Nesses números

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