O Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Terceira Infância
Por: ppradella • 8/11/2022 • Trabalho acadêmico • 1.383 Palavras (6 Páginas) • 1.142 Visualizações
CAPÍTULO 9 -DESENVOLVIMENTO FÍSICO E COGNITIVO NA TERCEIRA INFÂNCIA
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Quanto aos aspectos do desenvolvimento físico, o livro nos informa quais são os progressos no crescimento, desenvolvimento cerebral e no desenvolvimento motor que ocorrem em crianças em idade escolar, e indica as necessidades nutricionais e de sono para que isso ocorra de maneira adequada.
Na terceira infância – que engloba crianças de 6 a 11 anos de idade – o desenvolvimento físico ocorre mais lentamente se comparado aos anos anteriores, com grandes diferenças na altura e no peso da criança.
Para que se desenvolvam bem, essas crianças necessitam de nutrição adequada, sendo indicado, em média, uma dieta de 2.400 calorias diárias. Necessitam também de quantidade ideal de sono - 11 horas até os 5 anos, 10 horas aos 9 anos e 9 horas aos 13 anos. Sono insuficiente pode acarretar problemas de ajustamento escolar.
Mudanças na estrutura e funcionamento cerebral, como com o amadurecimento da substância cinzenta no córtex cerebral – dos 5 aos 20 anos de idade - sustentam os avanços cognitivos. Entre as idades de 6 e 13 anos ocorre um notável crescimento nas conexões entre os lobos temporal e parietal.
Devido ao progresso do desenvolvimento motor, meninos e meninas na terceira infância podem dedicar-se a uma ampla variedade de atividades motoras. As atividades informais ajudam a desenvolver as habilidades físicas e sociais. Os jogos dos meninos tendem a ser mais físicos, os das meninas mais verbais. Dez por cento das brincadeiras das crianças em idade escolar, sobretudo dos meninos, são impetuosas e eles acabam por se dedicar mais a esportes organizados e competitivos.
SAÚDE, CONDIÇÃO FÍSICA E SEGURANÇA
A saúde e condicionamento físico são os principais focos de preocupação com relação às crianças em idade escolar. A terceira infância não acende muitas preocupações, já que se trata de um período de vida relativamente saudável, pois as crianças já passaram pelo processo de imunização e a taxa de mortalidade é baixa, se comparado à outros períodos da vida.
Uma questão importante acende um alerta sobre o excesso de peso, que tem aumentado entre as crianças dessa faixa etária, trazendo consigo alguns riscos à saúde, como a hipertensão, por exemplo. O problema da obesidade infantil sofre influências tanto genéticas como ambientais. É consenso entre os especialistas que é mais fácil evitar o excesso de peso do que trata-lo posteriormente, contudo, algumas crianças não fazem exercícios físicos regulares de maneira adequada ou suficiente. Além disso, a obesidade afeta a imagem corporal nesta faixa etária, podendo evoluir para transtornos da alimentação na adolescência.
Infecções respiratórias e outras doenças agudas – ocasionais ou de curta duração - são comuns nesta faixa etária. As doenças crônicas – doenças ou debilitações que persistem por pelo menos três meses - como a asma, acometem mais as crianças pobres, em decorrência de alguma predisposição genética e exposição a poluentes, e o diabetes é a doença crônica mais comum na infância.
Na terceira infância, os acidentes são a principal causa de morte – sendo os principais: os acidentes de trânsito, afogamento e queimaduras.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Esta sessão do capítulo traz a abordagem Piagetiana e questões sobre a criança operatória-concreta, e explica como o pensamento e o raciocínio moral das crianças em idade escolar diferem do raciocínio moral de crianças menores.
Uma criança entre 7 e 12 anos está na fase operatória-concreta – terceiro estágio do desenvolvimento cognitivo piagetiano, durante o qual as crianças desenvolvem pensamento lógico, mas não desenvolvem o pensamento abstrato – neste período as crianças são menos egocêntricas do que na fase anterior e mais competentes para realizarem raciocínio lógico, como relações espaciais e causalidade, categorização, raciocínios indutivos e dedutivos e de conservação. Contudo, o raciocínio é amplamente limitado ao aqui e agora. Contribuem para as taxas de desenvolvimento piagetianas, o desenvolvimento neurológico, a cultura e a escolaridade.
Segundo Piaget, o desenvolvimento moral está ligado ao amadurecimento cognitivo que se desenvolve em três estágios: (primeiro estágio – 2 a 7 anos – pré-operatório – obediência rígida à autoridade) (segundo estágio – 7 a 11 anos – operatório-concreto – crescente flexibilidade) (terceiro estágio – 11 a 12 anos – desenvolvimento moral – equidade), à medida que as crianças passam do pensamento rígido para o mais flexível.
ABORDAGEM DO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO: PLANEJAMENTO, ATENÇÃO E MEMÓRIA
Durante a terceira infância ocorrem avanços na memória e em outras habilidades de processamento de informação, que melhoram durante os anos escolares, através de estratégias para lembrar:
- Função Executiva – controle consciente dos pensamentos, emoções e ações para alcançar objetivos;
- Metamemória – O entendimento dos processos da memória;
- Estratégias Mnemônicas – Técnicas para auxiliar a memória;
- Auxiliares de memória externos – estratégias mnemônicas usando algo fora da pessoa;
- Retenção – estratégia mnemônica para manter um item na memória de trabalho por meio da repetição consciente;
- Organização – categorização do material a ser lembrado;
- Elaboração – associações mentais envolvendo os itens a serem lembrados.
ABORDAGEM PSICOMÉTRICA: AVALIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA
Para medir a inteligência das crianças em idade escolar com exatidão, existem alguns testes de QI muito eficientes para prever sucesso escolar, mas acabam sendo injustos para outras crianças. Informação relevante, a frequência escolar parece aumentar a inteligência medida.
As diferenças socioeconômicas e ambientais parecem influenciar, com grande impacto, as diferenças de QI entre grupos étnicos, porém, as tentativas de elaboração de testes livres de aspectos culturais ou, ao menos, culturalmente justos, não foram bem sucedidas, pelo contrário, os testes de inteligência se mostram extremamente ligados à cultura.
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