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MORTE SUBJETIVA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Por:   •  18/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  457 Palavras (2 Páginas)  •  190 Visualizações

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Morte subjetiva em uma unidade de terapia intensiva

O presente trabalho tem como proposta relatar quais os desafios do profissional psicólogo da UTI, como vivencia a dimensão da morte subjetiva e qual é a sua atuação diante dessa realidade.  Quando se trata de uma unidade de terapia intensiva, estamos falando sobre um ambiente que causa impacto, que atende pacientes críticos na luta pela a vida e que vivem “muitas mortes”. O paciente se vê dependente de aparelhos e profissionais constantemente, está limitado de suas atividades e privado de sua liberdade, além de vivenciar sentimentos como medo, ansiedade, angústia de morte, desamparo, solidão, depressão reativa, apatia, entre outros. Aqui falamos sobre morte subjetiva. Trabalhamos com a revisão da literatura a partir da pesquisa em artigos da Revista Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar e além de livros relacionados ao tema, com objetivo de refletir sobre a importância da atuação do psicólogo com paciente em UTI. A equipe precisa ser ágil e hábil, no processo de internação do paciente tendo que priorizar a recuperação, sua vida e deixando de lado o desejo do paciente. O paciente está atravessado por questões institucionais, onde agora ele possui um pijama característico da instituição na qual ele está inserido. Ficara em um leito preso a aparelhos, e expostos a profissionais que se revezam em plantões. Será exposto a equipe, causando assim a falta de privacidade e cada vez mais presente a experiência da morte subjetiva, tendo desconsideradas sua identidade, crenças e valores individuais. Ha uma complexidade de sentimentos, onde haverá dias em que predominará a esperança de uma cura milagrosa apesar dos prognósticos desfavoráveis, outros em que a percepção predominante será a da morte física a morte subjetiva, outros em que angustia invadirá. Assim, torna-se indispensável à preocupação do psicólogo com esse paciente, promovendo um espaço para a elaboração: viver esse processo sem perder a sua identidade, seu lugar, seu desejo enquanto sujeito, possibilitando-o o acesso a palavra, contribuindo para a sua recuperação. O paciente deixa de ter significado próprio e passa a significar os diagnósticos sobre a sua patologia. Nesse sentido, toda e qualquer invasão no espaço vital pode ser aversivo que, além do caráter abusivo, apresenta ainda componentes de dor e desalento fazendo com que o paciente fica sujeito a morte subjetiva. Concluímos que a experiência de internação na UTI, e todas as repercussões podem ser transformadas com a possibilidade da fala que o psi propões. 

Referências: 

Rev. SBPH vol. 21 no. 1, Rio de Janeiro – Jan./Jun. – 2018 A atuação do psicólogo hospitalar em Unidades de Terapia Intensiva: a atenção prestada ao paciente, familiares e equipe, uma revisão da literatura.

Monteiro, Mayla Cosmo. A morte e o morrer em UTI: família e equipe medica em cena.

Palavras chave: Paciente; Morte subjetiva; UTI

        

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