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O FREUD O INCONSCIENTE

Por:   •  18/8/2021  •  Resenha  •  2.336 Palavras (10 Páginas)  •  433 Visualizações

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RESUMO CAP 1 “FREUD O INCONCIENTE”

Psicanálise  Caracteriza-se  como  uma  corrente  da  psicologia  que  busca  o  fundamento  oculto  dos comportamentos  e  processos  mentais,  com  o  objetivo  de  descobrir  e  resolver  os  conflitos intra-psiquicos geradores de sofrimento psíquico. Trata-se  ao  mesmo  tempo  de  uma  disciplina  científica  que  visa  descobrir  e  mapear  as estruturas  da  psique  e  de  um  método  terapêutico,  numa  relação  profunda  entre  terapeuta  e paciente.  Freud estruturou o método psicanalítico, mas teve influências de Charcot e Brewer.

Freud  defende  que  há  uma  sexualidade  infantil,  que  o  psiquismo humano  se  forma  a partir  dos  conflitos,  que  desde  o  nascimento,  confrontam  os  instintos  sexuais  ( a  libido)  e  a realidade. Outra  descoberta  de  Freud,  é  que  nossa  mente  consciente,  não  controla  todos  os nossos  comportamentos.  Mesmo  nossos  atos  voluntários,  estão  dependentes  de  uma  fonte motivacional inconsciente. A  descoberta  do  inconsciente  trouxe  uma  revolução  à  psicologia  e  a  forma  como  esta encara o ser humano. A  nossa  infância  “persegue-nos”  ao   longo  de  toda  a  nossa  v ida,  uma  vez  que  é  nesse período  que  a  nossa  personalidade  se  desenvolve.  Ao  longo  da  infância  o  inconsciente  v ai dividir-se e  dar  origem às outras  instâncias da  Psique. Por  isso passamos  por períodos de  crise, de  ruptura  e  de  reconfiguração  das  nossas  estruturas  psíquicas.  Por  esta  razão  estamos sujeitos a  traumas e a  conflitos intra-psíquicos que ficam  guardados no inconsciente e  marcam a forma como nos relacionamos conosco mesmos e com os outros. O  Inconsciente  corresponde  aos  conteúdos  instintivos,  hereditários,  da  mente,  bem como aos conteúdos recalcados ao longo da história de vida do indivíduo. O inconsciente  não  esquece nada, todos  os  incidentes  da  história  do  individuo  ficam retidos e guardam a mesma força e vivacidade do momento em que foram vividos.

Estruturada Psique: O  Consciente  corresponde  à  dimensão  racional  da  Psique.  Ao  nível  do  Consciente  tomamos conhecimento da  realidade exterior  e, também, dos  nossos conteúdos  mentais não  recalcados ao  nível  do  inconsciente.  Freud  defendeu  que  a  consciência  engloba  apenas  uma  dimensão  da Psique.   O  Inconsciente  é,  então,  a  mais  importante  instância da  Psique, e  a mais  vasta.  É  aí  que está a chave  para  a  interpretação  do  sentido  de  todos  os  nossos  comportamentos  e,  em  geral,  da nossa vida psíquica.   Entre  o  Consciente  e  o   Inconsciente,  existe  uma  antecâmara,  o   Pré-consciente,  que  permite que alguns conteúdos  do Inconsciente acedam à consciência, mas  “travestidos”, “disfarçados”, por  forma  a  evitar  distúrbios  ao  nível  do  Consciente.  Assim,  o s  conteúdos  de  origem  libidinal, ligados ao instinto sexual, podem aceder à consciência sob  uma forma simbólica, não geradora de tensão.  Mas,  além  disso,  existe  um  mecanismo  de  segurança  que  impede  que  os  conteúdos ameaçadores da sanidade mental e da sobrevivência física ou social do indivíduo acedam à  consciência:  trata-se  da  Barreira  da  Censura  que  é  responsável  pelo  recalcamento  desses conteúdos  perigosos.  Esta  instância  daria  lugar  aos  mecanismos  de defesa  do  Ego,  quando Freud desenvolveu a sua teoria psicanalítica

ID:  Formado  por  instintos,  impulsos  orgânicos  e  desejos  inconscientes  e  regido  pelo   princípio do  prazer,  que  exige  satisfação  imediata.  É  a  energia  dos  instintos  e  dos  desejos  em  busca  da realização desse princípio do prazer.   EGO:  O  Ego  é  a  soma  total  dos  pensamentos,  ideias, sentimentos,  lembranças  e  percepções sensoriais.  É  a  parte  mais  superficial  do  indivíduo  (da  Psique),  a  qual  tem  por  funções  a comprovação  da  realidade  e  a  aceitação,  mediante  seleção  e  controle,  de  parte  dos  desejos  e

exigências  procedentes  dos  impulsos  que  emanam  do  id.  Obedece  ao  princípio  da  realidade, ou  seja,  à  necessidade  de  encontrar  objetos  que  possam  satisfazer  o   id  sem  transgredir  as exigências do superego.

SUPEREGO: É inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id,  impedindo-o  de  satisfazer  plenamente  os  seus  instintos  e  desejos.  É  a  repressão, particularmente,  a  repressão  sexual.  Manifesta-se  à  consciência  indiretamente,  sob  forma  da moral, como um conjunto de interdições e deveres, e por meio da educação, pela produção do "eu ideal", isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa.  Fundamentos da teoria da motivação: 1. Todas as nossas motivações são pulsionais. 2. A pulsão é uma força ou energia que tem como fonte uma tensão orgânica contínua e com o objetivo de descarga da tensão acumulada. 3. A líbido (desejo sexual) é a principal manifestação da energia pulsional, pelo que  desempenha um papel preponderante nos nossos comportamentos. 4.  A  não   libertação  das  energias  pulsionais  acumuladas  (na  maior  parte  das  vezes  pela intervenção do superego) gera conflitos intra-psíquicos que conduzem à ansiedade e à neurose. 5. Se a saída normal (para a libertação dessas energias) estiver bloqueada, a libertação tenderá a realizar-se por outras vias. 6. Existe um conjunto de mecanismos de defesa do ego que permitem resolver os conflitos  intra-psíquicos, garantindo o equilíbrio psíquico do indivíduo.  Mecanismos de defesa do Ego: São  estratégias  inconscientes  de  resolução  de  conflitos  intra-psíquicos  e  da  redução  das energias pulsionais que estão na sua origem. Ex:  Recalcamento,  Racionalização,  Projeção,  Deslocamento,  Regressão,  Compensação  e Sublimação.  Desenvolvimento da Personalidade: Freud  encontra  duas  premissas  fundamentais  à  psicanálise,  dá  como  adquirido  a  existência  do inconsciente e da sexualidade. Baseado nestas premissas, elaborou as fases psicosexuais:

Fase oral (0-2 anos)

A  região  buco-labial  é  a  zona  erógena  deste  estágio,  que  é  constituído  por  duas  atividades,  a sucção e  o  morder.  A  primeira relação  que o  bebê  tem  com a  mãe  e  a  exploração de  objetos é feita através da  boca. Na fase  tardia do  estádio oral, com  o aparecimento dos dentes,  a sucção transforma-se em morder. Segundo Freud, é ao  longo deste  estádio que o  Ego se diferencia do Id,  visto  que  o  início  da  sua  atividade  tem  a  ver  com  o  princípio  do  prazer  (ex:  o  mamar  que gera prazer  assim, o seio materno é o primeiro objeto sexual do indivíduo). Neste  estádio  o  Super-Ego  ainda  não  existe,  visto  que  o  bebê  ainda  não  tem  a  noção  do mundo.

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