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Familia Diversidades

Por:   •  31/5/2016  •  Dissertação  •  888 Palavras (4 Páginas)  •  180 Visualizações

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Curso: Psicologia / 1º Período / Turma B

Disciplina: Português Instrumental

Professora: Ivi monteiro

ESTUDO DIRIGIDO

O que é uma família?

Texto dissertativo-argumentativo, baseado nos textos motivadores

e com apoio das temáticas apresentadas nas disciplinas do primeiro semestre.

ALUNA:

Roberta Adriana Silva Martins Andrade

UBÁ – 30/05/2016

Família Diversidades

Segundo a Constituição de 1988, família é o resultado da união entre um homem e uma mulher ou um dos pais e seus filhos. No entanto em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que pessoas do mesmo sexo também podem se unir juridicamente, com os mesmos direitos e deveres dos outros casais.

Existe um projeto de lei denominado Estatuto da Família que está sob análise. O texto do projeto tenta definir regras jurídicas referentes a um formato determinado de família, fechando ainda mais o posicionamento da constituição de 88. Deste modo, a ideia do novo Estatuto da Família vai contra a decisão do STF, e também vai contra questões que dizem respeito inclusive a direitos humanos e cidadania.

De acordo com a Juíza Ana Maria Gonçalves Louzada “(…) Nunca é demais nos reportarmos aos princípios da igualdade, que ratifica a isonomia de tratamento a todas as pessoas, da liberdade, que embasa a livre escolha de parceiros, (...) e da afetividade onde o que efetivamente importa na relação familiar, muito mais do que o aspecto biológico ou sexual é o afeto que a envolve.

Com base nestes apontamentos surgem em pauta questões filosóficas como o conceito de normalidade. O que é ser normal? Ter uma família formada por homem, mulher e filhos? Ou ter um ambiente de convivência saudável e amoroso independente de gênero e outros fatores? Sobre este ponto de vista a Juíza Ana Maria. G. Louzada ainda coloca: ”(...) O reconhecimento da união homoafetiva como família é apenas a consequência lógica de uma sociedade democrática, que tem por fim último a dignidade de cada pessoa, que deve ser respeitada em sua individualidade de forma integral e absoluta.”

De acordo com Eliane Gonçalves, professora da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), “(...) A família tradicional é um conceito historicamente construído e a configuração do modelo de família tradicional também o é. Sempre existiram na história modelos plurais de família.” Deste modo pode-se verificar que o chamado “conceito de família tradicional”, imposto e aplicado pelo senso comum, pode não ser uma realidade.

O fato é que no quesito família, percebe-se que o mais importante não é a forma de sua constituição e sim sua função social. Sobre esta questão a professora do curso de Psicologia da Faculdade de Educação (FE) Marilúcia Lago coloca: “A família é aquela que traz, que convida e integra o sujeito no mundo. É ela que dá significação e cria uma consciência, um sentimento de pertencimento à comunidade.” Deste modo vemos que a importância da família deve ir além dos estereótipos. Sendo a família o berço que irá formar cidadãos conscientes, sendo a família um ambiente que deve promover o reconhecimento do indivíduo como pessoa pertencente a um meio, sendo a família uma entidade que deve facilitar ao indivíduo recursos pra que este se desenvolva dentro da sociedade, esta é quem deve estar em primeiro lugar pautada em princípios de igualdade de direitos.

Sobre este ponto a professora Eliane Gonçalves ainda acrescenta: “A família é o lugar de significação e o primeiro lugar de normalização, onde aprendemos os primeiros conceitos, regras. Isso é o que a gente chama de primeira socialização, quando aprendemos a linguagem que é estruturante das demais coisas. Com a família, nos tornamos seres capazes de compreender e significar o mundo.”

Partindo do ponto referente a importância da família para a formação do indivíduo, esbarramos na questão da afetividade. A família não só prepara o membro para viver em sociedade, explicando regras e funcionamento da mesma, mas também compete a família o preparo emocional do indivíduo, para conviver consigo mesmo e com o mundo. Sobre esta questão o conselheiro tutelar da região oeste de Goiânia, Omar Borges de Sousa coloca: “(...) Hoje é que os pais têm se dedicado mais ao sustento da família e estão ausentes na criação dos filhos. (...) As famílias estão entregando os filhos para a internet, para as escolas e esquecendo os laços familiares. Percebo muito a carência dos adolescentes. Outro dia um garoto de 14 anos chegou ao Conselho Tutelar, rebelde, e eu perguntei há quanto tempo ele não dava um abraço no pai. Ele disse que tinha uns oito anos.”

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