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O HOMEM QUE CONFUNDIU SUA MULHER COM UM CHAPÉU

Por:   •  18/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.679 Palavras (11 Páginas)  •  1.179 Visualizações

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Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas

Bacharelado em Psicologia

Bases da Avaliação Psicológica

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS)

“O HOMEM QUE CONFUNDIU SUA MULHER COM UM CHAPÉU”

SÃO PAULO

2021

Caso Clínico

 “O HOMEM QUE CONFUNDIU SUA MULHER COM UM CHAPÉU”

INTRODUÇÃO

Este trabalho teve por finalidade, a leitura do caso clínico “O homem que confundiu sua mulher com um chapéu”, do escritor e neurologistas Oliver Sacks e após analisar o caso, responder as questões disponibilizadas para a avaliação psicológica do caso clínico em questão, realizada pelo neurologista Oliver Sacks.

ANÁLISE DO CASO CLÍNICO

Primeira consulta do paciente ao Dr. Sacks

Demanda:

  1. Quem encaminha o paciente para o Dr. Sacks?

 

O encaminhamento do paciente Dr. P. ao Dr. Sacks foi através de um médico oftalmologista que, que após examiná-lo e ter feito um exame minucioso, constatou que não havia nada de errado com os olhos do paciente, mas concluiu que havia um problema nas partes visuais do cérebro dele.

  1. Qual alteração se observava no Dr. P.?

O Dr. P. estava em um processo continuo de não reconhecer as faces (prosopagnosia) das pessoas de seu convívio, além disso, via rostos em objetos inanimados, bem como afagar o topo de hidrantes e parquímetros pensando que eram cabeças de crianças; assim como, dirigia-se cordialmente aos puxadores esculpidos dos móveis e se espantava quando eles não respondiam; ele não reconhecia o rosto de seus alunos, reconhecia-os apenas pela voz; dentre outras alterações estão diversos episódios de confusões visuais que permeavam sua rotina. O que de principio essa limitação foi encarada como algo insignificante, era motivo de graça para alguns que acreditavam que os enganos eram propositais.

Durante três anos Dr. P. não deu importância para seus problemas visuais e só procurou ajuda, após diagnostico de diabetes. Após a consulta ao Oftalmologista, o mesmo identificou problema nas partes visuais de seu cérebro, partes responsáveis pela percepção visão.

  1. Existe a demanda do Dr. P. de ser avaliado?

Sim, uma vez que sua interpretação da realidade acontece de uma forma não habitual e tais sintomas não se relacionam com nenhuma alteração fisiológica da estrutura oftalmológica.

Observações:

  1. O que Dr. Sacks observou para, logo de início, descartar o diagnóstico de demência?

Durante o processo de entrevista o Dr. Sacks descartou de início a possibilidade de se tratar de uma demência porque o paciente demonstrou uma série de comportamentos incompatíveis com esse diagnóstico e concluiu que ele gozava de plenas faculdades mentais, porém era evidenciado que havia algo de errado com sua visão e seu comportamento. Verificou-se que Dr. P. cultivava várias habilidades, tais como de comunicação e interação, era um homem muito culto e simpático, falava bem, com fluência, imaginação e humor, além de demonstrar ser um homem culto com uma vida funcional, esses atributos foram suficientes para afastar a possibilidade de um distúrbio senil.

Os primeiros sintomas identificados pelo médico foram: a não fixação dos olhos no rosto como um todo, aparentemente Dr. P. examinada cada detalhe separadamente; e o segundo foi a anormalidade nos reflexos do lado esquerdo do cérebro.

  1. O que Dr. Sacks observa a respeito da percepção do Dr. P., detectando “algo estranho”?

Dr. Sacks observava que havia algo anormal, porque durante uma conversa, Dr. P. ficava de frente para ele quando falava, estava orientado para ele, porém Dr. P. era incapaz de olhar-lhe nos olhos. Acabou por constatar que Dr. P. o encarava com os ouvidos, mas não com os olhos, ou seja, era incapaz de fixar o olhar em um rosto, fitando-o apenas partes dissociadas dos rostos humanos. Além de orientar-se pela audição quando se comunicava com as pessoas e interagia com o ambiente.

6) Quais auto-observações do Dr. Sacks, a partir de seus estados emocionais, propiciaram sua percepção do Dr. P.?

O Dr. Sacks percebia momentos de estranhezas de Dr. P., como por exemplo, ser simpático até com coisas que na vida normal seriam irritantes; esquecer-se de calçar o sapato e confundi o pé com o sapato após uma bateria de exames neurológico; como tentar vestir sua mulher como se ela fosse um chapéu ou ficar feliz por ter visto pessoas almoçando no terraço quando na verdade lhe foi mostrado a fotografia de um deserto, onde a reação do paciente não era de estranhamento diante de tais confusões, como se ele não tivesse ideia da gravidade de sua condição. Tais situações levaram o Dr. Sacks a se questionar por várias vezes se Dr. P. estaria brincando ou estaria louco, estaria cego, etc..., mesmo porque, em várias delas, Dr. P. parecia despreocupado, indiferente, talvez estivesse achando graça. Mesmo com vários questionamentos, Dr. Sacks identificou que sua acuidade visual era boa: ele não tinha dificuldade para enxergar um alfinete no chão, embora às vezes não o visse quando era posto à sua esquerda. Porém, muitos questionamentos persistiam, como por exemplo, como é que ele podia, por um lado, confundir sua mulher com um chapéu e, por outro, como aparentemente ainda fazia, lecionar na faculdade de música?

Testes:

7) O que Dr. Sacks buscava investigar quando pediu que Dr. P. descrevesse fotografias de uma revista?

Ao descrever as fotografias da revista o Dr. Sacks esperava que o paciente estabelecesse uma relação com a figura como um todo. Sendo assim, ele buscava entender como funcionava não só a sua capacidade oftalmológica, mas o conteúdo do que ele via, forçando-o a analisar um cenário completo.

Conclusão:

8) Quais forças e dificuldades do paciente foram avaliadas pelo Dr. Sacks, quais dúvidas permaneceram e como ele se propôs a continuar a investigação?

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