Necessidades Especiais Na Educação Infantil
Pesquisas Acadêmicas: Necessidades Especiais Na Educação Infantil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Nildinha • 26/3/2015 • 3.030 Palavras (13 Páginas) • 383 Visualizações
NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Deficiência visual
A inclusão de crianças, com deficiência visual em creches e pré-escolas, que são os espaços de socialização e cultura por excelência, em conjunto com a família, poderão desempenhar importante papel no processo de desenvolvimento, aprendizagem e participação social dessas crianças. A inclusão e educação precoce são fatores preciosos não apenas para otimização do potencial de aprendizagem das crianças com deficiência visual, mas são capazes de romper com a visão mítica, discriminatória e carregada de preconceito acerca das possibilidades das pessoas com deficiência visual.
A criança com deficiência visual, como as demais crianças, apresentam inúmeras possibilidades. Entretanto, diferentemente das demais, têm necessidades específicas de aprendizagem, para as quais precisa de apoio e recursos especiais.
Nessa perspectiva de penetrar no universo infantil da criança deficiente visual, o educador desenvolve uma escuta e um olhar para cada criança, pois reconhece as diferenças entre elas e as enxerga em suas especificidades, em seu contexto social e econômico e reconhece ainda que a escola deve se adaptar para receber todas as crianças de um modo geral e, a cada uma de forma particular, garantir a formação e a construção de sua identidade no contexto social (BRASIL, 1994; PULINO, 2001).
Acredita-se que o compromisso com a educação se constrói a cada dia quando conseguimos penetrar neste universo e quando nos colocamos no lugar da criança, a fim de ampliar e favorecer as possibilidades do homem descobrir sua identidade e cidadania no mundo.
A criança com deficiência visual deve ser tratada com naturalidade, com a mesma cordialidade e atenção dispensada às outras crianças. Ela não precisa de piedade ou atenção especial, mas de oportunidade para desenvolver suas possibilidades e talentos. Pode necessitar de mais tempo para agir e interagir com o meio e as pessoas.
Deve-se evitar a superproteção, pois a criança precisa de liberdade e espaço para agir, explorar o ambiente e desenvolver a espontaneidade e autonomia.
A criança com deficiência visual necessita de limites claros e regras de comportamento como qualquer outra criança. As inadequações de comportamento, birras e agressividade não devem ser justificadas pela ausência da visão. Na comunicação, fale de frente para que a criança possa olhar para quem esteja falando com ela. Em grupo, fale seu nome quando se referir a ela, pois não pode perceber a comunicação visual. Pode-se utilizar naturalmente palavras e termos como ver, olhar e perceber. As crianças cegas ou com baixa visão podem apresentar ansiedade, insegurança e tensão diante de situações novas e pessoas desconhecidas. Podem também se desorientar em ambientes ruidosos.
É importante que a criança visite a escola, conheça a professora, seu nome, sua voz; de forma semelhante, conheça os colegas, seja apresentada a todos, possa tocá-los para poder conhecê-los fisicamente.
A inclusão escolar para os cegos é possível e bem-sucedida, desde que a escola pública conte com o apoio do governo para as instalações e os materiais necessários. "O primeiro impacto de ter um aluno cego em classe pode ser difícil, pois exige uma adaptação por parte dos professores e colegas. Mas, em 90% dos casos, a criança acaba frequentando as aulas tranquilamente, sem a necessidade de um assessor para ajudá-la", pondera Shirley Monteiro Maciel, pedagoga especializada em deficiência visual que trabalha nas cidades de Mauá e Santo André, na grande São Paulo.
O aluno cego ou com baixa visão precisa, necessariamente, de materiais especiais que permitam o seu aprendizado, como livros e exercícios em braile e a máquina de braile para que ele possa escrever - ou em fonte Arial 24 e cadernos com pautas largas, caso a criança apresente baixa visão. As provas também têm de ser adaptadas. A escola, portanto, deve providenciar esses materiais e, se preciso, pedir ajuda ao governo (municipal, estadual ou federal) para isso.
Dependendo do caso, o aluno pode ou não precisar de um acompanhante em sala de aula, que leia para ele os enunciados das tarefas e preste outros auxílios a fim de facilitar o seu aprendizado. O esperado é que o aluno com deficiência visual passe cerca de 10 horas semanais na sala de recursos de sua escola. Trata-se de um espaço com materiais especiais e profissionais especializados, onde ele possa resolver dúvidas e receber estímulos específicos. Essas atividades são feitas no contraturno do horário de aula - ou seja, se o aluno vai às aulas regulares pela manhã, ficará na sala de recursos à tarde, e vice-versa. "Ali, há livros ampliados e em braile e lupas modernas, que os ajudam na leitura de textos", destaca a pedagoga Shirley, que faz formação de professores para a sala de recursos. Idealmente, todas as escolas deveriam dispor dessa ferramenta, mas, como sabemos que essa não é a realidade em nosso país, pais de crianças com deficiência visual devem se possível, procurar instituições paramentadas com uma boa sala de recursos.
Ter um amiguinho cego ou com dificuldade para enxergar obriga os colegas de classe a ficarem mais quietos - afinal, eles sabem que escutar é essencial para ele. "Ao contrário do que se possa imaginar, a criança cega se adapta muito bem à escola e às vezes é até mais levada do que as outras", brinca a pedagoga Shirley. O silêncio em sala de aula acaba sendo um ganho para todos, e também a colaboração: é comum que se faça um revezamento entre colegas para ajudar o coleguinha com deficiência visual; cada dia ou em cada aula, um amigo lê para ele. Além de esse recurso estimular o aprendizado de todos, a solidariedade é trabalhada no dia a dia.
Deficiência Física
A inclusão escolar de alunos com deficiência em escolas regulares é um direito garantido Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.934/96), que afirma a oferta da educação especial enquanto dever constitucional do Estado deve ter início na Educação Infantil, na idade de zero a cinco anos. (BRASIL, 1996).
Estamos convivendo com o movimento chamado Inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino. Mas existem muitas adaptações a serem feitas para favorecer as crianças com deficiência física na educação infantil, onde a realidade é que muitas escolas brasileiras e as famílias não estão preparados para garantir o desenvolvimento pleno e escolar dessas crianças.
O maior desafio das crianças com deficiência física não está na capacidade de aprender, mas na coordenação
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