O Arzeno - Esquizoanálise
Por: Iara Farias • 9/12/2017 • Resenha • 4.690 Palavras (19 Páginas) • 516 Visualizações
ARZENO, Maria Esther Garcia. Psicodiagnóstico Clínico: Novas contribuições.
Artmed.1995.
Introdução - O livro tem 20 capítulos e abordarei brevemente do primeiro ao oitavo.
- Faltarão o nono ( Testes Projetivos Gráficos) e do décimo quinto ao vigésimo.( Entrevista Familiar, Estudo do Material Coletado, Considerações sobre a Entrevista de Devolução, Informe Psicodiagnóstico, Exemplos de Psicodiagnóstico e a Relação com outras áreas de aplicação)
- Os capítulos dez ao quatorze não serão fichados pois especificam os testes já mencionados no capítulo oito.
Primeiro Capítulo- “O Psicodiagnóstico Clínico na Atualidade”
- Aponta para a necessidade de revalorização da etapa diagnóstica no trabalho clínico e que o bom diagnóstico clínico está na base da orientação vocacional, do trabalho, como perito forenses e trabalhistas.
- O psicodiagnóstico implica automaticamente a administração de testes e irá contribuir para a realização de diagnóstico psicológico o mais preciso possível. Destaca a importância desta precisão pelos seguintes motivos: para saber o que ocorre e suas causas de forma atender o pedido inicial da consulta, proteger o psicólogo nos sentidos ético e clínico, ou seja, para evitar posturas ingênuas e onipotentes e para proteger-se de situações que está comprometendo-se a fazer algo que não sabe exatamente o que é.
- Finalidades do Psicodiagnóstico: 1)Diagnóstico, 2)Avaliação do Tratamento, 3)Como meio de comunicação,4) Investigação.
1) Diagnóstico- Explicar o que ocorre para além do que o paciente pode dizer conscientemente.
Utilizar a primeira entrevista para realização de hipóteses iniciais e considerar que tanto as entrevistas quanto os testes não são infalíveis mas se forem utilizados de forma complementar há uma margem de segurança maior para chegar a um diagnóstico correto. Diferentes instrumentos diagnósticos permitem estudar o paciente por diversas vias de comunicação. A bateria de testes deve incluir instrumentos que permitam ao máximo a projeção de si mesmo. A relação de transferência e contratransferência deve ser levada em consideração para o diagnóstico e deve ser registrada pelo psicólogo. O processo se extende entre 3 e 5 entrevistas. Pode ser usada- para dúvidas diagnósticas, dúvidas em relação ao tipo de tratamento aconselhável, e outros prescindem totalmente do psicodiagnóstico.
2) Avaliação do Tratamento- Avaliar o andamento do tratamento e consiste em aplicar novamente a mesma bateria de testes aplicados na primeira ocasião.
Se houver suspeita que o paciente lembre o que fez na bateria de testes, criar uma bateria paralela selecionando testes equivalentes. Possibilita: 1- apreciar os avanços terapêuticos de forma objetiva, 2- serve para planejar a alta, 3- descobrir o motivo de um impasse no tratamento e facilitar que paciente e terapeuta falem sobre isso, 4- esclarecer informações que paciente e terapeuta têm disparidade de opiniões.
Em tratamentos particulares: psicólogo decide o momento de realizar a reavaliação
Em Instituições Públicas ou privadas: elas estabelecem os critérios que devem ser levados em consideração.
3) Como meio de comunicação- Favorecer que pacientes que têm dificuldade de comunicação se expressem ou utilizar com crianças que ainda não podem falar. Favorecer a comunicação é favorecer a tomada de insight , contribuir para que aquele que consulta adquira consciência suficiente do sofrimento para aceitar a cooperar na consulta, assim como provoca a perda de inibição possibilitando um comportamento mais natural.
4) Na Investigação- Tem dois objetivos: a criação de novos instrumentos de exploração da personalidade que podem ser incluídos na tarefa diagnóstica e planejar a investigação para o estudo de uma determinada patologia.
O que o Psicodiagnóstico inclui?
- Entrevistas Iniciais
-Testes
-A hora do jogo com crianças
- Entrevistas Familiares-
-Entrevistas Vinculares
Obs: As Entrevistas Familiares e Vinculares são importantes para decidir entre a recomendação de um tratamento individual, vincular ou familar.
Exemplos: Se uma pessoa não tolera a entrevista aberta e prefere inquérito pautado , esta pessoa trabalhará melhor com uma terapia cara a cara na qual se combinem interpretações cautelosas com sugestões e alguns direcionamentos.
Testes que servem para avaliar a capacidade de agrupamento ou não de um indivíduo, ou como irá funcionar em um grupo em formação: Teste do casal em Interação (TPI) do psicólogo Rosário, Luis Júri e o Teste Cinético da Família de Renata Frank e o teste de Rorschach com a técnica do consenso.
Quando é indicado a terapia individual ou a terapia em grupo?
- Quando as dificuldades situam-se na relação do indivíduo com os demais pareso mais indicado é recomendar uma terapia grupal.
- Quando o conflito está mais centralizado no intrapsíquico, o mais adequado é a terapia individual.
- O teste de Phillipson- se a produção for boa comprovaria a suspeita de que uma terapia de grupo seria adequada enquanto que se o paciente se desarticula nas lâminas sofre impactos, as nega ou distorce a produção, haveria que pensar que a terapia de grupo aumentaria a sua angústia.
Capítulo 1- Objetivos e Etapas do Processo Psicodiagnóstico
O Psicodiagnóstico é um estudo profundo a personalidade, do ponto de vista fundamentalmente clínico. Quando o objetivo é outro o psicodiagnóstico é anterior e serve de base para as conclusões necessárias nessas áreas (trabalhista, educacional, forense etc).
O contexto sócio-cultural e familiar deve ocupar um lugar importante no estudo a personalidade de um indivíduo já que é de onde ele provém.
O estudo da personalidade é na realidade um estudo de pelo menos três gerações que se desenvolveram num determinado contexto étnico-sócio-cultural.
Antes de começar o psicodiagnóstico o psicólogo deve esclarecer com o manifestante o motivo manifesto e mais consciente do estudo e intuir qual seria o motivo latente. Não iniciar a tarefa se o consultante disser que está ali por mera curiosidade que isso se refletirá negativamente no momento de devolução.
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