Fundamentação teórica
Por: Suênia Carvalho • 28/10/2016 • Relatório de pesquisa • 1.032 Palavras (5 Páginas) • 792 Visualizações
Após tudo o que foi exposto aqui, cabe-nos agora deixar nossas últimas impressões acerca do estágio em Psicologia Escolar. Primeiramente, relatar a enorme bagagem de conhecimentos que nos foram ofertados – tanto na parte teórica, na supervisão e orientação específicas, como também a incrível e inesquecível vivência dentro de uma instituição de ensino.
Foram momentos de trocas – tanto nós deixamos algo novo na escola, como dela recebemos inúmeras experiências. Esse intercâmbio comprova, mais uma vez, que Psicologia e Educação podem e devem trabalha r em conjunto. Uma fornece à outra seus conhecimentos específicos, e dessa interação surge algo novo, mais completo e cada vez mais rico.
Relatar tantos momentos vivos nos parece um tanto quanto difícil, pois no papel não cabe os pequenos gestos, os desafios, as novas relações de confiança, de ética e de amizade. A escola nos abraçou em seu meio e essa experiência é algo muito além do que um simples aprendizado teórico. Foi um a troca vivencial, onde relações foram construídas e vínculos foram feitos. Trabalhar como profissional de Psicologia no ambiente escolar, um ambiente de educação e de transformação do conhecimento requer, antes de tudo, uma investigação e uma análise e planejamento do trabalho, pois na escola existe uma grande demanda e inúmeras formas e possibilidades de trabalho, e se o profissional não se planejar, não fizer cronogramas, não traçar objetivos e desenvolver projetos ele acaba se perdendo dentro da própria instituição. Isso por conta do dinamismo da escola e suas várias demandas, o profissional precisa estar focado na sua função e no seu papel de Psicólogo Escolar.
Através da vivência da implantação deum projeto na escola foi possível perceber o quanto à comunicação é indispensável no relacionamento entre as pessoas, principalmente num ambiente como a escola, que possui um grupo onde estão reunidos alunos, professores, diretores e demais funcionários; e ainda a comunidade composta por familiares. Sendo assim, se a comunicação não fluir as demais necessidades da escola acabam direta ou indiretamente sendo afetadas, pois a maioria das atividades desenvolvidas na escola passa pela “comunicação”, como por exemplo, o ensinar, o aprender, as decisões que precisam ser tomadas, as votações, entre outras.
Entender o outro, o que ele diz, e se fazer entender, dependem de comunicação. Comunicar envolve pois, compartilhar modo de vida, pensamento, atitude e comportamento. A utilização da linguagem vocalizada na comunicação varia de indivíduo para indivíduo, relacionando-se com a cultura, a classe social e a educação da sociabilidade. (DEL PRETTE, 2002, p.58).
Foi possível perceber na execução desse projeto que o ambiente escolar é muito rico para a Psicologia e o casamento Psicologia e Educação é essencial, pois a escola oferece um campo de estudo de comportamentos e relacionamentos dos mais simples aos mais complexos e que precisam ser explorados.
Em contrapartida a Psicologia pode vir oferecendo o conhecimento de uma observação diferenciada, pois o ambiente da escola se mostrou ser estressante, principalmente por lidar com a motivação e o desejo das pessoas, motivação em educar, em estudar, em trabalhar, em participar, em cooperar entre outros. Tarefa essa que nem sempre é simples, já que depende da vontade e necessidade da outra pessoa, das relações construídas no âmbito escolar. E por conta desse manejo com o outro e dessa interdependência podem acontecer dificuldades e frustrações, mas quando os objetivos de um trabalho são concretizados e atingidos, como aconteceu no nosso projeto, fica o sentimento de satisfação e realização.
Foi observada a necessidade de uma ampliação e uma maior abertura no canal de comunicação na escola e o projeto desenvolvido pôde proporcionar uma conscientização maior dessa carência e dessa falta de comunicação, de integração e de união. E através do projeto, conseguimos plantar uma semente, oferecer um novo olhar, uma nova maneira de comunicar, novas sugestões para antigos problemas e novos posicionamentos emergiram. E como diz Andaló (1993), “se procurou promover abertura de espaços grupais que pudessem propiciar e incentivar o diálogo”.
Finalmente, pode-se dizer que a escola é um ambiente de desafios, de criação, não apenas do conhecimento, mas de uma realidade que oferece novas possibilidades a todos. Onde cabe à Psicologia se inserir cada vez mais, buscando o seu espaço de valor e de direito. Mostrando o quanto pode contribuir, permitindo trocas, criando novas oportunidades, valorizando as pessoas verdadeiramente responsáveis pela educação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDALÓ, Carmem Sílvia de Arruda. O Papel do Psicólogo Escolar. Psicologia, Ciência e Profissão, s.n.t ______.
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