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MODELO CAPA E FOLHA DE ROSTO - UNIGRANRIO

Por:   •  11/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.575 Palavras (7 Páginas)  •  1.863 Visualizações

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RESENHA TRANSCRITIVA – LIVRO MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO – CAPÍTULO 6

A motivação intrínseca surge espontaneamente das necessidades psicológicas, das curiosidades pessoais e dos esforços inatos para se obter o crescimento. As pessoas agem sem interesse, “apenas pelo prazer de fazer”, e também pelo senso de desafio que uma determinada atividade lhes proporciona.

No que diz respeito, a motivação extrínseca, a mesma surge das consequências e dos incentivos ambientais (p. ex., alimento, dinheiro). A motivação extrínseca é um motivo criado pelo ambiente para fazer com que o indivíduo inicie ou persista em uma dada ação.

Entretanto, as vezes os comportamentos intrínseca e extrinsecamente motivados parecem ser precisamente os mesmos. Sendo a diferença essencial entre os dois tipos de motivação, a fonte que energiza e direciona o comportamento.

O estudo da motivação extrínseca gira em torno dos três conceitos centrais de incentivo, reforço e punição. Sobre estes, um incentivo é um evento ambiental que atrai uma pessoa para o início de um determinado curso de ação, ou que a repele para longe. Os incentivos sempre precedem o comportamento e criam na pessoa uma expectativa sobre a ocorrência futura de consequências agradáveis ou desagradáveis.  Referente ao reforço, por meio de um ponto de vista prático, trata-se de qualquer evento extrínseco que aumenta o comportamento. E uma punição é qualquer estimulo ambiental que, quando apresentado, diminui a probabilidade futura de ocorrência de um comportamento indesejado.

Entretanto, cabe-nos o seguinte questionamento, “A Punição Funciona? ”

 O emprego da punição é universal. Para controlar o comportamento das pessoas, frequentemente recorremos a punições. As pesquisas mostram, porém, que a punição é uma estratégia motivacional ineficiente. Pois, quando aplicada gera diversos “efeitos colaterais” preocupantes e indesejados, incluindo a emocionalidade negativa, danos na relação entre quem pune e quem é punido e uma modelagem negativa de como enfrentar o comportamento indesejável de outras pessoas.

Este capítulo também traz uma abordagem sobre “os custos ocultos da recompensa”, com o intuito de compreender melhor esta conceituação, torna-se importante mencionar as pesquisas existentes sobre a distinção entre motivação intrínseca e motivação extrínseca, as quais partem da seguinte questão problema: “Se uma pessoa está envolvida em uma atividade intrinsecamente interessante e começa a receber uma recompensa extrínsecas para fazê-la, o que acontece à motivação intrínseca dessa pessoa para exercer essa atividade?” (Deci & Ryan, 1985a, p. 43, grifo nosso).

Por exemplo, o que acontece com a motivação de uma estudante que lê̂ por diversão se ela passar a ser remunerada pelos pais para ler? Poder-se-ia supor que o fato de compensar financeiramente seu comportamento de leitura provocaria um aumento de sua motivação. O senso comum diz que, se uma pessoa gosta de ler e é financeiramente recompensada por isso, as motivações intrínseca e extrínsecas vão se somar para produzir algum tipo de super motivação. Entretanto, o aumento da motivação em geral não ocorre. Em vez disso, a imposição de uma recompensa extrínseca em relação a uma atividade intrinsecamente interessante geralmente enfraquece a futura motivação intrínseca (Condry, 1977; Deci, Koestner & Ryan, 1999; Kohn, 1993; Lepper, Greene & Nisbett, 1973). Sendo este efeito adverso que a recompensa exerce sobre a motivação intrínseca denominado de “custo oculto da recompensa” (Lepper & Greene, 1978)

As recompensas esperadas enfraquecem a motivação intrínseca, ao passo que as recompensas inesperadas não têm esse efeito (Greene & Lepper, 1974; Orlick & Mosher, 1978; Pallak et al., 1982). Assim como, as recompensas tangíveis, tais como dinheiro, prêmios e comida, tendem a diminuir a motivação intrínseca, ao passo que as recompensas verbais, tais como o elogio, não funcionam assim (Anderson, Manoogian & Reznick, 1976; Blank, Reis & Jackson, 1984; Cameron & Pierce, 1994; Deci, 1972; Dolliger & Thelen, 1978; Kast & Connor, 1988; Koestner, Zuckerman & Koestner, 1987; Sansone, 1989; Swann & Pittman, 1977).

A maior parte do espírito que envolve a utilização de um motivador extrínseco é o desejo de moldar, influenciar ou simplesmente controlar o comportamento de outra pessoa. Mas há́ também um segundo propósito. Os incentivos e as consequências também fornecem um feedback que informa a pessoa sobre sua competência na tarefa que ela realizou. Desta forma, aborda-se a teoria da avaliação cognitiva, a qual sustenta que todos os eventos externos têm tanto um aspecto controlador quanto um aspecto informativo (Deci & Ryan, 1985a).  Essa teoria supõe que as pessoas têm necessidades psicológicas de autonomia e de competência, e que o aspecto controlador de um evento externo afeta a necessidade de autonomia, enquanto o aspecto informativo afeta a necessidade de competência.

Alusivo à teoria da autodeterminação, torna-se importante mencionar que a motivação varia não só́ quanto à intensidade, mas também quanto ao tipo. Podendo-se citar três tipos de motivação: falta de motivação, motivação extrínseca e motivação intrínseca. Os quais podem ser organizados ao longo de um continuum de autodeterminação ou de um lócus de causualidade percebido.

A falta de motivação representa um estado em que a pessoa não se encontra nem intrínseca nem extrinsecamente motivada (p. ex., um aluno que abandona o curso, um atleta desanimado, ou um cônjuge apático). Sobre a motivação extrínseca, a mesma subdivide-se em quatro modelos, que podem ser distinguidos entre si com base em seu grau de autodeterminação: regulação externa (não de todo autodeterminada), regulação introjetada (um pouco autodeterminada), regulação identificada (geralmente autodeterminada) e regulação integrada (completamente autodeterminada). E por fim, a motivação intrínseca indica que o indivíduo baseia-se totalmente em sua autodeterminação, e refere-se a todas as situações em que as necessidades psicológicas da pessoa geram motivação para agir.

Identificar os tipos de motivação é importante porque o montante de autodeterminação dentro de um estado motivacional qualquer exerce um efeito substancial na maneira de as pessoas sentirem, pensarem e fazerem (Gottfried, 1985; Grolnick & Ryan, 1987; Ryan & Connell, 1989; Vallerand et al., 1992).

Por fim, este capítulo se encerra com a apresentação do problema de motivar outras pessoas a participarem de atividades desinteressantes. No geral, os seres humanos enfrentam um obstáculo motivacional difícil quando tentam motivar outros a participarem de atividades que, apesar de importantes, são desinteressantes. Sendo a solução para problemas motivacionais mais adotada, exatamente a utilização de incentivos, com intuito de fazer as pessoas fazerem aquilo que lhes solicitamos. O problema em se utilizar os resultados esperados e tangíveis é que eles fornecem somente obediência, aprendizagem de baixa qualidade, desempenho mínimo e uma dependência do indivíduo em receber mais regulações externas.

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