Gestantes em dependência química: Adoção das Ações de Redução de Danos na Rede de Atenção Básica
Por: Érica Lima • 24/5/2018 • Projeto de pesquisa • 5.385 Palavras (22 Páginas) • 176 Visualizações
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FACULDADE DE ESTUDOS ADMINISTRATIVOS DE MINAS GERAIS
Gestantes em dependência química: Adoção das Ações de Redução de Danos na Rede de Atenção Básica
Débora da Silva Moreira
Emanuelle Boas de Oliveira
Érica Graziela Gregório Lima
Luciene de Souza Silva
Rafaela da Silva Souza
Belo Horizonte
2016
Débora da Silva Moreira
Emanuelle Boas de Oliveira
Érica Graziela Gregório Lima
Luciene de Souza Silva
Rafaela da Silva Souza
Gestantes em dependência química: Adoção das ações de Redução de Danos na Rede de Atenção Básica
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Psicologia da Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerias- FEAD/MG como requisito para a obtenção do Título de Psicólogo(a).
Orientador: Prof.: Suellen Santos Lima de Almeida.
Belo Horizonte
2016
LISTA DE SIGLAS
ACS – Agente Comunitário da Saúde
AIDS – Acquired Immunodeficiency Syndrome
APS – Atenção Primária a Saúde
CAPS-AD – Centros de Atendimentos Psicossociais de Álcool e Drogas
CN-DST/AIDS – Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Acquired Immunodeficiiency Syndrome
CONAD – Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas
DSTs – Doença Sexualmente Transmissíveis
ESF – Estratégia da Saúde da Família
FIOCRUZ – Fundação Osvaldo Cruz
FUNAD – Fundo Nacional Antidrogas
HIV – Human Immunodeficiency Virus
MS – Ministério da Saúde
PTS – Programa de Trocas de Seringas
PTS – Projeto Terapêutico Singular
RD – Redução de Danos
SENAD – Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas
SMSA/BH – Secretária Municipal de Saúde/Belo Horizonte
SRRad – Serviços Hospitalares de Referência para Álcool e Drogas
SUS – Sistema Único de Saúde
UBS – Unidade Básica de Saúde
UD – Unidades de Desintoxicação
UDI – Usuário de Drogas Injetáveis
Sumário
1. INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo analisar como é realizado o atendimento a gestante usuária de álcool e outras drogas no serviço de atenção básica, buscando compreender o alcance destas mulheres as ações de Redução de Danos dentro da Estratégia de Saúde da Família.
O interesse pela temática surgiu a partir dos estudos sobre os altos índices de uso abusivo de álcool e outras drogas por mulheres grávidas e sobre a discussão vinculadas a Redução de Danos no Brasil.
O uso abusivo de álcool e outras drogas vêm emergindo na sociedade de forma assustadora, nos últimos anos tem crescido o número de gestante que fazem uso destas substâncias. Este é um fator que se torna alvo de preocupação devido as graves consequências que a exposição a estas substâncias podem ocasionar a saúde da mãe e do feto (LOPES E ARRUDA, 2010).
Pogetto (2016) ressalta que os impactos do uso abusivo de drogas na gravidez podem acarretar complicações como o aumento dos casos de doenças sexualmente transmissíveis e deslocamento prematuro da placenta. No que se refere ao recém-nascido estas complicações incluem a diminuição nos indicadores de crescimento na infância, bem como implicações comportamentais e cognitivas em diferentes proporções.
Para Kassada e colaboradores (2013) o uso de drogas durante a gestação não é o único fator que a torna de alto risco, sendo o risco social e emocional um fator contribuinte para o alto risco da gravidez, portanto a autora afirma que é necessário a implantação de serviços especializados de forma que haja uma identificação antecipada do abuso de drogas nestas gestantes.
No âmbito da saúde no Brasil destaca-se a atenção básica como sendo a principal porta de entrada para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Partindo deste pressuposto a atenção básica é um conjunto de ações de saúde pautadas na prevenção dos agravos de doenças, no diagnóstico e tratamento dos usuários objetivando uma atenção integral que impacte na saúde dos indivíduos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012, p.21).
Com objetivo de reorganizar a prática de atenção á saúde o Ministério da saúde criou em 1994 o Programa de Saúde da Família, que de acordo com Queiroz (2007) reitera os princípios do SUS de universalidade, descentralização , integralidade e participação da comunidade, este se localiza a partir da Unidade Básica de Saúde e se baseia nos princípios da integralidade e do território.
O atendimento preliminar a gestante é realizado dentro da Unidade Básica de Saúde (UBS) que de acordo com o Ministério da Saúde (2012, p.11) desempenham um papel fundamental de garantir a população acesso a atenção à saúde, uma vez que se localizam próximo onde os usuários vivem.
A unidade básica de saúde (UBS) deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no sistema de saúde. É o ponto de atenção estratégico para melhor acolher suas necessidades, inclusive proporcionando um acompanhamento longitudinal e continuado, principalmente durante a gravidez (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012, p. 37).
No que tange o atendimento a gestante usuária de álcool e outras drogas na esfera do SUS observa-se que sejam incorporadas as ações de saúde mental visto que a III Conferencia Nacional de Saúde Mental (2001) fomenta que os usuários de álcool e outras drogas e seus familiares tenham atendimento integral e humanizado por equipes multidisciplinar na rede pública de serviços, incluindo as UBS.
O Ministério da Saúde (2004) criou-se a Portaria nº 2.197, que “redefine e amplia a atenção integral para usuários de álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, e dá outras providências”.
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