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Relatório de Estagio Psicologia

Por:   •  11/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.987 Palavras (8 Páginas)  •  742 Visualizações

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Faculdade Pitágoras

Graduação em Psicologia

           ESTUDO DE CASO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ROSIANY REGINA DA SILVA

                                                 Divinópolis– MG

                                                         2015

ROSIANY REGINA DA SILVA

ESTUDO DE CASO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Estudo de caso apresentado à professora Edna Rodrigues, para obtenção de créditos na disciplina de Estágio Básico III.

Divinópolis– MG

2015

RESUMO

Trata-se de um estudo de caso para conclusão do estágio básico III de psicologia, cujo objetivo era o atendimento. O estágio foi realizado nas dependências da clínica escola em Divinópolis, com carga horária de 60 horas do período de 09/09/15 a 18/12/15. Foi atendida uma paciente que denominei “M.G.”

Palavra-chave: Estágio, Atendimento, Clínica escola

INTRODUÇÃO

O estágio supervisionado tem como objetivo propiciar a vivência da prática clínica em Psicologia aplicando as técnicas aprendidas. Para que isso seja possível é necessário escolher uma linha teórica. Neste relatório ambasado no estudo de caso a abordagem norteadora foi a Terapia Sistêmica Familiar.

Segundo Prado(1996), a Terapia Sistêmica Familiar considera não só o indivíduo de forma isolada, mas tem como foco a família, com o propósito de melhor compreender o surgimento e a manutenção da patologia.

Diante desta linha Teórica a atenção é voltada ao sistema familiar, no qual o problema de um indivíduo pode ser influenciado, ou mesmo influenciar, os demais membros deste sistema. Assim, os problemas psicológicos individuais devem ser analisados e o contexto familiar  levado em consideração(CORDIOLI,1998).

Prado (1996) aponta que é importante dar atenção a estrutura familiar, verificando como a mesma se constitui e se organiza. Levando em consideração que se trata de um ser humano. É uma teoria que tem como uma de suas bases o sistema de comunicação. As sessões de atendimento são semanais, podendo ser feito individualmente, com alguns membros familiares ou até com todos. Sendo que estas têm como objetivo desenvolver e melhorar a comunicação entre os membros, reduzir os conflitos interpessoais, diminuir os sintomas, além de aperfeiçoar o desempenho individual (CORDIOLI,1998).

Neste período de estágio, a prática da teoria sistêmica familiar pôde ser vivenciada, levando sempre em conta o indivíduo, seus sentimentos, pensamentos e emoções, respeitando a integridade do sujeito.

ESTUDO DE CASO

Nome: M.G.

Idade: 65anos

Sexo: feminino

 M.G. chega à clínica escola pontualmente às 13:00, como combinado pelo telefone. Foi explicado para a mesma o objetivo do atendimento e o sigilo profissional. Segundo Art. 9º do código de ética do psicólogo, é dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

Foi iniciada a escuta, onde a mesma traz a queixa de se sentir muito deprimida e sem ânimo para fazer nenhuma atividade. M.G. foi casada há 42 anos e o mesmo faleceu há 2 anos. Não tinha um bom convívio com o ex-marido, onde ambos brigavam frequentemente. No decorrer de seu casamento, ele se envolveu com outra mulher, e devido essa situação ela entrou em depressão, fazendo uso de medicamentos.

Seu ex-marido adoeceu e M.G. era quem cuidava dele o tempo todo (ele deixava claro para ela que se ela ficasse doente não cuidaria dela). Ele nunca dava elogios à ela e sim críticas,  sempre deixando-a  para baixo, fazendo com que se sentisse feia e gorda. Criticava até mesmo quando ela escutava uma música ou assistia TV, assim, foi tomando desgosto pelas atividades.

Ela acha que o relacionamento chegou a esse ponto devido ambos se casarem muito cedo, e sempre o ex- marido lembrava que não estava preparado para um relacionamento, se casou sem querer. O ex-marido não se separou porque via ela como uma “muleta’’, sabia que podia contar com ela o tempo todo. Na cabeça dela não passou a ideia de separação.

A queixa nas sessões sempre eram as mesmas, sentia-se deprimida e só queria ficar deitada, e não conseguiu escutar música nem ligar a TV, dizendo lembrar das palavras duras do ex-marido e da falta de comunicação entre eles.

Ao fazermos referencia ao comportamento humano, é fundamental que percebermos que não existe a possibilidade de “não se comportar” e “não se comunicar”, pois uma vez que todo comportamento se dá numa situação interacional então o mesmo transmite alguma informação e por mais que o individuo tende é impossível não se comunicar.

  “Atividade ou inatividade, palavras ou silêncio, tudo possui um valor de mensagem; influenciam outros e estes outros, por sua vez não podem não responder a essas comunicações e, portanto, também estão comunicando. Deve ficar esclarecido que a mera ausência de falar ou de observar não constitui exceção ao que foi mencionado.”(Watzawick, 1967. p. 45)

 Há um tempo se envolveu com alguns homens, mas nenhum mexeu com ela, gosta de homens altos igual ao ex-marido e que não daria conta de outro casamento, não sabe se alguém vai preencher o seu vazio. Sempre M.G. colocava algum defeito nestes relacionamentos, pois, ninguém é perfeito para ela, devido o fato do ex-marido não ter qualidades.

A questão da repetição é frequente o tempo todo na sessão. Freud chamou de “repetição” o processo de reviver interminavelmente determinada neurose; assim sendo, quando alguém repete um relacionamento ou acontecimento frustrado, seria uma tentativa de descarregar a energia acumulada ou represada até conseguir o êxito de sua missão. Ele o reproduz não como lembrança, mas como ação; repete-o, sem, naturalmente, saber que está repetindo (Freud,1914). Portanto, a paciente está entregue a uma compulsão a repetição, sendo esta sua maneira de recordar.

A princípio tive como hipótese a depressão: “No episódio depressivo, evidente sintomas depressivos( humor deprimido, ideia de culpa e de inutilidade, distúrbios do sono e apetite) devem estar presente por pelo menos duas semanas e não mais do que dois anos de forma ininterrupta’’(DALGALARRONDO, 2008, p.310).

Começou a participar de algumas atividades oferecidas aos idosos no Capit, mas não achava que ia ficar feliz. Então questionei a ela o que ela pensa sobre felicidade, mas disse que não acha possível achar uma pessoa que possa amá-la e dar o carinho que procura.

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