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Mulheres Divorciadas

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Por:   •  10/3/2015  •  2.788 Palavras (12 Páginas)  •  600 Visualizações

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MULHERES DIVORCIADAS

Anderson Silva, Eliane Sousa, Ihorrany Ramalho, Luiza Neves, Priscila Assis, Tainara Drizane

Orientadora: profª Gláucia Yoshida

Resumo: No presente trabalho será discutido acerca do preconceito relacionado à mulheres divorciadas. Foi usado o método de pesquisa de campo, com entrevistas diretas, onde promovemos a oportunidade de ver o preconceito social sob os olhos de quem sofre tal preconceito. Podemos constatar que o preconceito sofrido por estas mulheres geraram crises emocionais, alem das sofridas pelo próprio divorcio. Mas é comum encontrar mulheres que já foram divorciadas e estão no segundo casamento, ou mais, e muitas delas foram obrigadas a recuperarem o amor próprio sozinhas.

Palavras chaves: Divorcio, Preconceito Social, Família

1. Introdução

Há poucas décadas, não existiam dúvidas para responder à pergunta: Quem é da tua família? O número crescente de notícias sobre os novos arranjos familiares que tem surgido na mídia nos últimos tempos, por exemplo, revelam uma nova realidade e questionam o modelo clássico da família. No presente trabalho, discutiremos acerca do preconceito que se cria mediante uma família, principalmente a mulher, quando há um divórcio. Desse modo refletiremos a questão do preconceito relacionado à mudança do modelo tradicional de família, para nos conscientizarmos do papel dessas mulheres na sociedade. Com relação às causas relacionadas ao fracasso no casamento, constatou-se que é atribuída à mulher a maior parte das responsabilidades sobre a manutenção do casamento além de ocupar um papel estereotipado e submisso em relação ao homem (Dela Coleta, 1991). As diferentes atribuições ao divórcio são influenciadas tanto pelas condições externas em nível físico/social, assim como pelos processos psicológicos em nível cognitivo como um todo. O divórcio é um fenômeno complexo e pluridimensional (Féres-Carneiro, 2003). Um estudo publicado pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2008) referente ao registro civil, constatou um aumento superior a 200% do número de divórcios no período de 1984 a 2007. Ahrons (1995), coloca a importância da estruturação saudável do processo de divórcio por toda a sociedade frente ao elevado e crescente número de divórcios. Em outro estudo, Ahrons (1995) e Féres-Carneiro (1998), defendem que é um mito a crença em que o aumento do número de divórcios está relacionada à falência familiar ou do casamento, como a sociedade normalmente coloca. Em contrapartida, segundo tais autoras, isto diz que existe uma menor tolerância aos casamentos ruins e uma maior expectativa com relação ao casamento, evidenciando o valor que se dá à formação de bons casamentos.

2. Método

A amostra foi feita pra ser homogênea, pois todos os participantes (3) eram do sexo feminino. Da mesma forma, ela pode ser considerada uma amostra teórica, porque os participantes ilustram amplamente o fenômeno da separação emocional depois de uma reunião que envolve intimidade e reciprocidade durante pelo menos dois anos. A idade dos entrevistados era entre a faixa de 50 e 60 anos. Nos casos relatados, o tipo comum de relação conjugal foi o casamento evangélico. Relações conjugais duraram entre cinco e 23 anos e do tempo decorrido desde a separação variou entre 8 meses e 4,3 anos. O número de crianças variou entre 1 e 3 filhos.

Os materiais usados na entrevista foram caderno, caneta, gravador de áudio. Aplicamos 10 perguntas em cada uma das entrevistadas. Duração da entrevista foi entre 15 e 20 minutos. Os locais da entrevista foram disponibilizados nas condições das entrevistadas, cada uma em local e horários diferentes.

A entrevista foi aplicada em três mulheres divorciadas entre 45 e 50 anos, percebemos que na entrevista ouve uma grande coincidência nas repostas que diz respeito ao preconceito. "Qual o tipo de preconceito você sofreu?" A maioria respondeu que houve preconceito significativo nas igrejas, que mulher na igreja não podia ser divorciada, houve preconceito entre as amigas por que elas tinha ciúmes dos seus maridos, que mulher divorciada não podia se aproximar de homens comprometidos "casados" ou "namorando" nem por necessidade.

Entre as três entrevistadas, 99% das perguntas foram respondidas iguais, houve o mesmo tipo de preconceito, tanto na igreja quanto na sociedade, apesar do motivo da separação ser diferente de cada uma.

Defendo com base nas conclusões, de que a dor e as feridas de uma mulher que passa por uma crise emocional podem ser corrigidos e refletidos na elaboração final da experiência. Além disso, este amor, sempre emocionalmente ligado ao ex-parceiro, é agora obrigado a voltar ao seu estado de amor-próprio e assim, curar as feridas deixadas pelo laço quebrado. È um trabalho de amor no que se refere (Critchley,1998) e envolve a dualidade indicada por( Jagger 1997), desde a separação do corpo do outro, autorizado a tirar do passado vivido. Além disso, os sentimentos de repulsa e choque no sujeito-objeto listaram separação e rejeição das fantasias que ajudam a aceitar o duelo de separação, de acordo com relatórios extraídos das entrevistas realizadas (Birmingham, 2003).

3. Preconceito Social

O divórcio sob a projeção de ser um fenômeno social, não se limita, porém, aos problemas de relação jurídicos; ultrapassa tais problemas e envolve outros aspectos tais como políticos, econômicos, culturais e principalmente psicológicos, que saciam a sede tanto de especialistas diversos, como também uma maior preocupação da sociedade no que concerne o divórcio. Nesse sentido, é um dos fenômenos sociais que mais tem tomado o tempo e a atenção de especialistas, com o interesse na estruturação da família contemporânea, em decorrência do crescente aumento da dissolução de casamentos nos últimos anos do século XX e início do século XI.

Figura 1 - Distribuição dos casos de divórcio por ano no Brasil

Com nossas pesquisas feitas em campo, promovemos a oportunidade de a antropologia ver o preconceito social sob os olhos de quem sofre com tal preconceito.

Mostrar a diversidade na configuração dos grupos familiares, mostrar os problemas que o divórcio traz nos aspectos psicológicos, emocionais e financeiros para mulheres e, principalmente permitir um melhor conhecimento sobre a vida e os processos que

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