O Plano de Estagio Psicologia
Por: Rikalline Neves • 8/12/2022 • Trabalho acadêmico • 3.259 Palavras (14 Páginas) • 159 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO: PSICOLOGIA
Plano de estágio em Psicologia Social
Aluna: Sâmara Ricaline Maciel Neves
Matrícula: 24007337
Disciplina: Estágio Supervisionado I
Recife, 2022.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO: PSICOLOGIA
Plano de estágio em Psicologia Social
Texto apresentado pelo(a) aluna: Sâmara Ricaline Maciel Neves à Professora Ms. Ludmila Martins de Souza, como requisito parcial para obtenção de créditos referentes à disciplina de Estágio I do curso de Psicologia do Centro Universitário Maurício de Nassau.
Recife, 2022.
INTRODUÇÃO
Oferecer escuta e acolhimento ao sujeito é algo determinante para compreender o ser humano, e a psicologia social assume esse compromisso de conhecer as diferentes formas do ser em sua subjetividade como também entender o individua dentro do seu contexto de existir em uma sociedade pertencente ou não a ele.
Minha expectativa é que o estágio nos permita ampliar a visão do trabalho desenvolvido pela psicologia social em todos os âmbitos de nossa sociedade. Sei que como estagiária é essencial ter uma postura ética e estar para o outro, respeitando o processo de caminhada vivida de um ser que ali estar despido com as suas histórias e razões de realidade. Espero não só vivenciar, mas conseguir de alguma forma ser reprodutora de ações e conhecimentos para o local que ali estiver.
A disciplina de Estágio Supervisionado Específico I é composta por cem horas no total, com um encontro semanal em que teremos supervisão, leitura de textos, planejamento e, na prática, realizaremos visitas técnicas e intervenções psicossociais em instituições.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
O conhecimento da psicologia nem sempre foi referido como psicologia feita por psicólogos. Antes as questões psicológicas eram abordadas de outras maneiras por outros tipos de profissionais. Foi no século XVIII, durante o período do Iluminismo, que os médicossurgiram como os principais cuidadores dos problemas da alma. (SOARES, 2010,p. 12)
Aqui no Brasil, as questões de problemas da alma discutidas pelos médicos realmente vieram à tona quando a família real chegou aos territórios de nossa nação, até porque foi nesse momento que se deu início a um movimento cultural onde um investimento em educação começou a acontecer, mesmo essa educação ainda muito voltada para a elite. (VILELA,2012, p.32)
A psicologia caminhou gradualmente durante um tempo para disciplinas e estudos específicos, de modo que o ensino sobre o que seria a psique começa nas escolas responsáveis pela formação de professores que iriam transmitir esse conhecimento. Foi por meio desse movimento que ocorreram as pesquisas em psicometria, resultando em conhecimento sobre testes psicológicos e orientação de carreira. Na medicina, as teses de doutorados sobre experimentos psicológicos em hospitais psiquiátricos e manicômios se constituíram de uma influência da Europa, os testes psicológicos, considerados a tecnologia do momento serviu para prever e controlar comportamentos, sendo fundamentais para um novo projeto de sociedade. Segundo Bock (2008), seu uso permitiria diferenciar as pessoas ao colocar o homem certo no lugar certo. Por essas razões, a psicologia alcançou status na sociedade.
Até o início do século XIX, não havia no Brasil uma psicologia propriamente dita, com terminologia própria, um conhecimento definido ou uma prática reconhecida. Mesmo assim, era crescente o interesse da elite brasileira pela produção e aplicação de saberes psicológicos. (Pessotti, 1988)
Foi em 1933 que a psicologia social teve um lugar importante nas universidades brasileiras, principalmente sob a influência de Raul Briquet, onde trouxe uma visão igual para à biologia, psicologia e sociologia, confirmando essas como as grandes contribuições da psicologia social. Em que diz respeito ao que era aplicado, Briquet amplia para além da experimentação, mostra que o método experimental seria algo sugestivo na psicologia social, portanto deveria ser harmonizado com outros métodos como as análises biográficas, autobiográficas, registro de casos já observados e alguns métodos específicos para o estudo do eu social, conforme Bomfim (2003).
No século XXI, a psicologia abre um novo compromisso que vai além dos interesses da elite brasileira para uma psicologia acessível a todos, voltada para as políticas públicas e sua urgência. Antes se pensava que o homem poderia ser explicado em termos de naturalização, excluindo sua realidade econômica, cultural e social. A psicologia social surge no meio com a idéia de que é preciso imaginar o homem como um ser em construção, que se modifica e é agente modificador no mundo.
A Psicologia começa, neste século XXI,a se voltar para as políticas públicas, para um compromisso com a maioria da população e suas urgências, para a ética e seus desafios na sociedade moderna e para os Direitos Humanos. Busca-se fortalecer e ampliar sua inserção social, mas a partir de um novo projeto de profissão que represente um novocompromisso com a sociedade brasileira. Estavam dadas as condições e os primeiros passos para esta empreitada. (BOCK,2008)
À medida que o foco crítico se intensificava, surgiu a necessidade de uma associação brasileira para representar os "novos" psicólogos sociais. Essa exigência foi amplamente discutida na conferência SIP em Lima. Falava-se em fortalecer a organização dos psicólogos ligados ao campo da psicologia social, criando espaços de diálogo e valorizando a importância desse campo (LANE &BOCK, 2003, p. 146). Após o congresso, foi nomeada uma comissão para elaborar os estatutos da nova associação. No ano seguinte, na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), foi votada a carta de constituição formal da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO).
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