HISTERIA - FUNDAMENTOS BÁSICOS
Por: Ana Paula Oliveira Rocha • 29/7/2017 • Seminário • 1.571 Palavras (7 Páginas) • 372 Visualizações
Universidade Federal do Vale do São Francisco Colegiado de Psicologia Teoria Psicanalítica 2
Histeria: Fundamentos Básicos
Julho de 2017. Leilane Bonfim
O que elas tinham em comum?
Ida Bauer (1882-1945) Marie Cardinal (1929-2001)
Psicanálise: Clínica Estrutural
❖
Não subjetiva se trata a partir do do fenômeno mecanismo em de si, defesa.
mas da estrutura -> Construção
❖
Diagnóstico transferência -> Direção do e baseado tratamento.
NA transferência NA estrutura -> Diagnóstico do sujeito, estrutural a partir diferencial DA
❖
Mecanismos de Defesa x Estruturas
▪
Neurose Recalcamento / Verdrängung A ameaça é excluída da Cs.
▪
Neurose obsessiva e histeria.
Perversão Recusa / Verleugnung
Denega-se a castração.
▪
Psicose Foraclusão / Verwerfung
Não há inscrição da castração.
Horror ao saber
Amor ao saber
Mecanismo de defesa: Recalque
A ameaça é excluída da Cs. Afasta-se o representante ideativo produtor de desprazer diante da censura. Encontro com a diferença dos sexos.
Recalque como ato volitivo -> “Não querer saber de algo”.
O sujeito sai do saber sobre algo
Para o desconhecimento.
Porém, o saber permanece inconsciente.
Introdução
❖ Do francês hystérie, que vem do grego ὑστέρα = útero:
“Doenças do útero” – a princípio, do feminino.
❖ Sintomas comuns à histeria: dores e paralisias musculares, tosse nervosa, desmaios, distúrbios da visão, distúrbios da fala, entre outros.
❖ No início de tudo Charcot, suas paciente histéricas e a
hipnose.
❖ Doença por representação
▪ Expressão, simbolizada, dos conflitos inconscientes, em sintomas corporais.
▪ Expressão do recalcado, das questões, ideias ou representações pulsionais, mantidas no Ics como meio de proteger o sujeito de um desequilíbrio.
❖ Doença por representação
▪ Presença do trauma da sedução: incide no corpo imaginário fragmentado, o que destaca a parte do corpo em questão no momento do trauma. Em Dora: – o beijo roubado – sensação de repugnância – sintoma de recalcamento da zona erógena dos lábios.
▪ Sintoma histérico: imagem investida de afeto que se relaciona à parte do corpo implicada na cena traumática;
▪ Conversão do sintoma: converte-se o excesso de afeto – Histeria de Conversão
❖ Seara da estrutura; ❖ Histeria do feminino e do masculino;
Introdução
Introdução
❖ Causa da histeria:
▪ Ideia de conteúdo sexual.
▪ Experiência traumática na infância.
▪ O traço, o vestígio psíquico (da cena traumática) superinvestido de afeto, entra em conflito, sendo recalcado.
❖ Formação do triângulo
Histérica
Pai
Outra mulher
Introdução
❖ Na triangulação definida:
▪ Presença do questionamento “o que é ser mulher?”
▪ Não sabendo o que é ser desejada, a histérica necessita de outra mulher para que o diga.
▪ Outra mulher como terceira, não se trata necessariamente da mãe;
▪ A questão da histérica ultrapassa o romance familiar;
“Interrogando, à sua maneira irônica, a potência do pai e sua capacidade de desejar, e recusando-se, além disso, à posição de objeto sexual que lhe destina a fantasia masculina, a histérica sustenta um questionamento que ultrapassa largamente as relações intersubjetivas de seu romance familiar” (ANDRÉ, 1986, p.14).
Os traços da estrutura histérica
❖ Tendências no sujeito histérico:
▪ Sintomas de conversão;
▪ Sintomas fóbicos;
▪ Estados de angústia.
▪ Obs.: Isolados não determinam o diagnóstico, necessidade da presença dos traços estruturais.
❖ Histeria: incidência do discurso do Outro sobre o sujeito, ou mesmo, do desejo do Outro – Alienação ao desejo do Outro.
❖ Presença da queixa reivindicatória do amor materno:
“De fato, o histérico se viu frequentemente como não tendo sido amado o bastante pelo Outro” (DOR, 1991, p.72).
Os traços da estrutura histérica
❖ Frustração de amor – Histérica como desvalorizada e
incompleta; ❖ Desejo da histérica: ser o objeto completo e ideal para
a mãe – o falo;
❖ Desejo de desejar, de permanecer insatisfeito;
❖ Histeria masculina:
▪ Sedução como suporte na negociação de amor;
▪ Oferecimento do próprio amor, sem se poupar;
▪ O homem histérico não vai além da sedução;
“Querer ser amado por todos é sobretudo não querer perder nenhum objeto de amor” (DOR, 1991, p.87).
Dora
Caso Dora
❖ Outubro de 1900: Dora aos 18 anos
❖ Duração aproximada do tratamento: 3 meses –
Interrupção por vontade de Dora.
“Justamente a parte mais difícil do trabalho técnico nunca entrou em jogo com essa paciente, pois o fator da “transferência” considerado no final do caso clínico, não foi abordado durante o curto tratamento” (FREUD, 1905 [1901]/1996).
❖ Sintomas mais comuns: dispineia, enxaquecas, tosse
nervosa, perda da voz, insociabilidade histérica;
❖ Percebe-se o entrelaçamento entre sonho e histeria – Sonho
como um dos desvios por onde se foge ao recalcamento.
Temáticas fundamentais ao Caso Dora
❖ Relação entre Dora e seu pai Amor Ics pelo
mesmo;
❖ Relação entre Dora e sua mãe Menosprezo pela
mãe e críticas a esta;
❖ Sra. K Dos cuidados ao pai enfermo de Dora ao lugar de admiração e amor denegado da paciente pela Sra K.
❖ Formação do triângulo Pai – Histérica – Outra
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