O DESENVOLVIMENTO INFANTIL A INFÂNCIA, O INÍCIO DA ADOLESCÊNCIA E A RELAÇÃO COM A FAMÍLIA
Por: thytak1 • 12/6/2022 • Resenha • 1.607 Palavras (7 Páginas) • 134 Visualizações
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
A INFÂNCIA, O INÍCIO DA ADOLESCÊNCIA E A RELAÇÃO COM A FAMÍLIA
Nessa unidade iremos compreender a mediação dos pais no desenvolvimento infantil em suas dimensões físicas, emocionais e cognitivas. Perceber a relação do apego na construção da autoestima da criança em desenvolvimento, entre diversas outras informações que veremos a seguir.
Segundo as principais teorias do desenvolvimento humano, o indivíduo desde o nascimento até a velhice passa por diversas transformações de natureza cognitiva, física, social, emocional. Em cada fase é esperado alguns manifestos (características), para que o desenvolvimento seja considerado “típico”, nos principais marcos da vida humana (infância, adolescência, adultez e velhice).
A relação entre pais e filhos se dá até mesmo antes do nascimento e diversos fatores podem tornar essa relação toxica ou não. Há diversas situações que antecedem o nascimento de um bebê como por exemplo se foi uma gravidez planejada? A mãe ou o pai tinham preferência por menino ou menina? Quem assumirá o papel parental? A mãe teve acompanhamento pré-natal? O recém-nascido é o primogênito da família? Quais as condições socioeconômica e cognitiva dos pais? São tantas as situações possíveis que certamente influenciarão positiva ou negativamente na construção do vínculo afetivo desse bebê.
As práticas parentais negativas são marcadas por comportamentos negligentes e violentos, porém, na pratica positiva estão presentes comportamentos de acolhimento e zelo. Os vínculos afetivos são de fundamental importância em todas as fases da vida do ser humano, mas na fase da infância é de primordial importância pois diz respeito ao crescimento físico, cognitivo e psíquico, daí a importância de uma base sólida para potencializar o desenvolvimento desse indivíduo.
Segundo Abuchaim (2016, p.4) para que os vínculos se estabeleçam, os adultos devem ser fontes de segurança e acolhimento para as crianças, de modo que elas construam uma base segura. Boas experiências afetivas iniciais têm influência positiva no desenrolar da vida do indivíduo, para que ele tenha condições de transitar com desenvoltura na sociedade na qual está inserida.
Na sociedade contemporânea, a cultura infantil tem características próprias no que diz respeito ao vestuário, à alimentação, à linguagem, às brincadeiras, aos programas de televisão e diversas outras coisas. Sendo assim podemos dizer que o consumismo e a mídia foram, de certa forma, responsáveis por propiciar a maior visibilidade e escuta ao universo infantil.
Na literatura especializada, existe um certo consenso de que a criança em desenvolvimento passa por uma série de significativas mudanças ao longo da infância, período esse marcado por três etapas que, segundo Papalia et al. (2013) são: Primeira infância, segunda infância e terceira infância.
Na primeira infância é o período em que a criança se desenvolve desde o nascimento até os dois anos. Na segunda infância é o período da criança compreendido dos dois aos sete anos. Na terceira infância é o período da criança compreendido dos sete anos a adolescência.
O apego está relacionado ao vinculo afetivo entre a criança e os pais/cuidador, ele é construído a partir dos primeiros relacionamentos. Assim que nasce o bebê depende integralmente de alguém para sobreviver precisando de cuidados como (segurança, alimentação, vestimenta, higiene...), com o passar dos anos a criança irá aprender a respeitar a si mesmo e aos outros, bem como consolidar sua autoestima. Por tanto é preciso que os pais/cuidador tenham um comportamento responsivo, que seja confortante e acolhedor, estando atento a qualquer sinal de desconforto, desagrado, dor ou até mesmo somente atenção.
A autonomia e o apego também estão associados à autoestima, uma vez que a autoestima está associada à confiança que a criança passa a ter em si mesma e nas próprias ideias. A confiança vai sendo construída a partir da segurança, que, por sua vez, é engendrada no vínculo afetivo com seus pais/cuidadores. Finalmente, a autonomia permite que a criança seja capaz de fazer escolhas pautadas na racionalidade.
A família tem um papel de fundamental importância é no seio familiar, que as crianças aprendem as diretrizes essenciais para convivência com outras pessoas e grupos e desenvolvem competências e habilidades indispensáveis ao desvelamento de seu potencial e à aquisição de recursos para enfrentar desafios e dificuldades impostos pela realidade e pelas diferentes instâncias da vida em sociedade.
A partir dos dois anos, a criança começa a desenvolver o senso de identidade, percebendo-a como uma pessoa e fornecendo atributos a si própria. Também buscam maior autonomia requerendo dos pais imposição de limites para que haja maior equilíbrio entre autonomia e independência. A imposição de disciplina, além de estabelecer limites, deve contribuir para o estímulo e o reconhecimento das realizações conquistadas pela criança, possibilitando, por meio do vínculo de afeto, o desenvolvimento da capacidade de empatia. Ao escutar e compreender as razões que a leva fazer ou não determinadas coisas, viabiliza a internalização de modelos comportamentais adequados, bem como ajuda o desenvolvimento do pensamento crítico da criança.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sancionado pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, estabelece que toda criança tem direito aos atendimentos necessários para que seu desenvolvimento físico e mental possa se desenrolar da maneira mais saudável possível. Diante dessa premissa, a atuação do psicólogo junto à criança é de significativa importância. Ao auxiliar no diagnóstico precoce das dificuldades psicossociais da criança em desenvolvimento, torna-se possível iniciar um tratamento que contribua para o enfrentamento de seus conflitos internos e/ou externos e, consequentemente, a prepare para lidar com situações adversas que irá se deparar ao longo de sua vida (BRASIL, 1990).
As demandas relacionadas às dificuldades psicossociais da criança podem ser de diferentes naturezas e manifestas, muitas vezes, por meio de sinais e sintomas, que interferem negativamente nas esferas familiar, escolar, social. Tais sinais e sintomas são percebidos em noites mal dormidas, problemas alimentares, enurese noturna, encoprese, fobias, compulsões, déficits de atenção, isolamento, atraso no desenvolvimento da fala, irritabilidade, baixa autoestima etc.
A atuação do psicólogo na psicoterapia
...