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O Fichamento o Alienista

Por:   •  25/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.432 Palavras (6 Páginas)  •  309 Visualizações

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Fichamento

  1. Indicação bibliográfica

 REFERÊNCIA: ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994. v. II

2) Resumo

O escritor Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 1839 no Rio de Janeiro. Tem infância humilde, filho de pai negro alforriado, amante da leitura, vai se constituindo junto à imprensa como tipógrafo, revisor e colaborador. Se aproxima de Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias. Em 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, passa a fazer parte da redação do jornal Diário do Rio de Janeiro. Em 1867 torna-se diretor do Diário Oficial. Entre março e dezembro de 1880 publica na forma de folhetim Memórias Póstumas de Brás Cubas. Em 1881 o compendio é publicado na forma de livro e juntamente com O Mulato, de Aluísio de Azevedo é considerado marco do realismo na literatura brasileira. No ano seguinte se dedica à elaboração de Papéis Avulsos, encabeçado pela novela O Alienista, em suas obras retrata a sociedade burguesa do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. A obra de Machado de Assis caracteriza-se pelos traços básicos, que são: o pessimismo, o psicologismo e a ironia (humor negro) Divide-se também em duas partes: a fase romântica, até 1881, e a fase realista, a partir de 1881. O Alienista faz parte desta segunda fase.

 

A história de Dr. Simão Bacamarte, um médico com grande nome no Brasil, Portugal e Espanha formado em Coimbra é relatada neste livro.

Aos trinta e quatro anos Dr. Bacamarte retorna ao Brasil e a sua cidade natal Itaguaí com a viúva Evarista da Costa e Mascarenhas seis anos depois, uma senhora que não tinha beleza e nem simpatia, porém justifica que ela reunia condições fisiológicas e anatômicas como nenhuma outra mulher, e percebia detalhes nela presentes como digerir com facilidade, sono regulado, tinha bom pulso e enxergava muito bem, e justificava como não é bonita não vai tirar minha atenção, 3) Citação (ASSIS, 1839, p.2) “Agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte”. Dr. Bacamarte a considerava apta para gerar filhos saudáveis e inteligentes, porém não os tiveram, mesmo depois de muitos tratamentos. Assim se dedicou a sua ciência sendo bastante rigoroso e passou a se dedicar a estudar a mente humana.

Diante e durante suas pesquisas, ele pede autorização à Câmara de vereadores para poder construir um hospício e assim abrigar os loucos da cidade que ficavam presos dentro de suas casas. Tendo seu projeto aprovado ele inicia a construção do hospício que ficava localizada na Rua Nova, possuía cinquenta janelas em cada lado, um pátio, e cubículos para os enfermos. Foi batizado com o nome de Casa Verde por serem a janelas dessa cor. Devido ao recebimento de muitos pacientes vindos de cidades vizinhas, Dr. Bacamarte resolve construir mais novos espaços para poder hospedar mais e mais doentes mentais, mais trinta e sete quartos novos, e recebia monomaníacos, os doentes de amor, esquizofrênicos, e outros.

 Chamado de alienista o Dr. Fez uma classificação de todos seus enfermos. Dividiu-os em duas classes: os furiosos e os mansos, e depois a subclasses: monomanias, delírios, e alucinações. Feito isto começou a estudar em continuo, analisando os hábitos, as horas de acesso, as aversões, as simpatias, as palavras, os gestos, as tendências, além de passar a investigar a vida particular dos doentes como, profissão, costumes, circunstancia da revelação mórbida, acidentes na infância na mocidade, doenças de outras espécies, antecedentes na família. (hoje chamada de anamnese). Assim passava a conhecer toda vida do paciente e a cada dia tomava nota de uma observação nova, uma descoberta que julgava interessante, ou um novo fenômeno.

A partir dessas descobertas estuda melhor regime, novas substâncias de medicamentos, meios curativos e os meios paliativos. Dr. Bacamarte cada vez passa tempo com seus doentes, cada vez mais anotações de suas pesquisas, já quase não dormia e nem comia, e se entrega a seu projeto de pesquisa.

A primeira internação surpreende a população de Itaguaí o doente Costa, um herdeiro de renome e depois sua prima, Mateus o albardeiro conhecido e de renome, outro chamado Martim Brito, o Jorge Borges do Couto Leve, Chico das Cambraias, Fabrício o escrivão, um por um dos habitantes foram sendo diagnosticados como loucos e foram condenados ao hospício da Casa da Verde.

Algum tempo depois cerca de trinta pessoas se uniram e começaram uma rebelião que teve por líder o barbeiro, e se foram até a Câmara embora o protesto fora ignorado, este movimento começou crescer e chegou a trezentas pessoas e chamava a Casa Verde de Bastilha da razão Humana. E até houve participantes do movimento que foram colocados dentro do hospício aumentando o numero dentro da Casa Verde, inclusive o presidente da Câmara, e ate mesmo a esposa do Dr. Dona Evarista  foi trancada na casa verde sendo acusada de “mania suntuária” (mania em gastar dinheiro, fazer despesas).  

Finalmente ocorre uma grande reviravolta quando todos os que estavam na casa verde foram livres e colocados na rua. Em Itaguaí agora reina ordem, os moradores de volta aos seus lares, a suas vidas. E assim o médico Bacamarte se decide ele mesmo se internar voluntariamente na Casa Verde, começou a estudar a si mesmo e após dezessete meses não achou sua cura, faleceu e foi enterrado com muita solenidade.

  1. Comentários

Sobre a obra

Em sua obra Machado questiona a ideia de ser a ciência única produtora de verdade e sua pretensão em como se apresenta como um saber neutro e desinteressado; faz uma denuncia a função da psiquiatria no que concerne a  construção do ideal de normalidade e de sociedade, como também a relação entre a psiquiatria e ordem pública.

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