LIBERDADE E AUTOCONTROLE: UMA DISCUSSÃO SOB O ENFOQUE ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL
Por: Raykca • 10/5/2018 • Resenha • 723 Palavras (3 Páginas) • 1.000 Visualizações
UNIVAG – CENTRO UNIVERSITÁRIO
GRADUAÇÃO PSICOLOGIA
ESTÁGIO CLÍNICO SUPERVISIONADO I: INTERVENÇÃO NO COTIDIANO
WICTÓRIA MARIA FERREIRA VENTURA
LIBERDADE E AUTOCONTROLE: UMA DISCUSSÃO SOB O ENFOQUE ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL
VÁRZEA GRANDE/ MT[pic 1]
MAIO/ 2018
O texto Liberdade e Autocontrole: Uma discussão sob o enfoque analítico-comportamental, da autora Débora Medeiros de Andrade, vem trazendo a relação entre os conceitos liberdade e autocontrole sob a ótica da filosofia behaviorista radical.
Segundo Andrade (ano), Skinner expõe o que existe para o individuo, existe, sendo eventos que são observados por outras pessoas ou não, e tanto os eventos públicos (podem ser observados por duas ou mais pessoas) ou privados (podem ser observados somente pelo o individuo que os emite) são considerados naturais e objetivos. Não é necessário que algo seja publico para ser levado em consideração pela analise do comportamento, mas sim um fato que possa ser descritos por relação entre organismo e ambiente.
A partir de seus estudos Skinner propôs uma nova maneira de estabelecer a relação entre as respostas e os estímulos, cujo nome é comportamento operante suas principais características são que com a resposta emitida, isso causa a produção de consequências e que essas consequências podem afetar na probabilidade de que a resposta se repita. Vale lembrar que o comportamento pode ser tanto modelado, quanto mantido pelas consequências.
A autora mostra também que a resposta pode ser controlada por sua consequência, com isso Sidman (1989/2009) aponta que controle é uma condição da natureza, que pode ocorrer mesmo contra a “vontade” do individuo. Existem duas principais possibilidades de controle do comportamento, o reforçamento positivo (consequência que surge após a emissão de tal resposta, fazendo com que a probabilidade da mesma ser emitida novamente aumente) e o controle coercitivo (controle que “obriga” a emissão ou supressão de determinada resposta), o qual se submete a três tipos: punição (intenção de reduzir tendências a se comportar de certa maneira), reforçamento negativo (consequência de emissão da resposta é a evitação de uma estimulação aversiva) e privação socialmente imposta (pratica de “recompensar pessoas deixando-as escapar de nossas punições e ameaças”).
Controle pode ser uma coisa natural, já a coerção é apenas uma forma de controle, que pode funcionar no inicio, mas traz diversos efeitos colaterais para o controlado e para aquele que exerce esse tipo de controle.
Se a probabilidade de punição é grande, provavelmente a pessoa se sentirá menos livre. Ser livre seria ser controlado por reforçamento positivo? Pode um indivíduo controlar seu próprio comportamento? Se sim, isto seria liberdade? Ou as pessoas podem se autocontrolar coercitivamente? Se sim, porque fariam isto?
A autora ressalva a partir de Nico (2001) três formas que uma pessoa pode controlar seu próprio comportamento: autocontrole, tomada de decisão e solução de problemas, formando assim o repertorio especial, dando a possibilidade para que o indivíduo possa chegar a respostas adequadas no futuro. A partir do conceito skinneriano, o autocontrole é a capacidade da pessoa de prever e modificar seu próprio comportamento.
Para que a pessoa tenha esses comportamentos de autocontrole, é necessário que a mesma aprenda a ter autoconhecimento (saber observar e descrever as variáveis, que possam controlar seu comportamento), dando a possibilidade de liberdade, já que o individuo modifica sua forma de se comportar e sua relação com o ambiente. O autocontrole não é inato, só é aprendido a partir de um reforçamento diferencial.
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