TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Fenomenologia e existencialismo

Por:   •  15/11/2016  •  Resenha  •  1.488 Palavras (6 Páginas)  •  948 Visualizações

Página 1 de 6

FENOMENOLOGIA

  1. Principais Precursores: Edmund Husserl, Franz Brentano e Karl Stumpf.
  2. Fenomenologia: Inaugurada por Edmund Husserl. Sistema filosófico que pratica a filosofia como busca fenomenológica, ou seja, eliminando as características reais ou empíricas dos fenômenos, elevando-os ao plano das generalidades essenciais. Consiste em fazer filosofia buscando a essência que se mostra no aparece, indicando um procedimento mais preciso, em direção a uma verdadeira intuição das essências.
  1. A Apreensão e entendimento da epistemologia como perspectiva;
  2. Uma leitura do humano enquanto totalidade;
  3. A ciência da dinâmica que circunscreve e perpassa o fenômeno humano;
  4. Operação com a temporalidade em uma perspectiva de espiral;
  5. Ênfase nas práxis ideográficas;
  6. Abolição da ideia científica de causalidade do comportamento;
  7. Uso de uma abordagem compreensiva do humano
  8. Adoção de uma linguagem correspondente ao fenômeno abordado.

  1. Fenomenologia em 3 aspectos:
  1. Como Filosofia: Produzir conhecimento a partir da resposta                                                                              da pergunta sobre o que são as coisas que são. Fazer filosofia reduzindo os seres a fenômenos – redução fenomenológica – colocar “entre parênteses” a atitude natural. (De Ser para Fenômeno)
  2. Como Epistemologia:  Epistemologia é uma área do conhecimento humano que estuda o próprio conhecimento, seja na forma mais elementar ou na forma mais elaborada. A Fenomenologia enquanto Epistemologia se dá em dois sentidos:
  1. Como estudo ou descrição da forma como o homem conhece – conhecimento se dá na relação
  2. Como método de investigação acerca do conhecimento sistematizado em saberes, que científico ou não.
  1. Como Método: Forma de pensamento ou caminho.
  1. Como método de investigação que se utiliza saberes e a ciência (psiquiatria, direito, filosofia, psicanálise, gestal-terapia)
  2. Como suporte ou fundamento para diversos saberes criarem seus métodos diferentes de intervenção – atitude fenomenológica.

  1. Movimento Fenomenológico: Pensadores de várias áreas preocupados em conhecer seus objetos de estudo a partir de uma nova atitude “atitude fenomenológica”.
  1. Fenômeno: Tudo aquilo (material ou ideal) de que podemos ter consciência, de qualquer modo que seja. Tudo aquilo que se mostra por si mesmo. Ex.: o conhecimento. Husserl: Tudo aquilo que se revela a uma consciência.
  1. EDMUND HUSSERL
  1. Estudo das essências – baseado no fato de que odos os problemas retomam a definição das essências;
  2. Filosofia que recoloca as essências na existência – fazendo com que o homem e o mundo só sejam compreendidos na sua facticidade;
  3. Filosofia Transcendental – pões em suspenso a tese da atitude natura;
  4. Filosofia Pé-reflexiva – aponta para o fato que o mundo já está lá;
  5. Tentativa de retomada da atitude “ingênua” diante deste mundo;
  6. Ambição na criação de uma “ciência exata”;
  7. Descrição da experiência tal qual ela é.
  1. Método Fenomenológico de Husserl:
  1. Suspensão das a prioris – redução fenomenológica;
  2. Volta às coisas mesmas -  retorno ao próprio objeto para apreender um sentido a partir da relação com o mesmo.
  3. Visada de consciência
  4. Produção de um sentido – a relação estabelecida com o objeto em questão permitirá a emergência do sentido. O sentido é o que se mostra naquilo que aparece.
  1. Fenomenologia Transcendental:  Procura superar o excessivo subjetivismo e idealismo de sua filosofia. Tenta dar conta da realidade social e da relação entre a subjetividade e o mundo.
  1. Atitude Natural: Convicções humanas necessárias à vida cotidiana. Entendimento de que o mundo existe por si, que já estava aí antes da existência seja de qualquer homem na rua, seja do cientista.
  1. Atitude Fenomenológica: Suspender sua crença na realidade do mundo exterior para se colocar, ela mesma, como consciência transcendental, condição de aparição desse mundo e doadora de sentido.
  1. Redução Fenomenológica: (Epoché) Pôr entre parênteses os pré-conceitos, os pré-juízos para chegarmos as mesmas coisas. Suspensão de toda e qualquer afirmação.
  1. Redução Eidética: Que nos revela a essência, o horizonte de potencialidade da coisa considerada, independentemente de sua existência real ou concreta.
  1. Redução Transcendental:  A própria subjetividade, a consciência subjetiva, também deve ser submetida a esse processo, que revela além da consciência empírica do sujeito concreto, sua natureza essencial enquanto sujeito transcendental ou “eu transcendental”, núcleo constitutivo da experiência.
  1. Intencionalidade: Ponto de união entre os filósofos da Fenomenologia. Verdade inabalável ou princípio fundamental do qual derivam todas as ideias. Implica na ideia de que não existe algum objeto que não esteja voltado para uma consciência e nem uma consciência que não esteja voltada para um objeto. Indica complementaridade e inseparabilidade consciência-objeto.
  1. Círculo de Munique (1905): Grupo de estudantes vindo de Munique e terá nos anos seguintes seus principais idealizadores.
  1. Círculo de Gottingen (1905): Ampliação do círculo devido a reputação de Husserl. É formado por um grupo de filósofos críticos. Os mesmos filósofos que formaram o Movimento Fenomenológico.

