O Papel do Psicologo Hospitalar
Por: Claudiana Castro • 12/11/2018 • Trabalho acadêmico • 1.475 Palavras (6 Páginas) • 362 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ- VIA CORPVS
CURSO DE PSICOLOGIA
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CLAUDIANA CASTRO– 20150254363
TAINÁ PINTO LIMA – 201501290461
ENTREVISTA COM PSICÓLOGO HOSPITALAR
ANA LARISSA FERREIRA LIMA- 201501328654
CARLOS - 201403405956
CLAUDIANA CASTRO – 201502543631
MARIA JAQUELINE BATISTA FERREIRA- 201408444224
RAFAEL PEREIRA DO NASCIMENTO
TAINA PINTO LIMA – 201501290461
PROFESSORA: MILENA FALÇÃO
DISCIPLINA: PSICOLOGIA EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE
TURMA: - CD NOITE
FORTALEZA - CE
2018
ENTREVISTA COM PSICÓLOGO HOSPITALAR
Este trabalho foi articulado e desenvolvido a partir de uma entrevista realizada com um profissional de Psicologia, proposto na cadeira de Psicologia em instituições de saúde. Tendo como objetivo uma troca de experiência, explicar a atuação desse profissional no ambiente hospitalar, diante sua trajetória profissional.
Utilizamos um questionário como instrumento para colhermos as informações necessárias, com os seguintes blocos: I) Impulsionadores da Escolha Profissional, II Atuação Profissional, III Desafios e Atuação Profissional, IV Balanço Profissional.
A entrevista foi realizada com a Psicólogo C.E.S.M, de 38 anos de idade, atua na unidade Hospitalar há 05 anos, sua abordagem atual é a Terapia Cognitiva Comportamental.
I) Impulsionadores da Escolha Profissional
“Minha formação na área hospitalar começou no curso de psicologia na UFC, na disciplina de psicologia hospitalar, após isso tive a oportunidade de estagiar no IJF no setor da psicologia (Neurocirurgia e Traumatologia), após esse momento participei de vários cursos de capacitação na área hospitalar em oncologia, neurocirurgia e em neurociência. Realizei diversos estágios supervisionados, na área clinica e em alguns hospitais, isso me possibilitou de conhecer um pouco e ter a vivência no ambiente hospitalar” (sic)
É indispensável o aluno sentir-se situado, motivado no seu estágio. Há que se selecionar, priorizar em conjunto determinadas atividades que cabe ao aluno executar, há que se definir exatamente o que ele deseja, espera, precisa treinar e aprender.
(Buriolla, 1999, p.134)
Sabemos que a área da Psicologia é bem ampla e repleta de possibilidades, sendo assim é importante que haja uma identificação e compromisso com determinada área, pois assim como todas as outras, a Psicologia hospitalar é uma área que lida diretamente com a subjetividade e sofrimento do outro, e que envolve não só o paciente, mas toda a família. É importante que o profissional aproveite e experiencie cada oportunidade, em relação a visitas, palestras e se dedique aos estágios, pois ao fazer a escolha no seu contexto de trabalho, o Psicólogo deve saber também os limites de sua atuação.
II )Atuação Profissional
“O ambiente hospitalar é repleto de várias práticas rígidas com pouco espaço para o acolhimento de questões da subjetividade e a escuta do sofrimento individual do processo do adoecer. A psicologia se coloca nesta possibilidade de oferecer um cuidado além das rotinas padronizadas do saber biomédico”. (sic)
A atuação do psicólogo no contexto hospitalar não se refere apenas á atenção direta ao paciente, refere-se também atenção que é dispensada a família e a equipe de saúde, dentro de sua atuação profissional. A atuação do psicólogo hospitalar promove mudanças, atividades curativas e de prevenção, diminui o sofrimento que a hospitalização e a doença causam ao sujeito. Os atendimentos realizados neste ambiente exigem do profissional de psicologia algo que vai além do saber teórico, pois torna-se necessário criatividade para possibilitar a verbalização dos conteúdos emocionais relacionados ao processo de adoecimento. (Simonetti, 2004).
No contexto hospitalar, os profissionais de Psicologia devem auxiliar o paciente no seu processo de adoecimento, para tentar minimizar o sofrimento provocado pela hospitalização. Mas, nesse contexto, o profissional além de dar assistência ao paciente, também auxilia os demais familiares, sendo então, uma atuação que requer uma pluralidade de demandas. O Psicólogo também precisa dos demais profissionais da equipe de saúde, pois a junção de saberes de suas profissões ajuda a ter um respaldo e facilita na compreensão do caso do paciente.
III) Desafios da Atuação Profissional
“Há vários problemas em termos desde a desvalorização profissional, a pouca abertura para a exceção das práticas psíquicas, vejo ela na rede publica como na privada. Acredito que o espaço hospitalar é sempre subtilizado em termos de processo terapêutico, acredito que a rigor dessas rotinas torna o espaço muito frio e pouco acolhedor.” (sic)
O Psicólogo encontra no hospital um lugar onde o tratamento à doença esta, em sua maioria, a frente das relações interpessoais. A postura médica, por exemplo, diz de uma consequência na formação desse profissional que teve pouco enfoque nas relações humanas por ter uma visão de ser humano como objeto de estudo desconsiderando as suas emoções e subjetividade (FOSSI 2004 citando KUBLER-ROSS, 1999).
O objeto de estudo da medicina é o corpo onde o objetivo é a remissão de sintomas e a cura da doença, enquanto que para a psicologia o tratamento da doença diz da implicação do paciente nesse processo e a sua fala deve ser considerada para além desse corpo.
Torna-se desafiador ao psicólogo a prática hospitalar que gera sentimentos de impotência e fragilidade, uma vez que este profissional não esta isento de se identificar com alguns pacientes e com a sua história de vida, bem como com o sofrimento e as demandas de outros profissionais de saúde (ZITO 2009b).
A.Gustavo: O Psicólogo no Hospital,2014.
Sabemos que é um desafio para nós profissionais de Psicologia adentar em contexto onde quem predomina, são os profissionais de Medicina, onde existem limites institucionais, condutas, normas. Além de ser um serviço muitas vezes deficiente e o atendimento psicológico afastado do modelo tradicional, levando o profissional a fazer os atendimentos em macas, nos corredores. O Psicólogo atua nas esquipes Multidisciplinares, promovendo a humanização e a qualidade de vida do paciente.
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