O PRECONCEITO
Por: Ana Luisa Canellas • 15/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.249 Palavras (5 Páginas) • 214 Visualizações
PRECONCEITO (proc. de ultrageneralizações que nega a diferença)
- Vida cotidiana pressupõe imitação e a mimese (fenômeno generalizado) conduz à alienação.
Generalizar o fenômeno cria o risco de negar à Diferença e cria o processo de alienação (naturalização de Fenômeno social – produto da ação humana).
Ultrageneralização: impossibilita o diferente.
Pensamento cotidiano é pragmático (imediato) que leva a ultrageneralizações (preconceito);
- quando pensamos pragmaticamente favorecemos a Ultrageneralização.
PRECONCEITO: ultrageneralizações e alienação.
Preconceitos servem para consolidar e manter a estabilidade e a coesão da integração social (dada)
Ultrageneralizações: assumimos estereótipos, analogias e esquemas já elaborados.
“O conceito do preconceito é complexo também porque se situa como resultante de conflitos dentro de cada uma das dimensões mencionadas da realidade: a social e a individual. No conflito social, manifesto na esfera da cultura entre a luta contra a natureza necessária para a autobservação e a regulamentação para o convívio social, no conflito individual, entre os desejos dos indivíduos e a possibilidade de sua realização”.
O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE
Homem como ser histórico-social. Produto e produtor da sociedade. Relação Dialética que forma homem e sociedade. Sociedade e homem sempre em movimento e transformação.
A sociedade enquanto um fenômeno dialético. A sociedade é um produto do homem. E o homem é um produto da sociedade.
É dentro da sociedade, e como resultado de um processo social, que o indivíduo se converte em pessoa, adquire e mantém uma identidade e realiza os diversos projetos que constituem sua vida.
O processo dialético é dividido em três “etapas” inseparáveis para a compreensão da realidade:
EXTERNALIZAÇÃO: é o voltar-se permanente do ser humano para o mundo, tanto na atividade física quanto mental. Possibilita que eu apreenda (tome para si) o mundo;
OBJETIVAÇÃO: conquista pelos produtos desta atividade, de uma realidade que se enfrenta com seus produtos originais como uma facticidade. (caráter próprio da condição humana pelo qual cada homem se encontra sempre já comprometido com uma situação não escolhida) externa a eles e diferente deles. Produto que foi produzido e vai ser internalizado.
INTERNALIZAÇÃO: reapropriação pelos homens desta mesma realidade, que eles transformam novamente, de estruturas do mundo objetivo em estruturas da consciência subjetiva.
A sociedade chega a ser um produto humano pela externalização. Converte-se em uma realidade sui generis pela objetivação. E é pela internalização que o homem se torna produto da sociedade.
!! A realidade está objetivada. A medida que me aproprio, posso transformar significados do mundo em um sentido particular/subjetivo (crença). A medida que ajo sobre o mundo com que me aproprio eu transformo!!
EXTERNALIZAÇÃO:
- é uma necessidade antropológica. O ser humano se externaliza por essência.
- Animal não humano: vive num mundo que é determinado, de maneira mais ou menos completa, por sua estrutura instintiva. Estrutura do homem, ao nascer, não está especializada nem dirigida para o meio específico de uma espécie. Mundo antecede sua aparição, mas deve ser modelado por ele, estabelecendo uma dupla relação com o mundo.
- Homem não somente cria o mundo, mas também cria a si mesmo.
- Constrói um mundo humano = cultura.
CULTURA: produto da própria atividade do homem, que deve criar e recria-la de maneira contínua. Consiste na totalidade dos produtos do homem, sendo alguns materiais e outros não; Ex: ferramentas que modificam a natureza, linguagem, etc.
SOCIEDADE: aspecto da cultura que estrutura as relações permanentes de homens com seus semelhantes. Ela se constitui e se mantém por meio da ativ. Humana. Não há nenhum ser, nenhuma realidade, à parte dessa atividade.
A sociedade, assim, não é apenas um resultado da cultura, mas uma condição necessária desta. E é compreendida como fundada na externalização do homem.
A “matéria” como são feitas a sociedade e todas suas formações consiste nos significados humanos externalizados na atividade humana.
OBJETIVAÇÃO: transformação dos produtos do homem em um mundo que não apenas deriva do homem, mas que também o enfrenta como uma realidade exterior a ele mesmo.
“O homem fabrica uma ferramenta e mediante esta ação enriquece a totalidade de objetos físicos existentes no mundo. Uma vez produzida, a ferramenta tem um ser próprio, que não pode ser modificado facilmente por aqueles que a usam.”
Cultura e objetividade: A cultura é objetiva enquanto enfrenta o homem com um conjunto de objetos do mundo real, que existem fora de sua consciência. Ela está ali. Porém, pode ser experimentada e aprendida, em companhia. Ela está ali para todo mundo. Existir na cultura significa compartilhar um mundo particular de objetividades com outros.
Sociedade e objetividade: A sociedade se objetiva na atividade humana; a sociedade é um produto da atividade humana que alcançou a categoria de realidade
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