Livro; O treze e outras histórias
Por: pretaaa • 5/8/2015 • Resenha • 575 Palavras (3 Páginas) • 1.366 Visualizações
FREITAS, Taís Pereira de. O treze e outras histórias. Franca: Ribeirão Gráfica e Editora. 2011.
Taís Pereira de Freitas: escreveu e publicou Bagaços (2009), participou de quatro antologias, sendo elas: 1º Concurso Municipal de Crônicas – Franca (2006), Concurso Municipal de Poesias – Franca (2007), Seleta XXI – Contos (2010) e Garimpeiros do Verbo (2011).
Investindo novamente nos contos a autora Tais Pereira de Freitas, reuniu no volume de que tratamos hoje de 21 contos cotidianos, de um lugar que trabalhou por dois anos, um centro de ressocialização. Seus personagens são adolescentes infratores, sob o aspecto da estrutura do livro, ele é nitidamente único com certa leveza, a sensação de aprisionamento transparece na escolha das palavras na descrição dos ambientes na composição dos diálogos.
O primeiro conto nos chama muito a atenção, Júlio, usuário de crack desde os dez anos, matou a avó porque a mesma não deu dinheiro para comprar a droga. Recebeu pelos outros meninos do centro o apelido de Júlio Treze “Júlio doido”. Segundo Tais Pereira (2011,pag.21)”Toma uma média de 07 comprimidos por dia. O crack usado desde os 10 anos deixou sequelas em todo o desenvolvimento de Júlio .A dependência da droga, a privação de liberdade e toda a violência sofrida transformaram o menino bonito.” A família o ignorava , ele seguia sua vida com crises, sedativos e lembranças. Em um desses dias de agitação, um dos funcionários teve uma ideia para manter Júlio ocupado, para não ficar remoendo as lembranças do passado, diminuir as crises. Vendo o tempo passar, em dias tranquilos escreve cartas. Fala da vida, da solidão, da avó, diz que está arrependido.
Um outro fato novamente com adolescente, um casal de namorados Jessica e Jonas. Jessica se envolveu sabendo que Jonas era o chefe do tráfico e quis seguir mesmo assim. Diante disso Pereira destaca (2011, pag.95):
Jessica sabia exatamente com quem estava namorando e achava o máximo. Sabia que Jonas era quem dava a palavra final no tráfico de drogas de uma das regiões da cidade, sabia que ele era esperto o suficiente para não chamar a atenção para ele. Jonas não usava nenhum tipo de drogas. Trabalhava durante a semana numa loja de informática e o único problema aparente era uma passagem pelo centro de ressocialização quando tinha 16 anos, por causa de um roubo.
Ela ganhava dele todos os presentes que queria, sua mãe trabalhava como uma louca para garantir que ela e a irmã tivessem comida boa em casa, roupas bonitas pra sair e o que mais fosse necessário para uma adolescência como qualquer outra. Como já destacado, Tais Pereira (2011) a mãe de Jessica tinha atitudes de qualquer outra mãe queria sempre o bem de suas filhas proporcionar do bom e do melhor conforme a situação financeira permitia, mas tudo com honestidade, o dinheiro da mãe não dava para pagar os luxos, as marcas. Mas Jessica tinha tudo isso graças a ele, Jonas. Chegou a um ponto que não queria mais a vida que levava com ele. Jessica levou a maior surra, foi parar no hospital toda machucada, Jonas disse que quem termina o relacionamento é ele, e que ela o quis assim.
O livro nos traz histórias que nos parecem ser repetidas, só que com personagens diferentes, Meninos com menos de 18 anos optaram por escolhas erradas e caem em um centro de ressocialização.
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