O NEUROPSICOLOGIA NO BRASIL
Por: Cindy Leal • 9/9/2018 • Trabalho acadêmico • 964 Palavras (4 Páginas) • 175 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
Cindy Harrys Leal
Jamile Sales Rocha
RESUMO DO CAPÍTULO: NEUROPSICOLOGIA NO BRASIL
Boa Vista-RR
2018
Neuropsicologia no Brasil
De acordo com Hecaln e Albert, a neuropsicologia é o estudo dos mecanismos neurais que subservem o comportamento humano. Por mais que Hipócrates, “pai da medicina”, já discutisse que é do cérebro que provêm nossos prazeres, risos e impulsos, assim como dores e lágrimas, foi com o Broca, este encarregado pela descoberta de uma parte do cérebro humano responsável pela expressão da linguagem que contém programas motores da fala, denominado área de Broca, que a neuropsicologia teve início com a relação entre a lesão de uma região do cérebro com a atuação de uma função especifica.
A psicologia cognitiva é um ramo da psicologia que busca cientificamente explicações sobre o processamento da atenção, memória, funções visuomotoras, linguagem e do pensamento, por meio do substrato anatômico cerebral. Na década de 70, Miller e Gazzaniga introduziram o termo “neurociências cognitivas”, para distinguir das neurociências do comportamento, voltadas para pesquisa de hormônios e condicionamento em animais. Porém, essas duas áreas cada vez mais se relacionam, por causa de experimentos em animais que demonstraram que o comportamento instintivo de autopreservação e preservação da espécie e o motivacional margeiam a cognição e nela adentram ao longo da filogênese.
A neuropsicologia é o campo de intersecção desses dois campos de estudo, além disso ela tem ramificações que alcançam muitas outras áreas do conhecimento.
Da neurologia e Psicologia à Neuropsicologia
O fundador da Neuropsicologia no Brasil, foi Antonio Branco Lefévre. A característica multidisciplinar da neuropsicologia pode ser ressaltada desde seu primórdio quando equipes de neurologistas, neurocirurgiões, psiquiatras, neurofisiologistas e psicólogos se uniram para participar de grupo de estudos e de trabalhos de reabilitação de pacientes com distúrbios neuropsicológicos. O crescente número de neuropsicólogos e o refinamento da avaliação e da interpretação neuropsicológicas aumentaram em respostas ao crescente conhecimento e demanda. O Conselho Federal de Psicologia reconheceu a Neuropsicologia como especialidade da Psicologia em 2004.
A Psiquiatria e a Neuropsicologia
A questão da Psiquiatria sofreu um avanço farmacológico com sua introdução na prática clínica, que melhoravam a sintomatologia psiquiátrica, aliado com a psicoterapia. O avanço do conhecimento, que iniciou com o termo “lobo límbico” por Paul Broca, depois por Papez sobre emoções e MacLean sobre a importância de outras regiões cerebrais no processamento emocional fizeram com que a psiquiatria se aproximasse da neurologia com a compreensão dos neurotransmissores e dos fundamentos neurobiológicos dos estados emocionais e do comportamento.
Os psiquiatras hoje se preocupam em saber como, onde e em quais circuitos cerebrais ocorre a ação de seus medicamentos. Relacionando as duas áreas, o neuropsicólogo participa da avaliação das funções cognitivas e da terapia cognitivo-comportamental.
A interpretação emocional deve ser o cerne para a capacidade adaptativa. A pessoa que não consegue discernir se o outro está triste ou com raiva ou demonstrar adequadamente suas próprias emoções tornará suas relações interpessoais confusas e conflitantes. Esta teoria da mente é um trabalho de Premack e Woodruff, que designa o processo pelo qual entendemos as nossas próprias emoções e as dos outros, e que capacita a prever ações ou intenções de outras pessoas.
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