O Levantamento Bibliográfico
Por: Rafaela Guzmán • 14/2/2018 • Trabalho acadêmico • 1.423 Palavras (6 Páginas) • 355 Visualizações
- INTRODUÇÃO
- Apresentação
Este trabalho foi escrito pelos alunos do 4º/3º semestre de Psicologia da Universidade Paulista, para a disciplina de sócio- interacionista ministrada pela professora Dra Ana Karina Amorim Checchia. Sobre como as crianças irão utilizar o seu mecanismo interacionista, no que se refere a linguagem e pensamento, fala egocêntrica, fala interna, memória, signo e símbolos. A intenção é ver como ela entende os objetos que estão a sua volta e como ela se coloca em determinadas situações em que não se pode utilizar uma determinada palavra, e se ela compreende os símbolos utilizando os signos internalizados pelo seu contexto histórico social. Os instrumentos e signos são importantes elementos de auxilio para os seres humanos, principalmente o signo que é uma marca externa que colabora em tarefas que exigem atenção e memória. Por meio do uso dos signos e as atividades do cotidiano mostrando que, O papel do adulto se mostrou importante em todas as faixas etárias estudadas .
1.2 Tema/ Levantamento bibliográfico
O trabalho de Lev Vygotsky (1934) tornou-se o fundamento de muitas pesquisas e teorias do desenvolvimento cognitivo nas últimas décadas, particularmente do que se tornou conhecido como Teoria do Desenvolvimento Social.
Vygotsky estudou o desenvolvimento infantil e os papéis significativos da mediação cultural e comunicação interpessoal. Ele observou como as funções mentais superiores se desenvolveriam através dessas interações, e também representaram o conhecimento compartilhado de uma cultura. Esse processo é conhecido como internalização. A internalização pode ser entendida em um aspecto como "saber como". Por exemplo, as práticas de andar de bicicleta ou derramar uma xícara de leite são inicialmente fora e além da criança. O domínio das habilidades necessárias para realizar essas práticas ocorre através da atividade da criança dentro da sociedade. Um outro aspecto da internalização é a apropriação, na qual a criança toma uma ferramenta e a torna sua, talvez usando isso de uma maneira única para si mesmo. Internalizar o uso de um lápis permite que a criança use muito para seus próprios fins, em vez de desenhar exatamente o que os outros na sociedade desenharam anteriormente.
As teorias de Vygotsky enfatizam o papel fundamental da interação social no desenvolvimento da cognição (Vygotsky, 1978), pois ele acreditava fortemente que a comunidade desempenha um papel central no processo de "fazer sentido".
Para compreendermos Vygotsky, temos que ter o entendimento de que nenhum princípio único (como o equilíbrio de Piaget) pode explicar o desenvolvimento. O desenvolvimento individual não pode ser entendido sem referência ao contexto social e cultural dentro do qual está incorporado. Processos mentais superiores no indivíduo têm sua origem em processos sociais. Ele vai falar da fala egocêntrica e internalizada, onde a primeira é quando as crianças mais novas precisam expor seu pensamento para internalizar algo ou seja, quanto mais complexa a atividade, maior é o aparecimento da fala egocêntrica, que é a verbalização do plano de ação para que seja aplicado no jogo das cores proibidas quanto mais complexo ia ficando para as crianças mais novas 4 à 7 anos essa fala ficou mais evidente, para as crianças um pouco mais velhas a fala internalizada é mais comum a fala privada é a conversação automática de crianças (e adultos) que podem servir para orientar ações e ajudar a pensar. Enquanto Piaget pode ver o discurso privado como egocêntrico ou imaturo, Vygotsky entendeu a importância do discurso autodirigido. O discurso privado é considerado regulação auto-dirigida e comunicação com o eu e torna-se internalizado após cerca de nove anos.
"Zona de desenvolvimento proximal" (ZPD) é o termo de Vygotsky para a gama de tarefas que uma criança está no processo de aprender a completar. Nos escritos originais de Vygotsky, esta frase é usada em três significados diferentes. Vygotsky viu o ZPD como uma maneira de explicar melhor a relação entre a aprendizagem das crianças e o desenvolvimento cognitivo. Antes da ZPD, a relação entre aprendizagem e desenvolvimento pode ser reduzida à seguinte idéia, o aprendizado e o desenvolvimento não podem ser separados, mas ocorrem simultaneamente: essencialmente, o aprendizado é o desenvolvimento sendo mediado pela sociedade e cultura, segundo a autora “ Vygotsky trabalha então, com a noção, de que a relação do homem com o mundo não é uma relação direta mas, fundamentalmente, uma relação mediada “ (Oliveira 2001, pag 27). O jogo das cores proibidas entra como papel fundamental para que a criança comece a interagir e mostrar o que foi internalizado e como ela lida com os signos e símbolos do jogo “Signo é um meio auxiliar para a resolução de um problema psicológico, (lembranças, comparações, escolhas) o signo é como se fosse um instrumento, mas no âmbito psicológico, não sendo palpável; tendo sido inclusive designado por Vygotsky também de “Instrumentos psicológicos”. (OLIVEIRA, 2001, p.30)”, segundo o artigo da autora Regina Maluf “São indicadores de sua presença os vários tipos de recursos mnemônicos, como sinais na madeira ou nós no lenço, ou os inícios da escrita, mostrando que desde os primeiros estágios de seu desenvolvimento histórico os humanos ultrapassaram os limites das funções dadas a eles pela natureza e organizaram seu comportamento sob formas culturalmente elaboradas, realizando assim operações com signos. Tais operações introduzem uma mudança na estrutura psicológica e são o produto de condições específicas do desenvolvimento social”.
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