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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

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Por:   •  6/7/2014  •  1.763 Palavras (8 Páginas)  •  273 Visualizações

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Síntese – Capítulo 8

A ida de vários psicólogos alemães para os Estados Unidos foi muito proveitosa para o progresso e ampliação da psicologia como um todo, visto que já não era restrita ao ambiente acadêmico, mas se estende para diversas áreas da vida cotidiana, desde a psicologia clínica e educacional até mesmo à psicologia do esporte, forense e comunitária. A escola de pensamento funcionalista forçaram a psicologia americana a ultrapassar o limite do confinamento no laboratório alemão de Wundt.

Através de experimentos, pode-se notar na época de 1900 que os psicólogos poderiam trabalhar na psicologia aplicada sem prejudicar sua integridade profissional e sendo bem recompensados. Alguns psicólogos mesmo sendo discípulos de Wundt, voltaram para os Estados Unidos e desenvolveram uma nova ciência que quase não tinha a ver com o que foi ensinado, para se adaptar ao novo ambiente que surgia.

Nem o estruturalismo de Titchener, nem a psicologia de Wundt, funcionariam dentro da sociedade americana que busca o prático, diferentemente dessas duas correntes. Os americanos queriam algo funcional – a escola funcionalista iniciava-se junto a psicologia prática.

A nova ciência evoluiu muito dos 1800 aos 1900, com a criação de laboratórios, não era mais necessária a viagem dos Estados Unidos à Alemanha para cursar psicologia, o crescimento da graduação de doutores e finalmente os americanos dominaram a psicologia, conseguiram populariza-la, despertando o interesse do povo e a atenção de grandes estudiosos conceituados na área acadêmica.

A psicologia americana foi desenhada por questões econômicas também. Apesar de os doutores sentirem o desejo de fazer parte da vida acadêmica, realizando pesquisas experimentais, eles não possuíam o recurso nem o patrocínio para tal. A solução foi aplicar a ciência fora da área de pesquisas acadêmicas, aplicando-a no campo que mais crescia na época: educação escolar. Assim, o capítulo do livro tem como objetivo demonstrar como a psicologia fugiu dos preceitos de Wundt e adentrou nas mais diversas da vida humana.

Catell se aproximava mais dos funcionalistas, já que a sua psicologia era voltada para os estudos da capacidade humana e não para o conteúdo da consciência. Iniciou estudando filosofia, mas acredita-se que seu empenho se voltou para a psicologia por achar interessante os efeitos que as drogas causavam em seu corpo e seu psicológico. Graduou na Universidade de Leipzig, mas voltou para os Estados Unidos para lecionar psicologia e logo após seguiu para Inglaterra com os mesmos fins. Na Inglaterra, se uniu ao estudioso Galton, onde desenvolveu o método de classificação por ordem de mérito e ensinou análises estatísticas, Catell também se interessou pelo trabalho de eugenia de Galton.

Pela grande quantidade de materiais e periódicos que Catell dava conta, houve o declínio em suas pesquisas psicológicas. Por sua personalidade difícil, fez muitos inimigos e terminou se isolando do mundo acadêmico, permanecendo apenas com seus circulares e suas associações científicas. Por fim conseguiu realizar seu sonho de transformar a psicologia aplicada em negócio (Psychological Organization), a qual não rendeu muito no início, mas por volta de 1979 obteve um faturamento de 30 milhões de dólares, quando já não era presidente da companhia.

O termo “Testes Mentais” foi mencionado por Catell em um artigo, no qual era tentado aproximar a psicologia aplicada das ciências físicas através dos testes. O objeto era calcular a variabilidade da capacidade humana, através de exames sensório-motores. Não obteve resposta satisfatória, já que os resultados não apresentavam prognósticos validados em relação a habilidade intelectual.

Cattell é tido como o responsável pela criação do termo “testes mentais”, mas foi Alfred Binet o primeiro estudioso a, de fato, desenvolver testes psicológicos de habilidades mentais. A partir de mensurações melhor elaboradas do que as de Catell e de uma aplicação dos testes voltada para habilidades cognitivas, ao invés de sensório-motoras, Binet podia extrair medidas mais efetivas nos chamados “testes de inteligência”.

Os testes de inteligência eram baseados em funções cognitivas como memória, atenção, imaginação e compreensão o que, segundo Binet, seriam medidas mais adequadas. O resultado mais prático desses estudos veio de uma pesquisa solicitada pelo governo francês para descobrir quais exercícios intelectuais crianças de diferentes faixas etárias estariam mais aptas a realizar. A partir da identificação desses exercícios, Binet e o psiquiatra Théodore Simon puderam elaborar um teste de inteligência constituído de 30 problemas em ordem crescente de dificuldade. Tal teste avaliava 3 funções cognitivas: julgamento, compreensão e raciocínio. A posterior revisão do teste permitiu a conceituação do termo “idade mental”, que seria identificada como a idade em que uma criança com habilidade mediana é capaz de realizar tarefas específicas. Portanto, se uma crianças de 6 anos (cronológicos) consegue desempenhar bem tarefas geralmente melhor executadas pela média de crianças de 8 anos, essa seria sua idade mental.

Com o passar do tempo e aplicação desse tipo de teste ao redor do mundo, outro conceito surgiu: o de quociente de inteligência. Desenvolvido pelo americano Lewis M. Terman, relaciona-se ao número representativo da inteligência de cada pessoa; é obtido a partir da multiplicação de sua idade mental por 100 e posterior divisão por sua idade cronológica.

Um fato histórico importante na evolução dos testes de cognição foi a primeira guerra mundial. Com ela, os governos se sentiram forçados a investir no aperfeiçoamento dos testes com o objetivo de avaliar o nível de inteligência de um grande número de recrutas, classifica-los e, assim, atribuir atividades adequadas a cada um. Nesse período foi criado, por um grupo de 40 psicólogos, um teste de múltipla escolha, com a possibilidade de aplicação em um grupo grande sem maior preparação do aplicador (diferente do que ocorria no de Binet). O desenvolvimento do programa e aplicação no exército tomou mais tempo do que se esperava e a aplicação dos testes só foi feita 3 meses após o término da guerra. Entretanto, os avanços na criação dos testes foram muito importantes para a Psicologia. Tais avanços se expandiram para diversas outras áreas dessa ciência, principalmente educacional e organizacional.

Apesar da popularidade dos testes psicológicos nessa época, é importante lembrar que nem todos eram bem elaborados ou ofereciam resultados contundentes. A exemplo disso, está o teste desenvolvido por Thomas Edison, que juntava uma série de perguntas de variadas áreas que

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