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O Estágio Grupos e Comunidades

Por:   •  26/2/2019  •  Resenha  •  577 Palavras (3 Páginas)  •  253 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CPA- CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA VERGUEIRO

Aluna: Tatiana Aparecida Victor Dos Santos-RA C7014F-6

Estágio Grupos e comunidades

Texto sobre o artigo: Para uma dimensão ética da prática psicológica nas instituições,2004.

O autor inicia o texto falando sobre o aumento da demanda de atendimentos do psicólogo em serviços públicos, profissionais que são formados para atuar como técnicos, atendendo pacientes de classe média alta, que se veem na necessidade de buscar conhecimento sobre as práticas voltadas a população de baixa condição sócio econômica, buscando a transformação de relações excludentes produzidas por um sistema sócio econômico dominante.

A observação do autor de que o curso de ciências humanas tem cada vez mais contemplado os quesitos técnicos, visando a formação de especialistas em detrimento de uma formação humanista, nos faz refletir sobre qual é o papel da psicologia, qual é o mais importante, a técnica ou as relações humanas? A formação voltada a técnica faz com que profissional se mantenha neutro distante da necessidade de ouvir e ser ouvido.

Como construir práticas que atendam às necessidades de cada comunidade, como desenvolver um trabalho de transformação dessas relações? Esses desafios geram angústia nos profissionais, pois se faz necessária uma nova forma de relação social, e dos aspectos ético políticos da sua prática, que são alvos de reflexões e questionamentos. O psicólogo que atua em instituições precisa se colocar como facilitador dessa transformação, deixando o modelo assistencialista e o lugar de detentor do saber, não sendo mais um excludente na sociedade.

A concepção de ética desde a antiguidade permeia a sociedade contemporânea estabelecendo regras e leis para a conduta humana e suas relações, uma concepção de mundo em duas faces, essência e aparência, instituindo que tudo que não é realizado de acordo com essas leis é considerado errado e deve ser corrigido. Esse confronto entre essência e aparência faz com que o espaço para a subjetividade seja diminuído, reduzindo as possibilidades de transformação do todo social, reduz a reflexão social e vincula o indivíduo a um grupo, pois neste processo de massificação, aquele que não pertence ao grupo representa ameaça. A construção de regras e critérios de decisão nas escolhas, de como gerir a própria vida e apoiar-se em experiências subjetivas e individuais levam a separação entre o indivíduo e a coletividade, por outro lado incertezas quanto as verdades constituídas geram vínculos grupais perversos onde o indivíduo acredita cegamente nas crenças do grupo, criando condutas intolerantes e de fanatismo massificado. Desta forma os indivíduos são destituídos de razão, vivem em um sofrimento limitado ao exílio social e de si mesmo devido a exclusão existencial, essa situação de desamparo e sofrimento humano leva a busca da compreensão do mal-estar contemporâneo nesse mundo conturbado.

Sendo assim, devido ao atual contexto social, econômico e político é notório que há necessidade de mudanças na formação e na atuação desses profissionais, desafio este que pode ser solucionado se refletirmos sobre o verdadeiro sentido das palavras saúde, educação, sofrimento, política e ética. E necessário que as demandas atuais sejam contempladas por ações de promoção a saúde e educação, com reflexões mais adequadas ao contexto atual, sem descartar as questões culturais, de forma ética, comportando direitos e deveres nas práticas psicológicas, redirecionando o sentido que compõe a experiência humana. Um olhar voltado ao sofrimento humano, com práticas voltadas a pratica institucional, partindo do contexto social de cada um.

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