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Neurociências na Educação

Por:   •  7/6/2018  •  Resenha  •  3.639 Palavras (15 Páginas)  •  260 Visualizações

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Neurociências na Educação - professora Suzana Herculano-Houzel

Aluna: Rosana Gonçalves

Vídeo 1 NEUROCIÊNCIAS – GUIA DO PROPRIETÁRIO

O vídeo 1 se inicia abordando os conceitos básicos do cérebro humano: sua divisão em dois hemisférios, as divisões internas entre córtex, núcleos profundos, troncos encefálicos e cerebelo, além da morfologia dos neurônios e a formação das sinapses entre os neurônios, que é onde os sinais passam de um neurônio para o seguinte por meio de mediadores químicos.

Logo após, é feita a introdução da neurociência pela professora Suzana, explicando que a neurociência torna mais fácil entender diversas coisas, como as bases do conhecimento e aprendizado.

Este é o vídeo mais introdutório dos 4, sendo o responsável por introduzir assuntos que serão abordados com maior complexidade posteriormente.

É explicado que o cérebro pode ser dividido em três grandes porções: sensorial, que é a representação sensorial do ambiente; motora, que gera os movimentos e/ou comportamentos; e o córtex associativo, que acrescenta complexidade ao nosso comportamento.

O cérebro gasta bastante energia para se manter ativo, seu consumo é constante, onde o gasto energético, o fluxo de oxigênio e sangue variam pouco pois, ao contrário da crença popular, o cérebro é completamente utilizado o tempo todo, o que diferencia é que as regiões específicas do cérebro se revezam na ativação e desativação, de acordo com o estímulo recebido, mantendo a média de energia sempre a mesma. Regiões diferentes do cérebro podem ser bastante específicas – dor, visão, memória, emoções, etc. – e cada indivíduo é resultado de tudo isso ao mesmo tempo.

A professora explica que existe uma divisão de tarefas entre os hemisférios, onde o lado esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo e vice-versa e que essa divisão se aplica ao controle do corpo, entretanto existe interação entre as regiões cerebrais o tempo todo e a realização de tarefas depende dessa interação.

Outro ponto importante abordado no vídeo é a importância da maneira como você utiliza seu cérebro, pois ele se modifica com o uso e com as escolhas pessoais de cada um, pois as mudanças no cérebro são a base da aprendizagem.

A aprendizagem, segundo a professora, consiste na modificação das conexões neuronais e durante a infância é mais fácil de se aprender algo, entretanto é perfeitamente possível aprender após esse período.

A professora enfatiza ainda que nossas decisões não são racionais como parecem ser, o cérebro possui um sistema especializado em atribuir valores ao que é feito e a emoção é a base dessa distribuição de valores, ou seja, como o seu corpo se sente como resultado do que ele processa ou avalia. O resultado é a sensação de prazer, sinal de que algo deu certo e deve ser repetido. Esse sistema também pode ser ativado por antecipação, através da motivação de realizar algo.

Aprender é um dos maiores prazeres do cérebro, é um estímulo poderoso de recompensa que nota que existe algo ali digno de ser repetido.

Já relacionando o cérebro com as emoções e o corpo, as emoções são fundamentais para que o cérebro funcione, porque as emoções são a expressão que o corpo dá ao conteúdo de pensamentos, memórias e projeções, logo elas influenciam a tomada de decisões.

Relacionando as emoções, a professora deixa claro que é importante que o cérebro reconheça as pessoas que dão apoio social àquele indivíduo, seja com conforto, segurança, apoio material ou carinho. O carinho é essencial para o cérebro pois ele reduz a resposta ao estresse e é sinalizado diretamente para o cérebro, tornando-o menos ansioso e mais resistente às doenças modernas.

As emoções também são a base da imaginação, a capacidade de imaginar mentalmente algo que não está ali (como cheiros, sons, imagens); a criatividade, que é a capacidade de criar algo. Entretanto todos esses fatores dependem do acontecimento de experiencias anteriores, pois sem a experiência o cérebro não processa a informação.

O primeiro vídeo encerra explicando que o cérebro também é um órgão capaz de se adaptar, através de reorganização funcional, que é a capacidade do cérebro modificar a maneira como ele processa a informação – principalmente quando sofre lesões. As células cerebrais não se regeneram, mas o cérebro é capaz de utilizar o que sobrou e modificar a maneira como essas regiões são utilizadas.

Vídeo 2 NEUROCIÊNCIA DO APRENDIZADO

         O segundo vídeo se inicia questionando o que é o aprendizado e o que é para o cérebro aprender, onde a professora explica que ara a neurociência o aprendizado é a modificação do cérebro de acordo com as experiências e que as conexões neuronais mudam ao exercitar o cérebro, enquanto algumas ficam mais fortes, outras ficam mais fracas, dependendo do uso, e essa mudança é a base do aprendizado.

Os bebês nascem com um número médio de sinapses e essas sinapses dobram nos primeiros anos de vida, gerando excesso de sinapses, chamado de exuberância sináptica, um bebê de 12 meses tem mais que o dobro da quantidade de sinapses que um cérebro adulto e essa exuberância causa um alto número de consumo energético.

O excesso dessas sinapses é a matéria prima para o aprendizado, pois o aprendizado não é apenas o acréscimo de conexões novas e sim um processo de eliminação direcionada do excesso de sinapses. Conforme sinapses são feitas e estas não servem para atingir os objetivos, elas são eliminadas, abrindo caminho para o fortalecimento das sinapses ideais.

O que será de fato o cérebro adulto depende dos caminhos percorridos, do que e como o indivíduo aprende e da remodelagem que acontece no cérebro em função do aprendizado. Conforme envelhecemos acontece o enfraquecimento das sinapses que não são utilizadas, esse processo de enfraquecimento e eliminação de sinapses é importante para o cérebro pois sem esse processo o cérebro não é capaz de amadurecer.

Suzana enfatiza que aprender significa manter e fortalecer o que é usado e enfraquecer e remover as conexões neuronais que não são usadas, esse processo é contínuo, pois novas sinapses continuam brotando o tempo todo ao longo de toda a vida, o cérebro adulto ganha novas sinapses o tempo todo, mantendo por toda a vida a capacidade de aprender coisas novas.

Dentre esse processo de fortalecimento existem as janelas de oportunidade, que são aqueles períodos de vida em que o cérebro é especialmente capaz de se modificar de acordo com o uso. Isso não significa que passando da janela o cérebro não consiga aprender, entretanto talvez seja um pouco mais difícil, porém o aprendizado é sempre possível.

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