História da Mulher do Caxeiro Viajante

Essa história faz com que o leitor tenha várias indagações sobre quem é o culpado pela morte da mulher do caixeiro-viajante. Diante do que foi exposto acredito que o marido possa ter uma parcela de culpa, não pelo fato de está trabalhando longe da mulher, pois é uma questão de necessidade, mas sim por ter ciúmes ao ponto de fazer com que a mulher se submeta a uma situação como essa para evitar um possível surto de ciúmes do seu amado.

O amigo dela diante do meu ponto de vista não tem culpa de nada, ainda que tenha sido ele que convidou ela mesmo sabendo que ela é casada, foi ela quem aceitou ir mesmo sabendo das consequências que isso poderia lhe causar. Ademais, o doido da ponte também não possui culpa, pois pela forma descrita ele aparenta sofrer algum transtorno mental e portadores de transtornos não possuem discernimento do que estão fazendo, no qual acabam cometendo homicídio, na forma tentada ou consumada, sem que tenham a mínima consciência de seus atos, por acreditar que estavam apenas se defendendo de uma agressão atual ou iminente.

Por fim, acredito que a única pessoa culpada pela sua morte seja ela mesma, pois se colocou nessa situação de forma consciente, ela sabia o que poderia acontecer se fosse vista com outro homem mesmo que fosse seu amigo. Apesar de ter sido o doido que atirou nela, foi ela que se submeteu a passar por debaixo da ponte, ou seja, ela que se expôs em risco a partir do momento que aceitou sair com seu amigo até o momento que decidiu passar por debaixo da ponte. Isso faz me questão até que ponto o ser humano é capaz de se arriscar para agradar alguém.