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O CONCEITO DE PERSONALIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PSICOLÓGICA HISTÓRICO-CULTURAL

Por:   •  26/8/2016  •  Artigo  •  593 Palavras (3 Páginas)  •  1.039 Visualizações

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O CONCEITO DE PERSONALIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA

PSICOLÓGICA HISTÓRICO-CULTURAL

Lucien Sève (1979a), um dos principais autores da coletânea “Marxismo e a Teoria da personalidade” identificou a necessidade de elaboração de uma compreensão Marxista a respeito das teorias da personalidade, buscando uma psicologia concreta e científica ao mesmo tempo científica, visando articular a psicologia da personalidade com o materialismo histórico.

Seguindo essa linha teórica baseada nas ideias de Marx, pode-se afirmar que o homem nasce humanizado, por possuir desde o seu nascimento aparatos biológicos que garantem que ele seja intitulado ser humano, entretanto, para a completa humanização é necessário que o indivíduo se aproprie da cultura que é produzida pela humanidade. Martins (2007) acredita que os indivíduos necessitam de uma inserção na historia para uma completa objetivação, pois a objetivação é resultante da atividade humana por suas relações com os produtos da história, ou seja, a objetivação ao mesmo tempo torna-se a apropriação sintética da atividade histórica, apropriação essa que, consideramos um processo ativo, e que se realiza através da mediação das relações sociais concretas.

O autor Leontiev, um dos fundadores da teoria histórico cultural, as relações sociais não são fatores externos de crescimento, ma sim a própria essência da personalidade, abrindo espaço para uma ciência da personalidade humana articulada com as ciências de condutas, sendo as relações sociais formam bases de uma espécie de relações, que constituem a base da personalidade na sua concepção histórico-cultural, onde os homens criam a si próprio.

A apropriação e a absorção da cultura pelo indivíduo nunca diminui, pois quanto mais se socializa, mas o ser humano abre portas pra socialização e para formação de sua individualidade. Segundo Marx, o trabalho desempenha papel fundamental no desenvolvimento da socialização e na mediação homem-mundo, afirmando que o trabalho está no centro da humanização do homem, estabelecendo relações também com outros dois processos psicológicos importante, que são a linguagem e a consciência, ambos muito importantes para o desempenho do trabalho. Para Marx, só é possível a humanização do homem através do trabalho efetivado ontologicamente, o que só acontece quando são superadas as relações determinadas pela alienação e através deste processo de alienação o homem torna-se parecido com aquilo que acredita e pratica, sendo escravo de tudo aquilo que ele mesmo criou. Ainda segundo Marx, quando o homem está alienado, ele não é mais sujeito de suas capacidades individuais, o que gera um conflito entre os seus motivos e finalidades, uma vez que a sua personalidade e individualidade torna-se mercadoria, condicionadas ao valor de troca.

Para Marx, o sujeito consegue superar a alienação quando retomam para si o controle de suas transformações e das circunstâncias oriundas de si mesmo, ou seja, quando o individuo consegue perceber a relação entre os seus atos, estipulando a eles relações com as devidas consequências, que acabam sempre por resultar consequências não somente para si próprio, mas também para as pessoas que o cercam. A resistência para libertar-se da alienação começa quando o individuo percebe

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