O Procedimento e análise de dados Psicodiagnóstico
Por: Léo Brito • 13/9/2017 • Trabalho acadêmico • 536 Palavras (3 Páginas) • 215 Visualizações
Procedimentos e Analises dos Dados
Devido ao desconhecimento do perfil dos usuários que demandam atendimento na rede pública em Uberlândia e o reconhecimento de certa carência envolvendo a população atendida pela rede pública. Em se tratando de saúde mental os profissionais e estudantes da Faculdade Federal encontraram nos prontuários, informações que seriam de grandes contribuições para coletar informações que pudessem avaliar as maneiras de como estavam sendo realizadas as triagens, atendimentos e pôr fim a realização do trabalho naquela unidade, para isso utilizaram de uma análise quantitativa e qualitativa, conhecendo quem eram aqueles usuários, faixa etária, suas origens, de onde foram encaminhados, casos resolvidos dentre outras informações relevantes, assim surgiria outra problemática, pois seria necessário sistematizar um atendimento, uma triagem padrão para que tais dados fossem colhidos de forma mais eficaz, tomaram como amostragem crianças, devido a alta demanda, além dos poucos dispositivos disponíveis para atendimento destas, contando com fragilidade deste público que se manifesta não escondendo sua dor, expondo através do choro ou repetição, causando nos pais e acompanhantes até algum desconforto, isso se dando por uma situação mal resolvida, ou até mesmo para extravasar seu gozo, de algo que não foi resolvido entre seus pais, o que pode ser visto em Kupfer:
Os sintomas podem ser classificados em duas categorias: estruturais e reativos. Os estruturais dizem respeito ao próprio sujeito e é constitutivo dele, cuja verdade se faz representar por esse sintoma. Os reativos, ou também chamados de manifestações sintomáticas, são aqueles identificados como produto da organização parental inconsciente e constituem-se como respostas da criança às neuroses de seus pais (Kupfer, 1994).
Desde o início deste trabalho não houve um caráter de uma pesquisa, objetivando uma investigação, mas sim a coleta de respostas que atendessem as questões citadas acima, relacionadas a população atendida no município de Uberlândia, uma descrição sobre o perfil da população atendida, pode-se assim dizer que ficou no limiar de uma tênue linha paradoxal de uma pesquisa e uma experiencia. Dificuldades foram encontradas para definir onde estavam as queijas, embutidas nos relatos, pois não ficavam claras nas falas dos pacientes, a partir deste ponto pode-se listar alguns procedimentos necessários para o desenvolvimento do trabalho:
- Transformação do que era descritivo em quantitativo;
- Agrupar as queixas em categorias;
- E até mesmo interpretação da palavra queixa que poderia tomar vários sentidos, que foram reduzidas de acordo com a análise dos profissionais envolvidos a um quadro de categorias, utilizando para isso também o CID 10 , para classificar tais categorias, conforme os transtornos mentais e comportamentais.
Sendo que em alguns casos foram necessários dois ou mais diagnósticos e quanto a triagem foram classificadas em: Alta triagem, abandono sem justificativa, abandono com justificativa, encaminhamento, estagiário plantão, encaminhamento supervisor, docente e encaminhamento externo.
Análise dos dados
Com as análises realizadas nas supervisões clínicas dos casos, foi possível discutir e levantar hipóteses que possibilitaram novas pesquisas futuras, com os dados apresentados tais como idade, sexo, com quem reside, escolaridade, encaminhamento de origem, queixas, classificação diagnóstica, e grau de resolução daqueles pacientes infantis que passaram pelo processo de triagem no período em que se deu o levantamento dos mesmos, foi possível dialogar entre as supervisões e autores dos casos sobre novos rumos para se seguir para melhor compreensão e melhorias advindas desta sistematização.
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