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O ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Por:   •  2/10/2018  •  Resenha  •  1.673 Palavras (7 Páginas)  •  4.950 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO HUMANO

RESUMO CAP. 1 e 2 DO LIVRO

DESENVOLVIMENTO HUMANO

DIANE E. PAPALIA

  1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho, apresentaremos o resumo dos capítulos 1 e 2 do livro “Desenvolvimento Humano”, de autoria de Diane E. Papalia. Esses capítulos versam, respectivamente, sobre o estudo do desenvolvimento humano, abordando o estudo científico do desenvolvimento humano a partir da infância e todos os períodos da vida e sobre Teoria e Pesquisa, abordando o assunto sob a ótica de perspectivas teóricas. Serão demonstrados os tipos de pesquisa e modelos mais adotados.

  1. CAPÍTULO 1: O ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

O capítulo se inicia contanto o caro de Victor, o menino selvagem de Aveyron. Este menino, foi encontrado em 1800 num lugar remoto do sul da França. O menino aparentava ter 12 anos, não falava, nem respondia perguntas. Se alimentava de raízes e frutos, escalava árvores e bebia água de córregos. O comportamento do menino sugere que o mesmo tenha se criado sozinho, em região de mata.

Na época deste caso, a França e o mundo estavam em efervescência cultural e intelectual e várias teorias sobre a natureza dos seres humanos estavam sendo formuladas e discutidas. O menino ficou sob os cuidados de Jean-Marc-Gaspard Itard, um estudioso da “Medicina Mental”.

 Este caso é considerado como uma das primeiras tentativas fundamentadas e embasadas de se compreender a importância do contato social durantes os anos de formação, as questões sobre as características inatas da criança (natureza) e a criação, educação e outras influências do meio social (experiência).

 Desenvolvimento humano é o estudo científico da mudança e da continuidade durante todo o ciclo humano da vida. Vários estudos na Universidade de Stanford (iniciados em 1921 sob a direção de Lewis Terman) demonstraram que crianças que cresceram e se desenvolveram em épocas e contextos diferentes, tiveram desenvolvimento diferente. No experimento de Terman, sua amostra chegou a idade adulta por volta dos anos 30, na época da Grande Depressão. Já a amostra de Oakland chegou a idade adulta durante a Segunda Guerra Mundial e a amostra de Berkeley chegou a idade adulta nos anos 50, no Pós-guerra. Esses estudos demonstraram que o meio onde se cresce e vive, as influências da sociedade e o contexto das interações sociais trazem impactos significativos no desenvolvimento desses indivíduos.

 Após esses estudos, Paul Baltes identificou princípios fundamentais no que chamou de Desenvolvimento do Ciclo Vital, que são:

  • O desenvolvimento é vitalício, ou seja, cada período da vida sofre influência do período anterior e influenciará o seguinte;
  • O desenvolvimento depende de história e contexto, isto quer dizer que onde se vive, as condições, contexto histórico e social influenciam no desenvolvimento;
  • O desenvolvimento é multidimensional e multidirecional, ou seja, por toda a vida o desenvolvimento envolve um processo de crescimento e declínio e
  • O desenvolvimento é flexível ou plástico, isto quer dizer que pode sofrer modificações, por meio de treinamento e prática, independentemente da idade.

O estudo do desenvolvimento humano hoje está pautado em quatro objetivos norteadores: a descrição, explicação, predição e modificação do comportamento. Esses procedimentos possibilitam que uma situação seja descrita em sua essência, para que se possa formular explicações a respeito de determinado tipo de comportamento, permitindo a predição de atitudes e situações que podem acontecer baseadas no estágio anterior e atual. Além disso, após análise dos desdobramentos, pode-se fazer experimentos para modificar ou tentar modificar o comportamento.

Os teóricos do desenvolvimento estudam as mudanças no sujeito sob dois aspectos:  mudanças quantitativas, ou seja, mudança de número ou quantidade, como altura, peso ou tamanho do vocabulário do sujeito e mudanças qualitativas, mudança no tipo, na estrutura ou na organização, como a mudança da comunicação não-verbal para a verbal.

Como já foi dito, o processo de desenvolvimento é um processo vitalício, o chamado desenvolvimento no Ciclo vital que se organiza em 8 períodos de acordo com a faixa etária:

  • Período Pré-natal: da concepção ao nascimento;
  • Primeira infância: do nascimento aos 3 anos de idade;
  • Segunda infância: dos 3 aos 6 anos de idade;
  • Terceira infância: dos 6 aos 11 anos;
  • Adolescência: dos 11 aos 20 anos, aproximadamente;
  • Jovem adulto: dos 20 aos 40 anos;
  • Meia-idade: dos 40 aos 65 anos e
  • Terceira-idade: dos 65 anos em diante.

          Baseados na ideia do desenvolvimento vitalício, entende-se que o há diversos fatores atuantes na diferenciação de uma pessoa para outra, pautadas em 3 eixos: Hereditariedade (influência inata, passada por meio de transmissão do material genético dos pais  biológicos), Ambiente (totalidade  de influências não-genéticas, ou seja, do meio externo) e Maturação (desdobramento de uma sequência geneticamente influenciada, muitas vezes relacionada a idade, mudanças físicas e de padrões de comportamento, incluindo a prontidão para adquirir novos conhecimentos).

           Dentre as principais influências contextuais (não genéticas), podemos citar a Família e toda sua organização, princípios, Condição socioeconômica e bairro, que incluem uma mescla de fatores como renda, profissão e educação, condicionadas à possibilidade de acesso ou a restrição dele, dependendo das condições econômicas da família, Cultura e etnicidade, que envolve costumes, valores e crenças passados de geração a geração.

          Além destas, a autora identifica que as influências no desenvolvimento podem ser normativas ou não-normativas. Influências normativas etárias afetam pessoas da mesma idade. Já as normativas históricas afetam um determinado grupo de pessoas que partilham de uma experiência semelhando, como por exemplo crescer na mesma época e no mesmo lugar. Somando-se a essa ótica, há fortes indícios da existência de períodos críticos para certos tipos de desenvolvimento físico inicial. Por exemplo, para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial pode haver mais plasticidade, ou seja, pode haver modificação do desempenho.

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