EXISTENCIALISMO -  O ser e seus múltiplos

  1. Precursores: Soren A. Kierkegaard; Jean-Paul Sartre.
  2. Existencialismo: Concepção de uma filosofia que seja concebida e se exerça como ‘análise da existencial’. Desde que essa ‘existência’ se entenda como “modo de ser do homem no mundo”.  A relação homem-mundo constituí todo o tema da filosofia existencial.
  1. Questionar o modo de ser do homem no mundo
  2. Questionar o próprio ‘mundo’, sem por isso pressupor o ser como já dado ou constituído.

Ponto em comum entre todos os autores:

  1. A existência precede a essência
  2. Nenhuma decisão é, a priori, passível de ser considerada “melhor” do que outra
  3. A única “verdade” possível é a contingência
  4. Errar é tão “natural” como acertar
  5. A liberdade é o único fundamento ontológico humano “irreduzível”
  6. O homem ou é, antes de tudo, um “Ser-para-si”, ou não o será para ninguém em nenhuma circunstância.

  1. Existência: Existere, significa sair de um domínio, de uma casa; Movimento para fora; Mostrar-se. Mudança é existência. Saída de um estado para outro. A existência nasce da prática da vida humana como palco de manifestações concretas, das ações humanas diante da criação dessa mesma vida. A existência é o conjunto de prática criativas que coletivamente possibilita aos homens a realização circunstanciadas de sua sobrevivência material e vivência espiritual.
  2. Análise da Existência: Esclarecimento ou interpretação dos modos como o homem se relaciona com o mundo, nas possibilidades cognoscitivas, emotivas e práticas mas, também, o esclarecimento e interpretação dos modos como o mundo se manifesta ao homem e determina ou condiciona as suas possibilidades.
  3. Essência: É a transposição direta, no plano nominal, do verbo ser.

  1. KIERKEGAARD – Fundador do Existencialismo
  1. Crítica ao pensamento dominante da filosofia Hegeliana. Coloca-se frontalmente contra o domínio totalitário da Razão, no qual a vida humana é dissolvida em puros conceitos racionais e subordinada a vida própria das ideias.
  2. O Existencialismo é a expressão de uma experiência singular, individual, pois existência é uma tensão entre o que o homem é e o que o homem não é.
  3. O existir apenas tem algum sentido enquanto nele está a presença divina; Esse enigma não poder ser resolvido pela reflexão.
  4. O que interessava era o existir e tudo o que pudesse vivenciar à sua volta.
  5. A verdade tinha um cunho meramente subjetivo.
  6. A tradução e divulgação de seus textos revelaram uma possibilidade de uma aliança fundamental entre existencialismo e fenomenologia.
  7. Pensamento Existencial com Raiz Cristã: Karl Brath, Léon Chestor, Nicolai A. Berdýayev, Gabriel Marcel e Emmanuel Mounier.

Três estágios ao buscar sua realização:

  1. Estágio Estético – necessidades instantâneas (desejos) e a impossibilidade de realiza-las, o que traz frustração e a sensação de vazio ao indivíduo;
  2. Estágio Ético – o indivíduo busca seu lugar dentro da vida social. Ao deparar-se com o vazio que não é preenchido nem pelos prazeres estéticos nem pelas obrigações éticas, o indivíduo é atingido por uma aflição extrema;
  3. Estágio Religioso – o indivíduo coloca-se diante de Deus, fazendo uma reflexão frente à sua existência; aqui, valoriza a possibilidade das escolhas no decurso da vida do indivíduo que é a opção que traz o caráter de um indivíduo existencial, enquanto vivencia uma existência autêntica.

  1. JEAN- PAUL SARTRE – Existencialismo
  1. O Existencialismo ficou mais conhecido através de Sartre
  2. O homem deve criar sua própria essência – jogando-se no mundo, sofrendo, lutando que aos poucos se define.
  3. A angústia, longe de oferecer obstáculos à ação, é a própria condição dela.
  4. O homem só pode adir se compreender o que conta exclusivamente consigo mesmo, que está sozinho e abandonado no mundo, m meio de responsabilidades infinitas, sem auxílio nem socorro, sem outro objetivo além de ser si próprio, sem outro destino além de forjar a si mesmo aqui na Terra.
  5. O condicionamento e o aprisionamento do Eu ao coletivo poderiam resultar em graves erros de consequência funestas e irreparáveis.
  1. HEIDEGGER – Fenomenologia Existencial
  1. Explorará, através da Fenomenologia, a questão do Ser.
  2. Diferença entre autores existencialistas: não coloca em questão a existência humana.
  3. Seguidores: Eudéne Minkowski, Ludwig Binswanger e Medard Boss.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10 Kb)   pdf (123.5 Kb)   docx (15.9 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com