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O Pai da Psicologia

Por:   •  20/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.750 Palavras (11 Páginas)  •  319 Visualizações

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Wilhelm Wundt: O pai da psicologia.

           Wilheim Wundt é considerado o pai da Psicologia, pois fez com que a mesma se tornasse uma ciência independente.

           Wundt era um homem solene e erudito, escreveu muitos livros e artigos apresentando suas concepções sobre a natureza da psicologia. Wundt acreditava que os psicólogos deveriam investigar os processos elementares da consciência humana, suas combinações e relações.

           Wilhelm Wundt passou os primeiros anos de sua vida em aldeias próxima de Mannheim, na Alemanha. Teve uma infância solitária, seu irmão mais velho ficava em um internato. Seu pai era pastor, mas Wundt não tinha boas recordações dele embora tanto o pai como a mãe fosse descritos como pessoas sociáveis. Ele se recordava de um dia em que o pai foi visita-lo na escola e lhe deu uma bofetada no rosto por não prestar atenção ao professor.

           Em certo momento a responsabilidade pela sua educação ficou a cargo de um assistente do pai, um jovem vigário por quem o garoto acabou criando uma forte afeição.

          Quando o mentor foi transferido para uma cidade vizinha, Wundt ficou tão aborrecido que foi autorizado a viver com ele até os 13 anos.

           A família Wundt era dotada de forte tradição, com ancestrais renomados intelectualmente em praticamente todas as áreas. Mas parecia que com Wundt não aconteceria o mesmo. Ele passava a maior parte do tempo sonhando em vez de estudar, e foi reprovado no primeiro ano do Gymnasium. Sua relação com os colegas de classe não era muito boa e ele era ridicularizado pelos professores. 

           Aos poucos, no entanto, aprendeu a controlar seus sonhos, tornando-se relativamente popular. Embora nunca houvesse gostado da escola, esforçou-se para desenvolver seus interesses e sua capacidade intelectual. Quando se formou, com 19 anos, estava preparado para prosseguir os estudos universitários. Decidiu tornar-se médico. No decorrer do curso, percebeu não ter tanto interesse por medicina e decidiu especializar-se em fisiologia.

           Depois de estudar um semestre na Universidade de Berlim, com o importante fisiologista Johannes Müller, retornou à Universidade de Heidelberg e completou o doutorado em 1855. Foi indicado para ser assistente de laboratório de Helmholtz.

           Wundt detestou a tarefa de dar orientações básicas aos estudantes no laboratório e deixou a função. 

           Estando envolvido na pesquisa em fisiologia, Wundt começou a conceber o estudo da psicologia como uma disciplina científica experimental e independente. Primeiramente, sintetizou as ideias no livro intitulado Contribuições para a teoria de percepção sensorial, publicado em partes, entre 1858 e 1862. Além de descrever suas experiências originais, realizadas em um laboratório improvisado em sua casa, ele exprimiu seus pontos de vista, acerca dos métodos da nova psicologia, usando pela primeira vez o termo psicologia experimental. Esse livro, juntamente com o Elementos de Psicofísica (1860), de Fechner, é considerado marco literário do surgimento da nova ciência.

           Cerca de 30 anos mais tarde, veio á tradução para o inglês de seu livro e as seguidas reimpressões da obra após a morte de Wundt em 1920.  Wundt abordou vários temas, como o tempo de reação e a psicofísica, que ocupariam a atenção dos psicólogos experimentais durante vários anos.

        Em 1867, Wundt começou a ministrar um curso de psicologia fisiológica na Heidelberg, o primeiro curso formal dessa área no mundo. Suas aulas também produziram material para outro importante livro, Princípios da psicologia fisiológica, publicado em duas partes, em 1873 e 1874. Em 37 anos, foram publicadas seis edições, sendo a última publicada em 1911. Sem sombra de dúvida sua obra-prima, na qual Wundt estabeleceu a psicologia como uma ciência laboratorial independente, com perguntas e métodos de experimentação próprios. Por vários anos, as sucessivas edições desse livro serviram como base de informações para os psicólogos experimentais e de registro do progresso da nova psicologia.

           O termo psicologia fisiológica pode dar margem a interpretações equivocadas, já que naquela época, a palavra fisiológica era usada como sinônimo da palavra alemã que queria dizer experimental.

           Wundt começou a mais longa e importante fase da sua carreira em 1875, ao tornar-se professor de filosofia da Universidade de Leipzig, onde trabalhou durante 45 anos. O laboratório de Wundt e também a sua crescente fama atraíram a Leipzig muitos estudantes que desejavam trabalhar com ele, dos quais vários se tornaram pioneiros, difundindo versões próprias de psicologia para as gerações seguintes. Entre eles estavam diversos americanos que retornaram aos Estados Unidos para implantar laboratórios próprios. Assim, o laboratório de Leipzig exerceu enorme influência no desenvolvimento da psicologia moderna, servindo como modelo para novos laboratórios e constantes pesquisas. Além dos laboratórios instalados nos Estados Unidos, outros foram implantados por alunos de Wundt na Itália, na Rússia e no Japão.

           Pude perceber que Wundt, não consultou qualquer tipo de anotação para dar a aula nem olhou em algum momento para o suporte de livros, embora tivesse alguns papéis misturados entre os cotovelos. Wundt não deixava os braços sobre o descanso: mantinha os cotovelos fixos, mas movia constantemente os braços e as mãos, apontando e acenando. Os movimentos eram controlados e pareciam de alguma forma, misteriosamente ilustrativos... Ele parou pontualmente ao soar do relógio e saiu pisando e fazendo barulho, um pouco curvado, assim como havia entrado. Se não fosse pelo ruído absurdo do seu caminhar, não teria outro sentimento a expressar senão o de admiração pelo seu procedimento.

         Sua vida pessoal foi tranquila e modesta e seus dias eram cuidadosamente planejados. Levava uma vida confortável e a família dispunha de empregados domésticos e usufruía de lazer. A Psicologia Cultural Com a implantação do laboratório e a criação da revista especializada, além da grande quantidade de pesquisas em andamento, Wundt voltou à atenção para a filosofia. De 1880 a 1891, escreveu a respeito da ética, da lógica e da filosofia sistemática.

            Wundt acreditava que as funções mentais mais simples, como a sensação e a percepção, deviam ser estudadas por meio de métodos de laboratório. Todavia os processos mentais superiores, como a aprendizagem e a memória, não podiam ser investigados pela experimentação científica por serem condicionados pela língua e por outros aspectos culturais. Wundt somente acreditava no estudo dos processos de pensamento superiores com o emprego de meios não experimentais como os usados na sociologia, na antropologia e na psicologia social.

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