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O Desenvolvimento Humano: Infância

Por:   •  14/3/2022  •  Resenha  •  821 Palavras (4 Páginas)  •  133 Visualizações

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UNIVERSIDADE

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Pró Reitoria Acadêmica – Direção Acadêmica

Curso: Psicologia

Disciplina: Desenvolvimento Humano: Infância

Professora: xxxxx

Aluna: xxxxx

PEREIRA, T. M. A; GALUCH, M. T. B. O garoto selvagem: a importância das relações sociais e da educação no processo de desenvolvimento humano. Florianópolis: Perspectiva, 2012.

      O artigo analisa o filme francês “O garoto selvagem”, baseado em fatos reais e narra à história de uma criança encontrada numa floresta por volta de seus 11 ou 12 anos.

Há especulações de que o garoto tenha sido abandonado com quatro anos de idade pelos próprios pais. Ao ser capturado o menino foi primeiramente internado em um local destinado a doentes e indigentes sem cuidados e observações das quais ele necessitava.          Tempos depois o mesmo foi destinado a uma instituição onde residia surdos-mudos. Nesse instituto foi instaurada uma comissão avaliadora composta por profissionais capacitados para avaliar as condições físicas e psicológicas do garoto.

     O médico Philipe Pinel concluiu que a provável causa do menino ter sido abandonado foi por apresentar alto grau de demência e por esse motivo não ser possível sua reabilitação e educação. O médico Jean Itard, discípulo de Pinel, resolveu assumir a guarda provisória do garoto juntamente com sua governanta madame Guérin. A intenção de Itard foi justamente provar que com o convívio social e o desenvolvimento da capacidade humana, o garoto poderia ser educado e reintegrado a sociedade.

     O garoto recebeu o nome de Victor. Itard com o auxílio da madame Guérin conseguiu demonstrar com métodos e experimentos inseridos na reeducação do menino que Victor possuía capacidades intelectuais e biológicas passiveis de desenvolvimento e acreditava que a demência era decorrente de privação da convivência humana. Na metodologia usada por Itard, as necessidades biológicas primárias de Victor impulsionavam o seu aprendizado. Conforme o processo de desenvolvimento do adolescente foi evoluindo, novas necessidades materiais, físicas, biológicas, afetivas e intelectuais foram surgindo.

     Victor passou a exercer simples operações em relação a objetos, seu desenvolvimento cognitivo apesar de afetado por seu histórico de vida, seguiu por alguns direcionamentos comuns a formação humana e intelectual de uma criança que ingressa ao seio de uma comunidade social.

     Por ter sido privado da convivência humana sua atividade era atrelada a sobrevivência, sua relação com a natureza era institiva como a de um animal e o objeto de sua atividade confundia-se constantemente com seu motivo biológico, esse processo também foi verificado na relação mecânica e irracional que ele estabelecia com outros objetos e algumas palavras escritas durante seu processo de alfabetização. Victor possuía acessos de fúrias e não se concentrava no aprendizado, pois suas ações eram relacionadas somente à compreensão de saciar suas necessidades. Seu contato social era insuficiente, pois sua convivência restringia-se ao jovem médico, à madame Guérin e a poucos vizinhos, que os visitavam periodicamente. Victor demonstrava dificuldades de interação com outras pessoase e tinha preferência pela solidão, o que era compreensível devido aos acontecimentos ocorridos após ser retirado da floresta. Madame Guérin cuidava de Victor, auxiliava o médico e exercia um papel afetivo significativo para o garoto.

     Victor não conseguiu desenvolver a fala, apesar das diversas tentativas e metodologias adotadas por Itard. Sua incapacidade de falar estava atrelada a sua predisposição orgânica. Durante o período que permaneceu sob os cuidados de Itard, Victor progrediu paulativamente, sua guarda foi concedida à madame Guérin com quem permaneceu nos últimos vinte anos de sua vida. De acordo com os últimos relatos de autores, Victor permanecia atemorizado, semisselvagem e afásico.

Comentários:

     Devido ao seu histórico de vida, com o isolamento social da vida humana, Victor se comportava como um animal irracional e utilizava seus aspectos cognitivos para caça e agressão no período em que viveu na floresta. Itard juntamente com a governanta educou o menino na tentativa de socializá-lo e com técnicas para treinar sua cognição.      A metolologia adotada por Itard eram testes de memória, sentidos, linguagem e atenção.      Com o decorrer do tempo Victor aprendeu comparar, discenir, a lidar com a temperatura, a notar aspectos cognitivos e sua afetividade.

     Seu processo de aprendizagem foi lento e trabalhoso, pois, Victor precisava adaptar-se a humanidade, a sua idade, a lidar com as emoções entre outros, devido à fraca sensibilidade do sistema auditivo, a sua educação ficou incompleta.

Não restam dúvidas que a afetividade influenciou grandemente no processo de evolução do garoto, à medida que a relação de afeto da madame Guérin e do médico Itard foi estabelecida na relação, a aprendizagem de Victor se tornou mais fácil.

Apesar da preferência pelo isolamento social, o garoto se mostrava reconhecido pelo cuidado que lhe prestavam, pois gostava de quando lhe faziam o bem, sentia vergonha de seus erros e se arrependia quando demonstrava ataques de fúrias.

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