O Início do Behaviorismo

1.         Desde o início do Behaviorismo, a ideia de ciência e comportamento era vista por grupos behavioristas de modos opostos, acreditavam que cada vertente tinha sua devida finalidade. Porém davam credibilidade a ''possibilidade'' de existir uma “ciência do comportamento” em si, tanto que diziam que a ciência do comportamento devia ser a psicologia. A partir daí essa teoria passa a ser nomeada como análise comportamental, embora muitos psicólogos ainda não vejam a ciência tendo como objetivo o nosso comportamento. A análise comportamental é especificamente um conjunto de conceitos da ciência.

        O Behaviorismo, não é considerado uma ciência, mas sim uma filosofia da ciência, onde aborda muitas explicações sobre nosso comportamento, nossas escolhas, e atribuições que muitas vezes vão contra a nossa atual forma de pensar. Toda teoria hoje denominada ciência foi desenvolvida pela filosofia, muitas implicações contradiziam essas teorias até o ponto de totalmente serem considerada como verdadeira ciência. Não foi diferente com a psicologia, debates sobre ser uma ciência ainda estão em processo, mas foi denominada como uma ciência da mente desde o século XIX. A dificuldade nesse período foi descobrir como estudar a mente humana, foi aí que decidiram aderir alguns métodos filosóficos para tentar compreender alguns fenômenos, onde o método escolhido de primeiro instante foi  à introspecção. Esse método causou grande dificuldade pois buscavam por explicações que fossem verdadeiras e não conseguiam chegar nesse ponto pois viam esse método como subjetivo e de pouca confiança, e para melhorar o processo foram então divididas dois formas de pensamento, a psicologia objetiva e a comparativa.  

        A psicologia objetiva tratava-se de um método para medir o tempo que determinada pessoas levava para responder aos estímulos (testes que eram aplicados), e foi onde perceberam que esse procedimento também poderia ser utilizado em pesquisas de laboratório, que dariam maiores resultados aos testes.

        Na psicologia comparativa acreditava-se na continuidade de espécies, que o ser humano compartilhava não somente traços anatômicos como também comportamentais com seres de espécies diferentes na medida em que partilhavam a mesma história evolutiva, podendo então ter certa comparação entre seus traços mentais para conhecer melhor a nossa própria espécie. Os psicólogos começaram a conduzir experimentos com animais em laboratórios. O rato foi um dos objetos de pesquisa desse ramo, eles eram colocados em labirintos, e observado o tempo que ele levava para atravessar esse obstáculo, porém tiveram grandes falhas, percebiam que o rato já não respondia mais á situação, aparentava estar aborrecido por não conseguir fazer algo, ou estar confuso, o que  resultou em um procedimento introspectivo e pouco confiável para a ciência. Esse método de analogia entre animais e seres humanos juntamente a introspecção não poderiam condizer a métodos para uma verdadeira ciência.

Com a primeira versão do behaviorismo, muitos psicólogos se encontravam insatisfeitos com os métodos de analogia e introspecção, e pelos devidos esforços para desenvolver esse método a psicologia ganhou uma definição como “Ciência da Consciência”, principalmente por ser incapaz de tornar-se uma ciência com base nos métodos anteriores. Watson para evitar esses termos deixou que desse continuidade ao estudo do comportamento humano e animal, porém eram métodos que não fariam utilidade alguma de termos como “mente” e “consciência”, evitando também a  subjetividade da introspecção e analogias , para observar somente comportamentos objetivamente observáveis . Dessa forma passaram a acreditar na possibilidade de criar uma ciência natural do comportamento e tornar a psicologia como essa ciência.